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Antes de Moisés, a função primária na esfera religiosa era exercida pela figura do chefe da família. As ofertas e os atos de adoração eram usualmente conduzidos pelo cabeça do lar, que representava oficialmente sua família no reconhecimento e na adoração a Deus.

O texto indica que, com exceção da menção de Melquisedeque como sacerdote de Deus em Gênesis 14:18, não há uma referência oficial ao ofício ou cargo de sacerdote antes do período mosaico. A prática de realizar sacrifícios, no entanto, era indubitavelmente familiar antes das leis sacrificiais e instruções dadas no Monte Sinai. Podemos observar isso nos relatos sobre Caim, Abel, Noé e os patriarcas, que realizavam sacrifícios.

Quando Moisés intercedeu perante Faraó para libertar o povo de Israel, ele já havia antecipado a realização de ofertas e sacrifícios, indicando que essa prática era anterior à sua liderança e à saída do Egito. Os patriarcas tinham o costume de erguer altares nos locais onde se encontravam, e ali ofereciam seus sacrifícios. No Monte Sinai, antes da instituição formal do Tabernáculo, Moisés construiu um altar com doze pilares representando as doze tribos, sobre o qual os jovens de Israel ofereceram sacrifícios para ratificar a aliança.

Portanto, na ausência de um sacerdócio formalmente estabelecido, a responsabilidade pelas práticas religiosas recaía principalmente sobre os líderes familiares. Eles atuavam como mediadores entre suas famílias e a divindade, oferecendo sacrifícios e conduzindo a adoração. A figura de Melquisedeque surge como uma exceção notável, sendo reconhecido como sacerdote de Deus em um período anterior ao estabelecimento do sacerdócio levítico.

Com a redenção de Israel do Egito, o papel do sacerdote adquiriu uma importância significativa. Deus desejava que Israel fosse uma nação santa, e para uma ministração adequada e uma adoração e culto efetivos, Deus designou Arão para servir como sumo sacerdote durante a permanência de Israel no deserto, assistido por seus filhos e pelos levitas. Essa estrutura sacerdotal formalizada, detalhada nas instruções sobre o Tabernáculo, as ofertas e as funções sacerdotais, representa uma nova fase na organização religiosa de Israel, posterior ao período em que os chefes de família desempenhavam o papel primário nas práticas religiosas.

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