A Conversão de Martinho Lutero
Martinho Lutero, o monge que abalou o mundo, nasceu em Eisleben, em 1483, filho de um mineiro. Quando monge, ele subia de joelhos uma escadaria de pedra com muitos degraus, que se dizia ter sido transportada pelo ar de seu local original para o local atual. Ele havia rezado centenas de vezes, dia e noite; ele quase se deixou morrer de fome, mas o pecado não podia ser eliminado pela fome, e depois de ter feito tudo o que podia para chegar à raiz da doença, ele ainda se sentia tão repugnante quanto Naamã, tão possesso quanto Maria Madalena. Restava-lhe apenas uma penitência para tentar. O Papa havia decretado uma indulgência para qualquer um que subisse ao topo da escadaria de Pilatos em Roma de joelhos, e o pobre monge, como último esforço de desespero, não omitiria este ato degradante, que ele esperava obter para ele o perdão e a santidade que ele buscava.
De repente, ele para durante sua tarefa. Uma voz parece soar dentro dele: “O justo viverá pela fé” (Romanos 1:17). Isso abala sua alma, afugentando os pensamentos sombrios de superstição e falsidade. Com um rubor de vergonha, ele se levantou, consciente de uma poderosa mudança de princípio operada nele, que o lançou de uma vez por todas na obra consumada de Cristo.
“O justo viverá pela fé;” a fé que encontra todo o mérito, aceitação e força em outro, que o homem busca em si mesmo e não encontra; a fé que opera pelo amor, vê seu título de perdão no Sangue do Cordeiro de Deus e obtém “graça para ajudar” contra o pecado e a tristeza. Martinho Lutero felizmente falhou em seus esforços para obter uma paz falsa e profana. Foi a voz da Misericórdia que o alcançou naquele momento de sua história e o enviou como um novo homem de Roma, para proclamar ao mundo aquela grande verdade de Deus, que um pecador é perdoado e justificado somente por crer em Jesus Cristo.