Como o amor verdadeiro se manifesta na prática?
O amor é uma palavra que usamos com frequência, mas nem sempre com clareza. O que significa amar a Deus e ao próximo? Como podemos demonstrar o amor verdadeiro em nossas vidas? Neste post, vamos refletir sobre um texto bíblico que nos ensina sobre o amor verdadeiro e suas implicações práticas.
O texto é 1 João 3:16-24, uma carta escrita pelo apóstolo João aos cristãos do primeiro século. Nessa carta, João enfatiza a importância do amor como a marca distintiva dos seguidores de Jesus. Ele nos dá alguns critérios para avaliar se o nosso amor é genuíno ou falso, e nos mostra alguns resultados do amor verdadeiro em nossa relação com Deus e com os outros.
Um dos critérios que João nos apresenta é o da misericórdia. No versículo 17, ele escreve: “Se alguém tem bens materiais e vê seu irmão necessitado, mas não tem piedade dele, como pode o amor de Deus estar nele?”1 (NVI). João nos desafia a olhar para as necessidades dos nossos irmãos, ou seja, dos nossos semelhantes, especialmente dos que fazem parte da família de Deus. Ele nos convida a ter piedade, ou seja, compaixão, sensibilidade, empatia, pelos que sofrem. Ele nos exorta a não sermos indiferentes, egoístas, insensíveis, mas a agirmos com generosidade, solidariedade, bondade.
João nos faz perceber que o amor verdadeiro não se limita a palavras ou sentimentos, mas se expressa em ações concretas. Ele nos faz lembrar que o amor verdadeiro tem um custo, um sacrifício, assim como Jesus demonstrou na cruz. Ele nos faz questionar se o nosso amor é condizente com a nossa fé, com o nosso testemunho, com o nosso compromisso com Deus.
Para ilustrar o que ele quer dizer, conta-se uma história que pode parecer exagerada, mas que revela uma realidade triste.
Em Hollywood, existe uma escola exclusiva e muito cara. Seus alunos são filhos de estrelas de cinema, produtores e diretores. Um dia, uma das alunas – uma pequena menina que vivia em uma casa luxuosa, cercada por empregados – foi incentivada pela professora a escrever um ensaio sobre a pobreza. Ela começa seu trabalho literário assim:
“Era uma vez tinha uma pobre menina. Seu pai era pobre, sua mãe era pobre, sua governanta era pobre, seu motorista era pobre, seu mordomo era pobre. Na verdade, todo mundo na casa era muito, muito pobre”.
Essa história nos mostra como podemos ter uma visão distorcida da realidade, como podemos ser cegos para as verdadeiras necessidades dos outros, como podemos ser ingratos pelo que temos, como podemos ser insensíveis ao sofrimento alheio. Essa história nos mostra como o amor verdadeiro é ausente nessa menina e em sua família.
O contraste entre essa história e o ensino de João é evidente. João nos diz que o amor verdadeiro não se baseia no que temos, mas no que damos. Ele nos diz que o amor verdadeiro não se mede pelo que dizemos, mas pelo que fazemos. Ele nos diz que o amor verdadeiro não se fundamenta no que sentimos, mas no que obedecemos. Em outras palavras, João não diz que o cristão que é capaz de ajudar é rico. Mas ele diz que o cristão sempre estará em condições de compartilhar algo.
O amor verdadeiro se manifesta na prática quando somos misericordiosos com os que precisam da nossa ajuda, quando compartilhamos os nossos bens materiais e espirituais com os que sofrem, quando demonstramos o amor de Deus com as nossas ações e na verdade.
Esse é o desafio que João nos propõe. Esse é o mandamento que Deus nos dá. Esse é o caminho que Jesus nos mostra. Esse é o propósito que o Espírito Santo nos capacita. Esse é o amor verdadeiro que se manifesta na prática.