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Unidade: A Conduta do Novo Homem: Praticando a Verdade, a Justiça e a Misericórdia

1. Ideia central: Tendo se despojado do velho homem, os crentes são agora instruídos a viver de acordo com a sua nova natureza em Cristo, manifestando a verdade em suas palavras, controlando a ira, trabalhando honestamente, usando palavras que edificam, abandonando toda amargura e praticando a bondade, a compaixão e o perdão mútuo, assim como Deus os perdoou em Cristo.

2. Principais temas:

  • O abandono da mentira e a prática da verdade.
  • O controle da ira e a prevenção do pecado.
  • A rejeição da preguiça e a prática do trabalho honesto e da generosidade.
  • A importância de palavras que edificam e a rejeição da linguagem corrupta.
  • O banimento da amargura, da ira, da cólera, da gritaria e da maledicência.
  • A erradicação de toda a malícia.
  • A prática da bondade e da ternura.
  • O imperativo do perdão mútuo, modelado no perdão de Deus em Cristo.
  • A conexão entre a conduta e o testemunho cristão.
  • A influência da velha natureza se não for subjugada.
  • A capacitação do Espírito Santo para viver a nova vida.

3. Perguntas de fixação/reflexão:

  1. Qual é a primeira instrução prática dada aos crentes no versículo 25? Por que a verdade é fundamental na vida cristã?
  2. Com quem devemos falar a verdade? Qual o propósito dessa comunicação?
  3. O que Paulo diz sobre a ira no versículo 26? Existe um tipo de ira que não é pecado?
  4. Qual é o limite de tempo para a ira, segundo Paulo? Por que é importante controlar a ira rapidamente?
  5. Qual é a advertência dada no versículo 27? Quem se beneficia quando os crentes pecam em sua ira?
  6. Qual é a instrução dada aos que costumavam roubar? Qual deve ser a nova prática?
  7. Qual o propósito do trabalho honesto, além de suprir as próprias necessidades?
  8. Que tipo de linguagem deve ser evitada pelos crentes, de acordo com o versículo 29?
  9. Que tipo de linguagem deve caracterizar a fala dos crentes? Qual o propósito dessas palavras?
  10. A quem nossas palavras devem beneficiar? Qual o critério para escolher o que dizer?
  11. Qual é a advertência dada no versículo 30? O que entristece o Espírito Santo?
  12. Quais são as seis atitudes e comportamentos negativos que devem ser abandonados, listados no versículo 31?
  13. O que significa “amargura”? Como ela se manifesta?
  14. O que é “ira” e como ela difere da amargura?
  15. O que é “cólera”? Como ela se expressa?
  16. O que é “griteria”? Qual o impacto desse tipo de comportamento?
  17. O que é “maledicência”? Qual o dano que ela causa?
  18. O que é “toda a malícia”? Como ela se relaciona com os outros comportamentos negativos?
  19. Quais são as três atitudes e comportamentos positivos que devem caracterizar os crentes, listados no versículo 32?
  20. O que significa ser “bondoso”? Como a bondade deve ser praticada?
  21. O que significa ser “compassivo”? Qual a diferença entre compaixão e bondade?
  22. Qual é o padrão para o perdão mútuo entre os crentes? Como Deus nos perdoou?
  23. De que maneira essas instruções práticas refletem a nova natureza que temos em Cristo?
  24. Como a obediência a essas instruções contribui para a unidade e o testemunho da Igreja?

4. Para entender o texto:

a. Texto em contexto:

Esta unidade (Efésios 4:25-32) continua a seção de exortações práticas iniciada no versículo 17, seguindo a instrução para se despojar do velho homem e se revestir do novo. Paulo agora fornece exemplos concretos de como essa transformação deve se manifestar no comportamento diário dos crentes, especialmente em suas relações uns com os outros. Esta seção serve como um guia prático para viver a nova vida em Cristo, mostrando como a fé deve impactar a maneira como falamos, agimos e nos relacionamos. A estratégia retórica de Paulo aqui é apresentar uma série de contrastes entre a velha maneira de viver e a nova vida em Cristo, enfatizando a necessidade de uma mudança radical em todas as áreas da vida. Esta unidade contribui para o propósito geral do livro, que é exortar os crentes a viverem de maneira digna da sua vocação em Cristo, demonstrando a realidade da sua transformação através de suas ações e atitudes.

b. Esboço/estrutura:

  • Versículo 25: A Verdade em Palavras.
    • Deixando a mentira, falai a verdade cada um com o seu próximo.
    • Porque somos membros uns dos outros.
  • Versículos 26-27: O Controle da Ira.
    • Irai-vos, e não pequeis.
    • Não se ponha o sol sobre a vossa ira.
    • Não deis lugar ao diabo.
  • Versículos 28: Trabalho Honesto e Generosidade.
    • Aquele que furtava não furte mais.
    • Antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.
  • Versículos 29-30: Linguagem Edificante e a Tristeza do Espírito.
    • Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe.
    • Mas só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, para que comunique graça aos que a ouvem.
    • E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.
  • Versículos 31-32: O Abandono da Amargura e a Prática do Perdão.
    • Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e maledicência, com toda a malícia, sejam tiradas dentre vós.
    • Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

c. Antecedentes históricos e culturais:

No mundo antigo, a mentira, a ira descontrolada, o furto, a linguagem ofensiva e a falta de perdão eram problemas comuns nas relações sociais. A cultura da época muitas vezes tolerava ou até mesmo encorajava comportamentos egoístas e vingativos. A exortação de Paulo a uma conduta diferente para os crentes em Éfeso reflete os padrões éticos elevados do evangelho e a necessidade de os cristãos se destacarem por sua integridade, amor e misericórdia em um mundo marcado pelo pecado e pela corrupção. A referência ao “diabo” como aquele que busca oportunidades na ira descontrolada também era consistente com a visão bíblica da influência espiritual maligna no mundo.

d. Considerações interpretativas:

Paulo começa com uma ordem clara: “Deixando a mentira, falai a verdade cada um com o seu próximo”. A razão dada para isso é a unidade do corpo de Cristo: “porque somos membros uns dos outros”. A verdade é essencial para a confiança e a harmonia na comunidade cristã. Em relação à ira, Paulo reconhece que ela pode surgir (“Irai-vos”), mas estabelece um limite claro: “e não pequeis”. A ira não deve persistir (“não se ponha o sol sobre a vossa ira”) nem dar oportunidade ao diabo de explorar a situação (“não deis lugar ao diabo”).

Para aqueles que tinham o hábito de furtar, a instrução é para que não furtem mais, mas que trabalhem honestamente para poderem ajudar os necessitados. Isso enfatiza a importância da integridade e da generosidade na vida cristã. A linguagem dos crentes deve ser caracterizada pela edificação e pela graça, evitando palavras torpes ou corruptoras. Paulo adverte contra entristecer o Espírito Santo com um comportamento pecaminoso, lembrando que os crentes foram selados por ele para o dia da redenção.

Finalmente, Paulo lista uma série de atitudes e comportamentos negativos que devem ser completamente abandonados: amargura, ira, cólera, gritaria, maledicência e toda a malícia. Em contraste, os crentes devem ser caracterizados pela bondade, pela compaixão e pelo perdão mútuo, tendo como modelo o perdão que Deus concedeu a eles em Cristo. Esse perdão divino é a base para o perdão humano dentro da comunidade cristã.

e. Considerações teológicas:

Esta passagem aborda a teologia ética e prática da vida cristã. Ela enfatiza1 a transformação que a fé em Cristo deve produzir no comportamento do crente em todas as áreas da vida, desde a maneira de falar até a forma de lidar com a ira e de se relacionar com os outros. A unidade2 do corpo de Cristo é apresentada como um fundamento para a prática da verdade e do amor. A influência do pecado e do diabo3 é reconhecida, e os crentes são exortados a resistir a essa influência. A importância do trabalho honesto e da generosidade reflete os princípios do Reino de Deus. A presença e o papel do Espírito Santo na vida do crente são destacados, com a advertência de não entristecê-lo. O perdão mútuo, baseado no perdão divino,4 é apresentado como essencial para a saúde e a harmonia da comunidade cristã.

5. Para ensinar o texto:

A mensagem central desta passagem é que a nossa nova vida em Cristo deve ser marcada por uma conduta que reflita a verdade, a justiça e a misericórdia de Deus. Tendo nos despojado do velho homem, somos chamados a viver de maneira diferente, demonstrando ao mundo o poder transformador do evangelho.

Em nossas palavras, devemos ser honestos e verdadeiros, construindo confiança e promovendo a unidade entre os irmãos. Em nossas emoções, devemos aprender a controlar a ira, evitando que ela nos leve a pecar e a dar oportunidade ao inimigo. Em nosso trabalho, devemos ser diligentes e honestos, não apenas para suprir nossas necessidades, mas também para podermos ajudar aqueles que estão em necessidade.

Nossa linguagem deve ser edificante, encorajadora e cheia de graça, evitando palavras torpes ou que possam causar dano. Devemos nos esforçar para banir de nossas vidas toda amargura, ira, cólera, gritaria, maledicência e malícia, substituindo essas atitudes negativas pela bondade, pela compaixão e pelo perdão mútuo.

O padrão para o nosso perdão é o perdão que recebemos de Deus em Cristo. Assim como Deus nos perdoou incondicionalmente, devemos estar dispostos a perdoar uns aos outros, liberando o ressentimento e buscando a reconciliação.

Viver de acordo com essas instruções não é fácil, mas é essencial para honrarmos o nosso chamado em Cristo e para não entristecermos o Espírito Santo, que habita em nós. Que busquemos a graça de Deus para vivermos de maneira que agrade ao Senhor e edifique o seu corpo, a Igreja.

6. Para ilustrar o texto:

  1. Imagine um jardim que antes estava cheio de ervas daninhas e plantas selvagens. O jardineiro, então, limpa o terreno, remove as ervas daninhas e planta sementes de flores e frutos. Com cuidado e dedicação, ele cultiva o jardim, regando e protegendo as novas plantas. A nossa vida, antes dominada pelo pecado, é como aquele jardim. Deus nos limpa do velho e planta em nós a semente da sua Palavra, esperando que produzamos frutos de justiça e santidade. Precisamos nos esforçar para remover as ervas daninhas do pecado e cultivar as virtudes do novo homem em Cristo.
  2. Considere um rio que está poluído e contaminado. As águas são turvas e impuras, causando doenças e destruição. Mas, então, a fonte do rio é purificada, e a água começa a fluir limpa e cristalina, trazendo vida e cura por onde passa. A nossa vida antes de Cristo era como aquele rio poluído. Mas, através do sacrifício de Jesus, a fonte da nossa vida foi purificada, e agora podemos viver uma vida que flui com a pureza e a graça de Deus, impactando positivamente aqueles ao nosso redor.
  3. Pense em um espelho que está sujo e embaçado. Ele não reflete a imagem claramente. Mas, quando o limpamos, a imagem se torna nítida e podemos ver o nosso reflexo com clareza. A nossa vida é chamada a refletir a imagem de Cristo para o mundo. Para isso, precisamos nos despojar das impurezas do pecado e permitir que a luz de Cristo brilhe através de nós, para que outros possam ver o seu amor e a sua verdade.
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