20250320 a renaissance style painting of jesus standing wit u0 (2)

1. Ideia central: Jesus Cristo confronta a incredulidade dos líderes judeus, reiterando sua partida e as consequências de morrerem em seus pecados por não crerem nele, ao mesmo tempo em que revela sua origem divina e a necessidade de sua exaltação para que reconheçam sua verdadeira identidade, o que, apesar da oposição, leva muitos a crerem nele.

2. Principais temas:

  • Jesus reiterando aos fariseus que ele estava partindo.
  • A afirmação de que eles o procurariam, mas morreriam em seus pecados por não poderem ir para onde ele ia.
  • O questionamento dos judeus sobre se Jesus pretendia se matar.
  • A distinção feita por Jesus entre a origem deles (de baixo, deste mundo) e a sua (de cima, não deste mundo).
  • A declaração de que eles morreriam em seus pecados se não cressem que ele era quem afirmava ser.
  • A pergunta deles: “Quem és tu?”
  • A resposta de Jesus de que ele era o que já lhes havia dito desde o princípio.
  • A afirmação de que aquele que o enviou é verdadeiro, e Jesus fala ao mundo o que ouviu dele.
  • A incompreensão do povo de que Jesus estava falando sobre o Pai.
  • A previsão de Jesus de que, quando eles levantassem o Filho do Homem, então conheceriam que ele é.
  • A afirmação de Jesus de que nada fazia por sua própria autoridade, mas falava como o Pai o havia ensinado.
  • A garantia de Jesus de que aquele que o enviou estava com ele e não o havia deixado sozinho, pois ele sempre fazia o que lhe agradava.
  • Muitos crendo em Jesus enquanto ele1 proferia essas palavras.

3. Perguntas de fixação/reflexão:

  1. A quem Jesus se dirigiu novamente com a afirmação de que estava partindo?2 Qual foi a reação deles a essa declaração anterior (João 7:33-36)?
  2. O que Jesus disse que aconteceria com eles quando ele partisse? Qual a consequência de não poderem ir para onde ele ia?
  3. Como os judeus interpretaram a afirmação de Jesus de que eles não poderiam ir para onde ele ia? Que pergunta eles fizeram?
  4. Como Jesus corrigiu a interpretação deles sobre sua partida? Que distinção ele fez sobre suas origens?
  5. Qual foi a condição que Jesus estabeleceu para que eles não morressem em seus pecados? O que eles precisavam crer?
  6. Diante dessa afirmação, qual foi a pergunta direta que eles fizeram a Jesus?
  7. Como Jesus respondeu à pergunta deles sobre quem ele era? Ele deu uma nova identidade ou reafirmou algo que já havia dito?
  8. O que Jesus disse sobre aquele que o enviou? Qual a natureza desse ser?
  9. Como Jesus descreveu sua relação com aquele que o enviou em termos de comunicação? O que ele falava?
  10. O autor do Evangelho faz uma observação sobre a compreensão do povo. O que eles não entenderam sobre as palavras de Jesus?
  11. Que evento futuro Jesus mencionou que os levaria a reconhecer sua verdadeira identidade? O que significa “levantar o Filho do Homem”?
  12. O que Jesus afirmou sobre sua própria autoridade em relação ao que ele falava e fazia? Quem era sua fonte de autoridade?
  13. Que garantia Jesus deu sobre a presença e o apoio daquele que o enviou? Por que ele não estava sozinho?
  14. Qual era a razão pela qual o Pai não havia deixado Jesus sozinho? O que Jesus sempre fazia?
  15. Qual foi o resultado das palavras de Jesus sobre muitas pessoas que o ouviam?
  16. Reflita sobre a seriedade da afirmação de Jesus sobre a morte em pecado para aqueles que não creem nele. O que isso implica sobre a importância da fé?
  17. Como a distinção entre “de baixo” e “de cima” ilustra a diferença fundamental entre a natureza humana caída e a natureza divina de Jesus?
  18. De que maneira a referência à exaltação do Filho do Homem aponta para a cruz e a ressurreição como momentos cruciais para a revelação da identidade de Jesus?
  19. Como a constante obediência de Jesus à vontade do Pai demonstra a perfeita união e propósito entre eles?
  20. O que a resposta de fé de muitos ao ouvirem as palavras de Jesus nos ensina sobre o poder da verdade quando proclamada com autoridade divina?
  21. De que maneira essa passagem desafia aqueles que ouvem a mensagem de Jesus a examinarem suas próprias crenças sobre quem ele é?
  22. O que podemos aprender sobre a natureza da comunicação divina com base em como Jesus descreve sua relação com o Pai?

4. Para entender o texto:

a. Texto em contexto:

Esta passagem continua a discussão entre Jesus e os líderes judeus no templo durante a Festa dos Tabernáculos. Ela segue a declaração de Jesus de ser a luz do mundo e a disputa sobre a validade de seu testemunho (João 8:12-20). A estratégia retórica de Jesus aqui é confrontar diretamente a incredulidade dos fariseus, advertindo-os sobre as consequências de sua rejeição e gradualmente revelando aspectos de sua identidade divina e de sua missão. Esta unidade contribui para o propósito do livro ao aprofundar a revelação de Jesus como o Cristo, o Filho de Deus, e ao destacar a urgência da fé nele para a salvação.

b. Esboço/estrutura:

  • Versículos 21-22: Jesus reitera sua partida e as consequências da incredulidade.
  • Versículos 23-24: Jesus distingue sua origem divina da origem terrena de seus ouvintes e enfatiza a necessidade de crerem em sua identidade.
  • Versículos 25-27: Os judeus questionam sua identidade, e Jesus responde que ele é quem sempre afirmou ser, falando em nome do Pai.
  • Versículos 28-29: Jesus prediz sua exaltação e o reconhecimento de sua identidade, reafirmando sua obediência e união com o Pai.
  • Versículo 30: Muitos creem em Jesus ao ouvirem suas palavras.

c. Antecedentes históricos e culturais:

A crença em um Messias que viria para libertar Israel era central para a fé judaica. No entanto, havia diferentes expectativas sobre sua natureza e missão. A ideia de um Messias que ascenderia ao céu e para onde seus oponentes não poderiam segui-lo era provavelmente estranha para muitos. A referência a ser “levantado” tinha conotações tanto de exaltação quanto de crucificação no contexto da época.

d. Considerações interpretativas:

A repetição da afirmação sobre sua partida enfatiza a urgência da decisão que os líderes judeus precisavam tomar em relação a ele. A distinção entre “de baixo” e “de cima” é crucial para entender a natureza divina de Jesus e a limitação da perspectiva humana. A afirmação “Eu Sou” (quando eles levantarem o Filho do Homem, então conhecerão que Eu Sou) ecoa o nome de Deus no Antigo Testamento (Êxodo 3:14) e é uma forte reivindicação de divindade. A constante ênfase de Jesus em sua obediência ao Pai e em falar apenas o que ouviu dele sublinha sua perfeita união e propósito com o Pai.

e. Considerações teológicas:

Esta passagem aborda temas centrais da teologia sistemática, incluindo a cristologia (a natureza e a identidade de Cristo), a soteriologia (a doutrina da salvação e a necessidade da fé), e a teologia própria (a doutrina de Deus Pai e a Trindade implícita na relação entre o Pai e o Filho). A necessidade de crer em Jesus para evitar a morte em pecado é fundamental para a compreensão da salvação. A revelação progressiva da identidade de Jesus e a promessa de que sua exaltação levará ao reconhecimento de quem ele é são cruciais para a fé cristã.

5. Para ensinar o texto:

A mensagem central desta passagem é que a fé em Jesus Cristo é essencial para a vida eterna e para o conhecimento de Deus. Aqueles que rejeitam Jesus permanecem em seus pecados e não podem seguir para onde ele vai. Sua identidade divina será plenamente revelada através de sua exaltação. Ao ensinar este texto, podemos enfatizar os seguintes pontos:

  • A urgência da decisão sobre Jesus Cristo: Mostrar que a rejeição de Jesus tem consequências eternas.
  • A natureza divina de Jesus e a importância de crer nele: Destacar que Jesus não é apenas um homem, mas o Filho de Deus.
  • A necessidade de olhar para a cruz e a ressurreição para compreender plenamente a identidade de Jesus: Ensinar que a exaltação de Cristo é a chave para reconhecê-lo.
  • A perfeita união e propósito entre Jesus e o Pai: Afirmar que Jesus sempre agiu em completa obediência à vontade do Pai.

As aplicações práticas para a vida dos ouvintes podem incluir:

  • Examinar se realmente cremos que Jesus é quem ele afirma ser e as implicações dessa crença para nossas vidas.
  • Reconhecer a seriedade das consequências de rejeitar Jesus e a urgência de depositar nossa fé nele.
  • Buscar compreender mais profundamente a identidade de Jesus através do estudo das Escrituras e da oração.
  • Viver em obediência à vontade de Deus, seguindo o exemplo de Jesus.

6. Para ilustrar o texto:

Imagine uma ponte que é o único caminho para atravessar um abismo. Jesus é essa ponte para a vida eterna. Aqueles que se recusam a atravessá-la permanecem do lado errado, presos à morte e à separação de Deus.

Pense em um enigma complexo. As peças podem parecer confusas até que a peça chave seja colocada no lugar, revelando a imagem completa. A identidade de Jesus pode parecer um mistério até que reconheçamos sua exaltação na cruz e na ressurreição, o que revela quem ele realmente é.

Considere um mensageiro enviado por um rei com uma mensagem crucial. A importância da mensagem depende da autoridade do rei. Jesus é o mensageiro enviado pelo próprio Deus, e suas palavras têm autoridade divina e consequências eternas.

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