Quando O Mito Se Torna História
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Hb 10: 16-18 – Quando o Mito se torna História


Quando pensamos em mitos, podemos imaginar histórias de heróis e deuses dos tempos antigos, narrativas que envolvem ação, aventura e maravilhas. Mas o que acontece quando esses mitos encontram a realidade? Especificamente, o que acontece quando o mito se torna história na pessoa de Jesus Cristo? Esta é a questão que exploraremos hoje, inspirada pelas obras de C. S. Lewis e pelas Escrituras, especificamente Hebreus 10:17-18.

“Esta é a nova aliança que farei com meu povo depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em seu coração e as escreverei em sua mente”.
E acrescenta: “E nunca mais me lembrarei de seus pecados e seus atos de desobediência”. Onde os pecados foram perdoados, já não há necessidade de oferecer mais sacrifícios. Hebreus 10:16-18

O Mito e a Fé Cristã

Um dos mais proeminentes pensadores cristãos do século XX, C. S. Lewis, teve uma abordagem única para a relação entre mito e fé cristã. (Em toda a sua obra, um dos temas que se destaca nos escritos de C.S. Lewis é o mito).

No início de sua caminhada espiritual, quando ainda era um jovem ateu, Lewis viu a história de Jesus como um mero mito religioso – uma bela história, talvez, mas ainda assim uma ficção. No entanto, ao longo do caminho para se tornar um dos apologistas cristãos mais influentes de seu tempo, Lewis começou a se perguntar se o mito poderia, na verdade, fortalecer e enriquecer o cristianismo, em vez de diminuí-lo.

A chave para a mudança de perspectiva de Lewis foi a ideia de “revelação desfocada”. Em vez de ver os mitos de deuses moribundos e ressuscitados – que existem em várias culturas e religiões ao redor do mundo – como evidências contra a singularidade do cristianismo, Lewis começou a ver esses mitos como uma espécie de preparação para a revelação definitiva de Deus em Jesus Cristo. Nesse sentido, os mitos podem ser vistos como uma “revelação desfocada”, uma espécie de esboço vago da verdade divina que estava por vir.

Essa verdade divina finalmente veio à luz na pessoa de Jesus Cristo. Aqui, na encarnação, o mito se tornou história – a história de um Deus que se tornou homem, sofreu, morreu e ressuscitou. Este é o ponto crucial de nossa fé cristã: o mito se tornou história. Assim, ao afirmar que a morte e ressurreição de Jesus são apenas metafóricas ou simbólicas, nós não apenas diminuímos o significado dos mitos, mas também desconsideramos a necessidade crucial da revelação decisiva da vida e obra de Jesus Cristo.

O cristianismo não é um mito, mas uma realidade histórica. A morte e ressurreição de Jesus não são apenas histórias simbólicas ou metafóricas, mas eventos reais que aconteceram na história. E é nessa verdade que nossa fé se enraíza e ganha força.

No período da Quaresma, somos chamados a refletir sobre essa realidade, a considerar a paixão de Jesus e seu sacrifício por nós. Jesus, que se tornou como nós para que pudesse ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel, fez um sacrifício de expiação por nossos pecados. Testado pelo que sofreu, Ele é capaz de nos ajudar em nossas provações.

Assim, ao confrontarmos desafios à nossa fé, devemos lembrar que ela se baseia em fatos históricos e não em ficções. Mantenhamos nossa fé, não em mitos, mas na verdade de Cristo Jesus, nossa rocha e nossa salvação. Aprofundemo-nos na vida e na mensagem de Jesus e permitamos que Sua história transforme nossas vidas. A verdade de Jesus não é um mito, é uma realidade que pode mudar nossa vida e nosso mundo.


Escrito Por Diego Gonçalves em 8/2/22


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