A blog post cover art featuring a stark pwoq ahxrhaygx wm 62ig njl8xjr s6oqw4zold9lhw

Não. Jesus Cristo não é inferior ao Pai em essência, natureza ou divindade. Ele é plenamente Deus, coigual, coeterno e consubstancial com o Pai. A ideia de que o Filho é inferior ao Pai em sua essência ou divindade é uma heresia chamada arianismo, condenada pela Igreja desde os primeiros séculos e refutada pelas Escrituras.

Contudo, Jesus se subordinou voluntariamente ao Pai em sua missão redentora, assumindo a forma de servo e sujeitando-se funcionalmente durante sua encarnação. Isso não implica inferioridade ontológica, mas função distinta dentro da Trindade e da economia da salvação.


1. Jesus é igual ao Pai em divindade e glória

a) Ele é Deus em essência:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1)

“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9)

“Eu e o Pai somos um” (João 10.30)

Esses textos deixam claro que Jesus:

  • Não é uma criatura;
  • Não é um deus menor;
  • Mas sim o Deus verdadeiro, com o Pai e o Espírito.

2. Jesus se subordinou ao Pai na encarnação

Durante sua vida terrena, Jesus assumiu um papel funcional de obediência ao Pai:

“Embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devesse apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Filipenses 2.6–7)

“O Filho nada pode fazer por si mesmo, senão aquilo que vir o Pai fazer” (João 5.19)

“Não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.42)

Esse esvaziamento (kenosis) não significa perda de divindade, mas renúncia voluntária ao exercício independente de seus atributos divinos, para cumprir perfeitamente a missão redentora.

🡒 Jesus continuava sendo Deus enquanto obedecia como homem.


3. A subordinação funcional é diferente de inferioridade essencial

É vital distinguir entre:

Tipo de subordinaçãoO que éImplica inferioridade?
Ontológica (essência)Ser “menos Deus” ou “menor em natureza”❌ Heresia (negado pela Bíblia)
Funcional (papel/missão)Submissão voluntária para cumprir a redenção✅ Bíblico e verdadeiro

Na Trindade:

  • O Pai envia o Filho;
  • O Filho obedece ao Pai;
  • O Espírito procede do Pai e do Filho.

Essa ordem não implica hierarquia de natureza, mas apenas distinção de papéis na obra da redenção.

“Para que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai” (João 5.23)


4. Após a ressurreição e ascensão, Cristo continua inferior?

Não. Após sua obra redentora, Cristo retorna à plena glória com o Pai:

“Agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti antes que houvesse mundo” (João 17.5)

Ele é exaltado:

  • Como Senhor soberano sobre todas as coisas (Fp 2.9–11),
  • Como mediador eterno, sem perda de sua divindade.

Em 1 Coríntios 15.28, quando diz que o Filho “se sujeitará” ao Pai, isso se refere à continuação da ordem funcional no plano da salvação, não a uma subordinação de natureza.


5. O ensino cristão histórico

O Concílio de Nicéia (325 d.C.) afirmou que:

“Jesus Cristo é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai.”

Esse credo responde diretamente ao erro ariano (que dizia que Jesus era um ser criado e inferior).


Conclusão

Jesus não é inferior ao Pai em sua essência, divindade ou glória. Ele é:

  • O eterno Filho de Deus, plenamente divino;
  • Distinto do Pai, mas igual em ser e majestade;
  • Submisso funcionalmente durante a encarnação, mas exaltado como Senhor de tudo.

Crer que Jesus é inferior ao Pai nega o verdadeiro evangelho e distorce a natureza do Deus triúno. A fé cristã bíblica proclama com clareza:

Jesus é Deus conosco — igual ao Pai, unido ao Pai, digno de toda adoração.
“Meu Senhor e meu Deus!” (João 20.28)

Gosta deste blog? Por favor, espalhe a palavra :)

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *