O Dilúvio de Noé foi em escala global ou local?
A História do Dilúvio de Noé: Evidências Convergentes para um Evento Global
A história do dilúvio de Noé, presente nos primeiros capítulos de Gênesis, fascina e gera questionamentos há séculos. A grande questão que persiste é: o dilúvio foi um evento global ou local?
Examinando as Escrituras:
- Gênesis 7:11: “se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram”. Essa descrição vívida sugere um evento de proporções épicas, com água jorrando de fontes subterrâneas e do céu, indicando um dilúvio abrangente.
- Gênesis 7:19-23: A repetição da palavra “todo” e a menção aos “altos montes” cobertos pela água reforçam a ideia de um dilúvio global que cobriu toda a terra conhecida na época, exterminando toda a vida terrestre.
- II Pedro 3:6-7: Pedro compara o dilúvio a um evento que consumiu o “mundo” da época, corroborando a perspectiva de um dilúvio global.
Evidências além da Bíblia:
- Sepulturas fósseis em todos os continentes: A presença de fósseis em diferentes partes do globo sugere um evento de grande escala que dizimou a vida em diversas regiões, compatível com um dilúvio global.
- Depósitos de carvão: A formação de carvão exige o soterramento rápido de grandes massas de vegetação, o que pode ser explicado por um dilúvio global que rapidamente cobriu e preservou a matéria orgânica.
- Fósseis oceânicos em topos de montanhas: A presença de fósseis marinhos em altitudes elevadas, como no Monte Everest, indica que essas áreas foram cobertas por água em algum momento, reforçando a ideia de um dilúvio global.
- Histórias de dilúvios em diferentes culturas: Mais de 270 culturas ao redor do mundo possuem histórias que narram um grande dilúvio, consolidando a ideia de um evento global que marcou a memória da humanidade.
- Formações geológicas: As camadas de sedimentos presentes em formações como o Grand Canyon nos EUA podem ser interpretadas como resultado de grandes inundações, consistentes com um dilúvio global.
Descobertas Recentes:
- A recente descoberta de árvores fossilizadas na Antártida, um local inóspito para a vida vegetal hoje em dia, levanta questões sobre as mudanças climáticas e a possibilidade de um evento cataclísmico no passado, como o dilúvio de Noé.
- Clarey, geólogo cristão, argumenta que essas árvores foram enterradas rapidamente durante o dilúvio global descrito em Gênesis, reforçando a veracidade da Palavra de Deus.
“A Bíblia descreve claramente uma inundação global que afetou todas as massas terrestres — por que a Antártica deveria ser uma exceção?”, questiona.
– Clarey, geólogo cristão refutando o paleoecologista Erik Gulbranson
Considerações Adicionais:
- A instrução de Deus para Noé construir uma arca para abrigar animais de diferentes espécies faz mais sentido em um contexto de dilúvio global.
- A promessa de Deus de nunca mais enviar um dilúvio (Gênesis 8:21; 9:11; 15) perderia a força se o evento original tivesse sido local.
- O próprio Senhor Jesus Cristo reconheceu a historicidade do dilúvio universal (Mateus 24:37-39; Lucas 17:26-27), corroborando a perspectiva bíblica.
Conclusão:
Embora existam diferentes interpretações sobre o dilúvio de Noé, as evidências bíblicas, científicas e históricas convergem para a conclusão de que esse evento foi de proporções globais. As descobertas científicas, como as árvores fossilizadas na Antártida, reforçam essa perspectiva e servem como um lembrete da veracidade da Palavra de Deus.
¹ Odell N. E. 1967. “The highest fossils in the world”. Geological Magazine 104(1):73-74.
² Sobre Dilúvio – Filosofia das Origens (scb.org.br)
³ Geólogo aponta evidências de que o Dilúvio foi real: “A palavra de Deus é verdadeira” – Guiame