Por que você deve ir à igreja em 2025?
Por que você vai à igreja? Talvez essa seja uma pergunta que nunca se atreveu a responder com honestidade, ou talvez tenha encontrado respostas confortáveis que repetiu tantas vezes que já não causam impacto. Mas agora, olhe para dentro de si mesmo. Feche os olhos, respire fundo e pergunte-se com a coragem de um coração despido: por que eu vou à igreja?
Talvez você diga que vai porque Deus ordena. Afinal, está escrito: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros” (Hebreus 10:25). Talvez você acredite que é o certo a fazer, algo que foi ensinado desde a infância, um hábito nunca questionado. Talvez vá porque teme as consequências de não ir, ou porque sente que deve algo a Deus, como uma dívida a ser paga. Mas será que isso é suficiente? Será que Deus está à espera de sua presença na igreja como um cobrador exigindo seu tributo, ou será que há algo infinitamente mais profundo por trás desse chamado?
A verdade, nua e crua, é que Deus não precisa de você. Nunca precisou. Ele é autossuficiente, pleno, perfeito em toda a Sua glória. Como Paulo declarou: “Deus não é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; porque ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (Atos 17:25). Não há nada que você possa oferecer a Ele que já não Lhe pertença. Não há cântico, prece ou ato de devoção que aumente Sua majestade ou preencha algum vazio celestial. Mas, oh, como você precisa dEle. Como sua alma, sedenta e faminta, anseia por algo que o mundo nunca poderá oferecer. E é por isso que você deve ir à igreja. Não por obrigação, mas por necessidade; não por dever, mas por desejo.
A igreja não é um clube social, nem um ritual mecânico. É um hospital para almas feridas, um refúgio para aqueles que carregam o peso insuportável de suas falhas e fragilidades. É o lugar onde você pode ser despido de suas máscaras, onde as camadas de autossuficiência são arrancadas, e você é confrontado com a dolorosa e, ao mesmo tempo, libertadora realidade de sua dependência absoluta de Deus. Como Jesus declarou: “Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Marcos 2:17). A igreja é onde você encontra a graça escandalosa que não apenas perdoa seus pecados, mas o acolhe com um abraço imerecido, dizendo: “Você pertence. Você é amado. Você é meu.”
Ir à igreja não é sobre o que você dá a Deus, mas sobre o que Deus derrama em você. É um encontro com o amor que conhece suas falhas mais profundas e, mesmo assim, o chama pelo nome. É a fome da alma sendo saciada, não com o pão seco da religiosidade, mas com o banquete da presença divina. É onde você aprende a parar de tentar se consertar e, em vez disso, permite que Deus o reconstrua, pedaço por pedaço, até que você reflita a imagem de Cristo, como somos chamados: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
E quando você glorifica a Deus, não é porque Ele precisa de sua adoração. É porque você precisa adorá-Lo. Porque, ao glorificar a Deus, você encontra a cura, a restauração, a vida. A adoração verdadeira não é um sacrifício frio, mas uma resposta apaixonada àquele que o amou primeiro (1 João 4:19). É o clamor do coração que foi transformado, o grito de quem encontrou esperança em meio ao desespero, o canto de quem descobriu que a graça é suficiente (2 Coríntios 12:9).
A igreja é o lugar onde você descobre que não está sozinho em sua luta, que sua dor é compreendida, que sua busca por significado tem um ponto de chegada. É o lugar onde você se une a outros quebrados como você, formando um mosaico de imperfeições que juntos refletem a perfeição de Cristo. E quando você se ajoelha em adoração, quando sua alma se abre para Deus, algo extraordinário acontece. “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20). Você é alimentado. Você é renovado. Você é transformado.
Então, por que você vai à igreja? Não porque precisa cumprir uma lista de tarefas espirituais. Não porque teme o julgamento de Deus ou dos outros. Você vai porque reconhece sua necessidade desesperada por algo que só Ele pode dar. Você vai porque, no fundo de sua alma, há um grito que diz: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmos 42:2). E é nesse reconhecimento de necessidade que você encontra a verdadeira razão para estar ali. Não porque Deus precisa de você, mas porque você precisa dEle. Sempre precisou. Sempre precisará.