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O Antigo Testamento possui uma importância que se estende muito além de ser um mero registro histórico da nação judaica. Tanto para judeus quanto para cristãos, ele representa a própria História Sagrada, através da qual se descobre a Revelação de Deus para a humanidade. Nele não está registrado somente o que Deus fez no passado, mas também o Seu plano divino para o futuro de toda a humanidade.

Ao longo das experiências de Israel, com suas dificuldades e triunfos, Deus, o Criador do universo e do homem, conduziu o curso de Seu povo escolhido no cenário internacional das culturas antigas. O Antigo Testamento revela que Deus não é apenas o Deus de Israel, mas o governador supremo que controla os assuntos de todas as nações. Consequentemente, ele registra eventos naturais nos quais se entrelaçam as atividades sobrenaturais de Deus. Esta característica distintiva – a revelação de Deus em eventos e mensagens históricas – eleva o Antigo Testamento acima do nível da literatura e história seculares. Somente como História Sagrada é que sua plena significância pode ser compreendida. O reconhecimento de que tanto o natural quanto o sobrenatural são fatores vitais em toda a Bíblia é essencial para uma compreensão integral de seu conteúdo.

Único como História Sagrada, o Antigo Testamento também reivindica distinção como Sagrada Escritura. Assim foi para os judeus, a quem estes escritos foram confiados, e assim o é para os cristãos (Romanos 3.2). Vindo através de autores humanos, o produto final escrito recebeu o selo da aprovação divina. O Espírito de Deus utilizou as faculdades dos escritores do Antigo Testamento, e a obra escrita constituiu um produto divino-humano sem erro no texto original, contendo a verdade para toda a raça humana.

Esta era a atitude de Jesus Cristo e dos apóstolos. Jesus, o Deus-Homem, aceitou a autoridade de toda a literatura conhecida como o Antigo Testamento e usou-o livremente como base para o Seu ensino (comparar João 10.34-35; Mateus 22.29, 43-45; Lucas 16.17, 24.25). Da mesma forma, os apóstolos o fizeram no período inicial da igreja cristã (2 Timóteo 3.16, 2 Pedro 1.20-21). Escrito por homens sob direção divina, o Antigo Testamento foi aceito como digno de toda confiança.

Em nossos dias, é tão essencial considerar o Antigo Testamento como autoridade final quanto o foi nos tempos do Novo Testamento para judeus e cristãos. Como um registro razoavelmente confiável, o Antigo Testamento fala com autoridade na linguagem do leigo de dois ou mais milênios atrás. O que ele anuncia, declara com toda a verdade, seja usando linguagem figurada ou literal, tratando de ética ou do mundo natural da ciência. As palavras dos escritores bíblicos, adequadamente interpretadas em seu contexto total e em seu sentido natural, ensinam a verdade sem erro.

Além disso, o Antigo Testamento fornece uma resposta à indagação humana sobre as origens. Os primeiros onze capítulos de Gênesis expõem os fatos essenciais a respeito da Criação do universo e do homem. Este registro penetra no passado além do que foi estabelecido pela investigação histórica e é aceito como o relato primário e autêntico da Criação do universo por Deus. Estes capítulos iniciais são fundamentais para toda a revelação exposta no Antigo e Novo Testamento, com referências à criação e à história primitiva da humanidade encontradas por toda a Bíblia.

A história de Israel, conforme registrada no Antigo Testamento, também serve como um pano de fundo essencial para a interpretação das mensagens proféticas. Os livros históricos fornecem o contexto geral e, frequentemente, detalhes específicos que são cruciais para a compreensão adequada das mensagens dos profetas. Reciprocamente, as declarações dos profetas contribuem significativamente para a compreensão da história de Israel.

Os livros poéticos e de sabedoria (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos) oferecem uma perspectiva adicional sobre a vida dos israelitas e abordam problemas e verdades familiares a toda a humanidade. Os Salmos, em particular, refletem a experiência comum da raça humana, expressando emoções, sentimentos pessoais, gratidão e interesses da média das pessoas, transcendendo barreiras geográficas e raciais. Os Salmos históricos refletem as relações de Deus com Israel no passado, enquanto os Salmos messiânicos apontam profeticamente para aspectos do Messias revelados no Novo Testamento.

Finalmente, o Antigo Testamento estabelece os princípios fundamentais que sustentam tanto o judaísmo quanto o cristianismo. Sua influência é inegável, sendo um livro vivo que fala penetrantemente a todas as gerações.

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