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A mensagem central que percorre todo o Antigo Testamento reside na história das promessas de Deus e na expectativa de seu cumprimento. Deus, o Criador soberano, estabeleceu desde o princípio um plano de redenção para seu povo. O Antigo Testamento narra a jornada deste plano através de promessas feitas a indivíduos e à nação de Israel, revelando simultaneamente o caráter de Deus e a condição humana.

Desde Gênesis, vemos Deus iniciar uma história específica, não meramente oferecendo conselhos religiosos ou proposições teológicas. Ele se revela através de suas ações e interações com seu povo ao longo do tempo. A criação, a queda, o dilúvio e a dispersão em Babel estabelecem o palco para a necessidade de redenção e a inclinação humana para a rebelião.

A eleição de Abraão marca um ponto crucial, onde Deus escolhe um povo particular para realizar seus propósitos. As alianças estabelecidas com Abraão, Moisés e Davi são fundamentais para entender as promessas de Deus. A Lei dada em Êxodo e reiterada em Deuteronômio revela a paixão de Deus pela santidade, demonstrando o padrão pelo qual seu povo deveria viver em comunhão com Ele. Contudo, a história de Israel nos livros históricos (Josué a Ester) revela uma constante falha em viver à altura desta aliança, expondo a profundidade do pecado humano.

O sistema sacrificial levítico é apresentado como a forma providenciada por Deus para a expiação do pecado. No entanto, o Antigo Testamento também sugere a insuficiência final desses sacrifícios para remover completamente a culpa. Eles apontavam para uma necessidade maior de reconciliação entre um Deus santo e um povo pecador.

Os livros poéticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares) exploram as experiências pessoais do povo de Deus e meditam sobre as grandes questões da vida à luz da Lei e das promessas divinas. Os Salmos, em particular, revelam uma alegria em Deus e lembram as obras de Deus na história de Israel.

Os profetas (Isaías a Malaquias) servem como arautos das promessas de Deus, advertindo sobre o julgamento devido à desobediência e oferecendo esperança na restauração futura. Eles apontam para a vinda de um Messias, um rei justo que estabeleceria o governo de Deus e traria a redenção plena.

O “enigma do Antigo Testamento” reside em como um Deus justo pode também ser misericordioso, perdoando o pecado sem deixar o culpado impune. Êxodo 34.6-7 encapsula essa tensão. A esperança apresentada no Antigo Testamento é que Deus proveria uma solução para este enigma através do cumprimento de suas promessas.

O Novo Testamento revela que Jesus Cristo é a resposta a este enigma e o cumprimento derradeiro de todas as promessas de Deus feitas no Antigo Testamento. Ele é o Redentor prometido. A história do Antigo Testamento, com seus personagens e eventos, prefigura a verdade totalmente revelada em Jesus. Sem entender o Antigo Testamento e as promessas nele contidas, a compreensão de Cristo permanece incompleta.

Portanto, a mensagem central que percorre todo o Antigo Testamento é a história da iniciativa de Deus em redimir um povo para si através de promessas, apesar da pecaminosidade humana, culminando na expectativa de um cumprimento futuro que traria reconciliação e restauração. Esta expectativa encontra sua plena realização na pessoa e obra de Jesus Cristo, conforme revelado no Novo Testamento. O Antigo Testamento estabelece a necessidade e a promessa da salvação que é plenamente concretizada em Cristo.

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