A expressão “cordeiro imolado desde a fundação do mundo,” mencionada em Apocalipse 13:8, revela um dos aspectos mais profundos da redenção divina. Este conceito sublinha que o sacrifício de Cristo não foi um plano secundário ou uma resposta tardia ao pecado humano, mas parte do propósito eterno de Deus. O cordeiro imolado representa a provisão soberana de Deus para salvar a humanidade desde antes da criação. Analisaremos aqui o significado dessa declaração, explorando seu fundamento bíblico, sua aplicação prática e suas implicações teológicas.
1. O Plano Eterno de Redenção
Em Apocalipse 13:8, o cordeiro é descrito como “imolado desde a fundação do mundo.” Isso indica que o sacrifício de Cristo estava no coração de Deus antes mesmo da existência do universo. Em Efésios 1:4, lemos que os crentes foram escolhidos “antes da fundação do mundo.” A redenção não foi improvisada, mas planejada desde a eternidade.
Essa verdade é ampliada em 1 Pedro 1:20: “Cristo, designado antes da fundação do mundo, mas manifestado nos últimos tempos por amor de vós.” O cordeiro imolado nos ensina que a salvação é o cumprimento de um plano divino eterno.
2. A Centralidade de Cristo na História da Salvação
O cordeiro imolado é uma figura central nas Escrituras, prefigurado desde o Antigo Testamento. Em Êxodo 12, o cordeiro pascal foi sacrificado para livrar Israel da morte no Egito. Esse evento aponta para Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus (João 1:29), cujo sacrifício traz libertação espiritual.
Essa dinâmica é ampliada em Hebreus 10:1-10, onde o autor contrasta os sacrifícios temporários com o sacrifício perfeito de Cristo. O cordeiro imolado nos ensina que toda a história da salvação converge em Jesus.
3. A Predestinação da Graça Divina
A ideia de que Cristo foi “imolado desde a fundação do mundo” sublinha a predestinação graciosa de Deus. Em Romanos 8:29-30, lemos que Deus predestinou os crentes para serem conformados à imagem de Seu Filho. A redenção não dependeu das ações humanas, mas da iniciativa divina.
Essa perspectiva é ampliada em Efésios 2:8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” O cordeiro imolado nos ensina que nossa salvação é fruto da graça soberana de Deus.
4. A Universalidade do Sacrifício de Cristo
O cordeiro imolado desde a fundação do mundo também aponta para a universalidade do sacrifício de Cristo. Em João 1:29, João Batista declara: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” O sacrifício de Cristo não foi limitado a um grupo específico, mas abrange todas as nações e épocas.
Essa verdade é ampliada em Colossenses 1:20: “E havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliar consigo mesmo todas as coisas.” O cordeiro imolado nos ensina que a oferta de Cristo é suficiente para todos.
5. Os Sofrimentos de Cristo na Perspectiva Eterna
A expressão “desde a fundação do mundo” também destaca que os sofrimentos de Cristo estavam presentes no conselho divino antes mesmo de Sua encarnação. Em 1 Pedro 1:11, lemos que os profetas investigaram sobre “os sofrimentos de Cristo.” Esses sofrimentos não foram acidentais, mas intencionais.
Essa dinâmica é ampliada em Hebreus 12:2: “Jesus, o autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz.” O cordeiro imolado nos ensina que os sofrimentos de Cristo têm um propósito eterno.
6. A Aplicação Prática para os Crentes
Para os cristãos, o cordeiro imolado desde a fundação do mundo serve como lembrete de que nossa salvação está enraizada na eternidade. Em Romanos 8:37, somos chamados de “mais que vencedores por aquele que nos amou.” Devemos viver com confiança na suficiência do sacrifício de Cristo.
Essa verdade é ampliada em 2 Coríntios 5:15: “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos.” O cordeiro imolado nos ensina que nossa vida deve refletir gratidão pelo sacrifício de Cristo.
Conclusão
O “cordeiro imolado desde a fundação do mundo” revela que o sacrifício de Cristo é o centro do plano eterno de Deus para a redenção. Este conceito sublinha que a salvação não é um acidente histórico, mas parte do propósito soberano de Deus desde a eternidade.
Que possamos aprender com essa verdade a valorizar a obra redentora de Cristo, a confiar na suficiência de Seu sacrifício e a viver de maneira que reflita gratidão por tão grande salvação. Ao fazer isso, somos capacitados para glorificar a Deus e testemunhar Sua graça ao mundo.