Salomão foi conhecido como o “rei do cobre”. Esta designação surge no contexto do declínio da sua posição enquanto tal, juntamente com o lucrativo negócio da Arábia e o comércio sobre o Mar Vermelho.
O texto menciona que Hadade, o edomita, foi um líder que se opôs a Salomão. Durante a conquista do Edom por Joabe, Hadade, que era membro da família real edomita, foi resgatado por servos e levado ao Egito quando criança. Lá, casou-se com uma irmã da rainha do Egito e desfrutou do favor e dos privilégios da corte real.
Após a morte de Joabe e de Davi, Hadade retornou ao Edom e, com o passar do tempo, tornou-se suficientemente forte para ser uma ameaça para Salomão nos seus últimos anos. Esta ameaça de Hadade ao poder de Salomão no Edom colocou em risco a posição de Salomão como “rei do cobre”.
É importante recordar que, durante o reinado de Davi, os edomitas foram submetidos, e Davi obteve das minas de Edom recursos naturais como cobre e ferro, que Israel necessitava desesperadamente para acabar com o monopólio filisteu na produção de armamentos. A perda de controlo sobre o Edom, e consequentemente sobre as suas minas de cobre, representaria um revés significativo para Salomão.
Além disso, o texto também menciona as aventuras navais de Salomão em Eziom-Geber, no Mar Vermelho. Estas empresas navais indicam o interesse de Salomão no comércio e na exploração de recursos, possivelmente incluindo o cobre, que poderia ser transportado através do Mar Vermelho. A ameaça de Hadade poderia também impactar estas rotas comerciais e a exploração de recursos na região.
Portanto, a designação de Salomão como “rei do cobre” está intrinsecamente ligada ao controlo que ele exercia sobre as fontes de cobre, nomeadamente as minas no Edom conquistadas por Davi, e à importância deste metal para a economia e poderio de Israel. A oposição de Hadade representou um desafio direto a este controlo e, consequentemente, à sua posição como “rei do cobre”. A instabilidade causada por Hadade tornou a posição de Salomão como “rei do cobre” precária, assim como os seus outros negócios lucrativos na Arábia e no Mar Vermelho.
