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1Co 13:8-13 – O Desafio do Amor – 3ª parte

INTRODUÇÃO: Nas últimas semanas estudamos um texto incrível da Bíblia sobre o amor. Hoje terminaremos o capítulo com os versículos 8-13. Na primeira semana, vimos a resposta para a pergunta: “Como Deus mede nossas vidas?” A resposta é “amor”. Na semana passada, vimos a resposta para a pergunta: “O que é o amor?” A resposta está nos versículos: “O amor é paciente, o amor é bondoso, etc.” Hoje, veremos a resposta para as perguntas: “Por que Deus mede nossas vidas de acordo com o amor?” e “Por que Deus escolheu esse padrão ao invés de qualquer outro?”

Então, essa é a pergunta que esperamos responder durante a mensagem desta manhã.

Leitura do texto bíblico:

1 Coríntios 13: 8. Um dia, profecia, línguas e conhecimento desaparecerão e cessarão, mas o amor durará para sempre.  9. Agora nosso conhecimento é parcial e incompleto, e até mesmo o dom da profecia revela apenas uma parte do todo.  10. Mas, quando vier o que é perfeito, essas coisas imperfeitas desaparecerão. 11. Quando eu era criança, falava, pensava e raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de criança.  12. Agora vemos de modo imperfeito, como um reflexo no espelho, mas então veremos tudo face a face. Tudo que sei agora é parcial e incompleto, mas conhecerei tudo plenamente, assim como Deus já me conhece plenamente. 13. Três coisas, na verdade, permanecerão: a fé, a esperança e o amor, e a maior delas é o amor. – NVT

Oração:

Senhor, que esta parte da Tua Palavra nos ajude a nos tornarmos um povo mais amoroso. Que as nossas vidas possam set canais do teu amor de Deus — canais que fluem e que se espalham para outras pessoas todos os dias, durante toda a nossa vida. E assim como Deus é amor que nós, possamos amar uns aos outros como Cristo nos amou. Amém!

————

Por que Deus mede nossas vidas de acordo com o amor? Por que não usa qualquer outro padrão? Por que não nos mede pela fé, pelas nossas realizações ou pelo nosso sacrifício? E por que não nos mede de acordo com nossos dons espirituais?

Bem, esse era o padrão que os Coríntios queriam usar. Vimos que eles estavam tão ocupados medindo suas vidas pelos dons espirituais que quase se esqueceram do amor. E assim, nos versículos 8-13, nos deparamos com a questão muito específica que Paulo apresenta aos coríntios: “Por que Deus mede nossas vidas pelo amor e não pelos dons espirituais?”

Portanto, ao responder a essa pergunta para os coríntios, Paulo também responde à pergunta que precisamos fazer agora! “Por que Deus escolhe o amor como medida de todas as outras coisas?”

I. Paulo explica por que o amor é superior aos dons espirituais como medida de vida. (versículos 8-10)

A. Os dons espirituais são temporários, enquanto o amor é permanente. (8)

Quando lemos os versículos 8, 9 e 10 percebemos que Paulo dá aos coríntios duas excelentes razões pelas quais o amor é superior aos dons espirituais como medida de vida.

A primeira razão é que os dons espirituais são temporários, enquanto o amor é permanente. Vamos ler o versículo 8:

“Um dia, profecia, línguas e conhecimento desaparecerão e cessarão, mas o amor durará para sempre”. ( 1 Coríntios 13:8, NVT )

Nesse ponto, Paulo faz um contraste com o amor que nunca falha e com os dons de profecia, línguas e conhecimento.

Na ocasião, ele afirma que esses três dons espirituais muito específicos, um dia passarão… Um dia cessarão. Vale ressaltar que Paulo já falou sobre esses dons no capítulo 12. Como vimos, também os mencionou nos versículos 1-3 deste capítulo 13, e voltará a falar deles novamente no capítulo 14.

Então, fica óbvio pra gente que esses 3 dons são, realmente, muito importantes. No entanto, precisamos reparar que Paulo explica aos crentes coríntios que todos esses três dons são apenas temporários, enquanto que o amor dura para sempre.

Assim encontramos, em primeiro lugar, que Paulo volta a comentar sobre o dom de profecia. E nós já falamos sobre esse dom quando estudamos os versículos 1-3.

Na ocasião, vimos que o dom de profecia é a capacidade dada a nós, pelo Espírito Santo, para falarmos as palavras de Deus ao homem.

Vimos que às vezes isso envolvia revelação direta a respeito de situações específicas, ou que, às vezes Deus fala diretamente ao coração das pessoas por meio da pregação de sua palavra.

Embora Paulo considere o dom de profecia como o maior de todos os dons espirituais, ele também reconhece sua natureza temporária ao dizer que a profecia não continuará para sempre. E que chegará o tempo em que a profecia cessaria. A nação de Israel já havia experimentado algo desse tipo.

O profeta Amós anunciou:

“ Amós 8: 11. “Está chegando o tempo”, diz o Senhor Soberano, “em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. 12. As pessoas andarão sem rumo, de mar em mar e de um extremo ao outro, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão”. ( Amós 8.11-12, NVT )

O profeta Miquéias proclamou:

“Assim diz o SENHOR: ‘. . .  a noite se fechará ao seu redor e acabará com suas visões. A escuridão os cobrirá e dará fim a suas predições. O sol se porá para os profetas, e seu dia chegará ao fim. 7. Então vocês, videntes, serão envergonhados, e vocês, adivinhos, serão humilhados. Cobrirão a boca, porque não há resposta de Deus”. (Miquéias 3:5-7)

Malaquias foi o último dos profetas do Antigo Testamento. Depois dele, Deus permaneceu em silêncio por 400 anos. De fato, durante todo esses anos, desde os dias do profeta Malaquias houve um apagão profético na terra. Nenhum profeta surgia para falar a Palavra de Deus até que João Batista apareceu em Judá proclamando que o reino de Deus estava chegando em Cristo.

Assim, por um tempo, a profecia que já havia cessado no passado, cessaria, novamente, por um tempo, no futuro. Até que chegará o dia em que ela cessará para sempre. No entanto, isso nunca vai acontecer com o amor. Muito embora, o amor de alguns venha a se esfriar, o amor, em si mesmo, jamais se acabará.

Em seguida, Paulo fala sobre o dom de línguas – que é a habilidade dada pelo Espírito Santo para alguém falar em uma língua que ele não aprendeu. Paulo diz: “Onde há línguas, elas desaparecerão e cessarão”.

Minha gente, esse era o dom favorito dos coríntios, e era o dom que else usavam como padrão de qualidade para medir suas vidas.

Agora, é bom dizer mais uma vez, que não há nada de errado com o dom de línguas. Afinal, É um dom de Deus – e se é um dom – e se é um presente dado por Deus – como poderia ser ruim?

O problema, entretanto, era o seu mau uso, era a ênfase mal empregada em um dom e a exclusão de outro. E acima de tudo, era a atitude desprovida de amor que acompanhava tudo isso. Por isso, Paulo manda o papo reto. As línguas são temporárias. Um dia, elas desaparecerão e cessarão! Mas o amor, durará para sempre.

Em seguida, Paulo diz que o dom do conhecimento também é temporário.

“Onde há conhecimento, ele passará.”

Mas aqui, diferente da profecia e das línguas, este verso soa um pouco estranho pra gente. Afinal… Como pode o conhecimento passar? Isso significa que no céu não seremos inteligentes? Será que, de fato, não haverá conhecimento no céu? Pelo contrário, o cerne do versículo 12 nos diz que nosso conhecimento, lá no céu será perfeito e completo, muito além de qualquer conhecimento terreno que possuímos agora.

Devemos saber que Paulo não está falando sobre conhecimentos gerais, aqui. Em vez disso, ele está falando sobre o dom espiritual do conhecimento. Há dois domingos, vimos que este dom é a capacidade dada pelo Espírito Santo a uma pessoa para que ela tenha compreensão ou discernimento dos mistérios de Deus. Portanto, é um dom dado a alguns no corpo de Cristo para ministrar esse entendimento ou discernimento a outros. Porém, chegará o dia em que tal dom não será mais necessário. Lemos em Jeremias 31:34…

“E não será necessário ensinarem a seus vizinhos e parentes, dizendo: ‘Você precisa conhecer o Senhor’. Pois todos, desde o mais humilde até o mais importante, me conhecerão”, diz o Senhor. (Jeremias 31.34, NVT).

Chegará o tempo em que não haverá mais necessidade do dom espiritual do conhecimento, porque todos nós que somos crentes e salvos em Cristo, teremos plena compreensão e discernimento dos mistérios de Deus. Assim, portanto, podemos dizer a mesma coisa sobre cada um dos dons espirituais colocados aqui. Todos eles são temporários.

Querem ver um bom exemplo? Quando você está construindo ou reformando a casa. Você usa muito a marreta (meus vizinhos que o digam!) Mas quando a casa fica pronta, você guarda a marreta. Do mesmo modo é com os dons espirituais. O propósito dos dons espirituais é construir, reformar, edificar a igreja de Cristo na terra. No entanto, uma vez que a igreja estiver pronta, não haverá mais necessidade dos dons. Portanto, a primeira razão que Paulo nos dá ao afirmar que o amor é superior aos dons espirituais é que os dons espirituais são temporários, enquanto o amor é duradouro e eterno.

B. Os dons espirituais são parciais, enquanto o amor é completo. (9-10)

Agora, a segunda razão que Paulo dá é que os dons espirituais são parciais por natureza, enquanto o amor é completo. Veja os versículos 9-10:

“ 1 Coríntios 13: 9. Agora nosso conhecimento é parcial e incompleto, e até mesmo o dom da profecia revela apenas uma parte do todo.  10. Mas, quando vier o que é perfeito, essas coisas imperfeitas desaparecerão.”. ( 1 Coríntios 13:9-10, NVT )

Os dons espirituais, por mais maravilhosos que sejam e por mais importantes que sejam para o crescimento espiritual da igreja, nunca serão perfeitos ou completos em si mesmos. Na verdade, eles não foram projetados para serem completos. Eles foram projetados para edificar e servir o corpo de Cristo.

Pensa comigo: Se uma pessoa tivesse todos os dons espirituais, ela não precisaria de outras pessoas no corpo de Cristo. Ou ainda, se qualquer pessoa tivesse a medida completa de qualquer dom em particular, ela também não precisaria de outras pessoas que tivessem o mesmo dom que ela.

Todos nós temos vários dons espirituais que recebemos de acordo com a graça que nos é dada. Ou seja, todos nós temos dons diversos em diferentes medidas, em diferentes graus. Mas ninguém, absolutamente ninguém, tem todos os dons ao mesmo tempo, e mais do que isso, ninguém tem a expressão completa e perfeita de um único dom. Se fosse assim, isso anularia o propósito dos dons, que é edificar o corpo de Cristo, que é cada pessoa usando seu próprio dom para servir aos outros e confiando que os outros usem seus dons para servi-los em troca.

Nosso conhecimento é parcial e incompleto, e até mesmo o dom da profecia revela apenas uma parte do todo. Portanto, ninguém tem um dom completo de profecia ou conhecimento. Porque esses nossos dons são parciais, imperfeitos e incompletos. Mas mesmo que não fossem assim, mesmo que fossem completos, ainda sim, não seriam nada sem amor. Isso é o que Paulo disse no versículo 2:

“Se eu tivesse o dom de profecias, se entendesse todos os mistérios de Deus e tivesse todo o conhecimento, e se tivesse uma fé que me permitisse mover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria”.

Isso significa que mesmo que alguém tivesse a medida completa de todos os dons, o amor ainda seria uma medida superior, pelo motivo número um: os dons são temporários, enquanto o amor dura para sempre. Mas o ponto de Paulo é que ninguém tem uma medida completa de qualquer dom. Como a tradução da NVI diz: “em parte conhecemos e em parte profetizamos.” Os dons são parciais por natureza, enquanto o amor é completo. Por isso, o amor é uma medida superior. E ainda que você aponte corretamente que ninguém consegue amar por completo o tanto quanto gostaria e deveria. Ainda sim, você vai acabar percebendo que não há limite para o amor. Lembre-se que somos chamados a amar uns aos outros como Cristo nos amou. Lembre-se também que o amor não foi feito para ser parcial. O amor foi projetado para ser completo. É verdade que podemos ficar aquém do desígnio de Deus, mas isso não muda a intenção de Deus para nós. Tá complicado? Estou tentando mostrar que os dons espirituais são parciais por design, são opcionais de fábrica, mas o amor não é imparcial. O amor não é um opcional. O amor é completo por design. Por isso, Deus diz que devemos amar uns aos outros plena e completamente, assim como Cristo nos amou.

Os comentaristas debatem sobre o real significado das palavras de Paulo no versículo 10: “quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá” (NVT). A maioria dos estudiosos concorda que o “imperfeito” se refere aos dons espirituais e sua natureza temporária e parcial. A questão, porém, surge sobre o que Paulo quis dizer com “perfeição” neste versículo. Alguns comentaristas cessacionistas argumentam que os dons de profecia, línguas e conhecimento eram todos dons de sinais temporários destinados apenas à igreja primitiva, e que esses dons não estão mais em operação hoje. Eles interpretam a frase “quando vier o que é perfeito” assim: “quando a escrita da Bíblia estiver completa”. Assim, uma vez que a palavra de Deus estava completa, não havia mais necessidade desses dons. Essa é uma interpretação muito comum em muitas igrejas hoje. No entanto, eu acredito que o significado mais intencional e mais natural das palavras de Paulo é que “quando vier o que é perfeito” está se referindo à vinda do reino de Deus em toda a sua plenitude quando Cristo voltar. Assim, “quando vier o que é perfeito”, ou seja, quando Cristo voltar, então seremos aperfeiçoados e completados, então seremos ressuscitados com nossos novos corpos perfeitos e levados ao reino celestial perfeito de Deus. “Quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.” Mas seja qual for a sua interpretação, o ponto de Paulo ainda é verdadeiro. O amor é superior aos dons espirituais como medida de nossas vidas. Por quê? Porque os dons espirituais são temporários e parciais, enquanto que o amor é permanente e completo.

II. Paulo ilustra a natureza temporária e parcial dos dons espirituais usando os exemplos da infância e um espelho. (versículos 11-12)

A seguir, nos versículos 11-12, Paulo dá dois exemplos da vida para ilustrar essa verdade: o exemplo de crescer até a maturidade desde a infância e o exemplo de olhar para o próprio reflexo no espelho. O exemplo da infância ilustra a natureza temporária dos dons espirituais. O exemplo do espelho ilustra a natureza parcial dos dons espirituais.

A. A infância é temporária por natureza. (11)

Primeiro, vamos ver o exemplo da infância, onde Paulo ilustra a natureza temporária dos dons espirituais. Veja o versículo 11:

“ 1 Coríntios 13: 11. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” ( 1 Coríntios 13:11 )

A infância é uma fase de desenvolvimento necessária, mas temporária, no caminho para a vida adulta. É uma fase temporária, não o objetivo da vida em si. Todo pai quer ver seus filhos se tornarem adultos maduros e responsáveis.

Entretanto, às vezes dizemos que gostaríamos que eles fossem crianças para sempre, mas a verdade verdadeira é que queremos ver nossos filhos crescerem. Nós amamos sua inocência, mas ansiamos por sua maturidade. Não seria natural pra eles permanecerem crianças para sempre.

As crianças diferem dos adultos de muitas maneiras. Eles falam de forma diferente; pensam diferente; raciocinam de forma diferente. Se um adulto continuasse a falar, pensar e raciocinar tal como quando criança, diríamos que esse adulto não amadureceu realmente.

À medida em que crescemos, vamos deixando de lado as maneiras infantis. Uma criança de dez anos não quer brincar mais com brinquedos para crianças de quatro anos. Da mesma forma, um estudante do ensino médio não quer brincar mais com os brinquedos para dez anos. Um adulto não vê mais o mundo como um estudante do ensino médio. Até mesmo um estudante universitário vê a vida de forma muito diferente de um estudante do ensino médio. À medida que nos tornamos adultos, deixamos a infância para trás. A infância é, por natureza e definição, temporária. A mesma coisa é com os dons espirituais. Os dons espirituais são uma fase de desenvolvimento necessária, mas temporária, são elementos no caminho para a vida adulta espiritual. Eles são uma fase temporária, não o objetivo em si. O objetivo é maturidade espiritual e amor. É isso que Paulo quer dizer quando diz: “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” Assim como a infância tem uma função temporária, os dons espirituais também têm. A infância dá lugar à vida adulta. Os dons espirituais dão lugar à maturidade espiritual e ao amor. Os dons espirituais são temporários, enquanto o amor dura para sempre.

b. Uma má reflexão é parcial por natureza. (12)

Em seguida, Paulo usa a ilustração de um espelho. Enquanto o exemplo da infância ilustra a natureza temporária dos dons espirituais, o exemplo do espelho ilustra a natureza parcial dos dons espirituais. Vamos ler o versículo 12:

“12. Agora vemos de modo imperfeito, como um reflexo no espelho, mas então veremos tudo face a face. Tudo que sei agora é parcial e incompleto, mas conhecerei tudo plenamente, assim como Deus já me conhece plenamente. – Bíblia”. ( 1 Coríntios 13:12, NVT )

Os espelhos da época de Paulo não davam a mesma qualidade de reflexão que os espelhos de hoje. Eles eram feitos de bronze polido ou outros metais em vez de vidro. De fato, os coríntios eram famosos por seus espelhos de bronze – o que provavelmente é uma das razões pelas quais Paulo escolheu essa ilustração em particular. Mas, por mais belos que fossem os espelhos coríntios para a época, eles não podiam revelar tudo. Não eram como nosso espelho de hoje! Tenta chegar em casa e ver seu reflexo numa panela de bronze ou inox. É esse tipo de espelho que Paulo fala: um reflexo pobre em um espelho de metal. Essa reflexão pobre é parcial por natureza. Você não capta todos os detalhes como se estivesse olhando para alguém cara a cara. Mas ainda que você conseguisse um reflexo perfeito, ainda sim seria um pobre substituto para a imagem real.

Quando eu era mais jovem, treinava beijinhos no espelho. Se você é solteiro, deve saber do que eu to falando! kkk e era horrível, vergonhoso e muito deprimente! Ou seja, era parcial! Totalmente incompleto! Um outro exemplo é esse: é muito melhor falar com minha esposa pessoalmente do que ver sua fotografia, do que falar com ela por telefone ou mesmo por chamada de vídeo. Assim, é com os dons espirituais. Eles são apenas de natureza parcial.

Agora, através dos dons, vemos apenas um reflexo pobre, obscuro como em um espelho, de como a igreja de Jesus Cristo deveria ser. Entretanto, quando Cristo voltar e a igreja for aperfeiçoada em amor, então veremos face a face. Agora conhecemos em parte; então conheceremos plenamente, assim como somos plenamente conhecidos por Deus. Por que o amor é superior aos dons espirituais como medida de nossa vida? Porque os dons espirituais são temporários; mas o amor é permanente. Os dons espirituais são parciais por natureza; mas o amor é completo.

III. Paulo proclama a supremacia do amor sobre todas as outras coisas como medida de vida. (versículo 13)

Com isso, Vimos que Paulo explicou aos coríntios por que Deus mede nossas vidas pelo amor e não pelos dons espirituais. Agora, ele continua explicando por que Deus escolhe o amor como uma medida de vida sobre todas as outras coisas. Vamos ler o versículo 13: “Três coisas, na verdade, permanecerão: a fé, a esperança e o amor, e a maior delas é o amor.” (1 Coríntios 13:13) Aqui no versículo 13 Paulo proclama a superioridade do amor não apenas sobre os dons espirituais, mas também sobre todas as outras coisas. E ele faz isso nomeando as três maiores virtudes de todas: fé, esperança e amor. Esta trilogia de virtudes é amplamente reconhecida como a mais elevada de todas as virtudes cristãs. Vamos olhar para todos os três brevemente.

Em primeiro lugar, há fé. A fé é essential para a vida cristã. Hebreus 11 nos diz que “A fé mostra a realidade daquilo que esperamos; ela nos dá convicção de coisas que não vemos. 6. Sem fé é impossível agradar a Deus. Quem deseja se aproximar de Deus deve crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” (Hebreus 11:1, 6) Somos salvos pela fé, somos justificados pela fé, e a Bíblia nos diz que os justos viverão pela fé. A fé é uma das mais altas de todas as virtudes cristãs.

Em segundo lugar, há esperança. A esperança também é essential para a vida cristã. Temos a esperança da salvação, a esperança da ressurreição e a preciosa e bendita esperança da volta de Cristo. Nossa esperança não é como a esperança do mundo, marcada pela incerteza e pela dúvida. Pelo contrário, a esperança cristã é ousada, forte e confiante nas promessas de Deus. “Romanos 5: 5. e essa esperança não nos decepcionará, pois sabemos quanto Deus nos ama, uma vez que ele nos deu o Espírito Santo para nos encher o coração com seu amor.” (Romanos 5:5) A esperança é outra das mais elevadas de todas as virtudes cristãs.

Se você fosse fazer uma lista de todas as maneiras pelas quais Deus poderia medir nossas vidas, fé, esperança e amor teriam que estar entre os três primeiros. E desses três, Paulo diz que o maior deles é o amor.

P: Por quê? P: Por que o amor está no topo da lista?

Pelas mesmas razões que o amor venceu os dons espirituais. A fé e a esperança estão entre as virtudes mais elevadas e, no entanto, como os dons espirituais, são apenas temporárias e parciais. De fato, a fé é válida apenas para esta vida. Vivemos pela fé agora, mas a fé não mais será necessária no céu quando virmos Jesus face a face. Naquele dia a fé dará lugar à visão.

Da mesma forma, a esperança também é apenas para esta vida. Alguns domingos atrás passamos por outro texto de Paulo em Romanos 8, que se refere como esperamos com esperança a redenção de nossos corpos. Sabe por quê falamos disso? Porque ainda não aconteceu. Está no futuro. Como Paulo diz: “Quem espera o que já tem? Se já temos alguma coisa, não há necessidade de esperar por ela” (Romanos 8:24)

Mas, uma vez ressuscitados, uma vez que tenhamos entrado em segurança no céu, uma vez que estejamos para sempre na presença de Deus, então a esperança não será mais necessária, porque: “Quem espera o que já tem?” Teremos tudo o que Deus nos prometeu e muito mais.

A esperança, como a fé, é apenas para esta vida. Mas o amor dura para sempre. A fé se tornará vista, a esperança será finalmente cumprida, mas o amor, somente o amor continuará por toda a eternidade. Tal como prevalece no presente, da mesma forma, durará para sempre.

CONCLUSÃO:

E assim Paulo demonstra a supremacia do amor sobre todas as outras coisas como a verdadeira medida de nossas vidas. Este capítulo inteiro é uma das passagens mais belas e significativas de toda a Escritura. Por isso, acho apropriado revisá-lo, juntos, uma última vez.

Os versículos 1-3 respondem à pergunta “Como”: “Como Deus mede nossas vidas?” A resposta é: “Amor”. Nada do que dizemos, nada do que temos, nada do que fazemos tem valor duradouro além do amor. Pois o amor é o padrão pelo qual Deus mede nossas vidas.

Os versículos 4-7 respondem à pergunta “O quê”: “Se o amor é o padrão pelo qual Deus mede nossas vidas, então o que é amor? A resposta é: “O amor é paciente, o amor é bondoso, etc.” Ou basicamente, como vimos na semana passada, o amor é como Jesus.

Os versículos 8-13 respondem à pergunta “Por quê”: “Por que Deus mede nossas vidas de acordo com o amor?” A resposta é: “Porque o amor é a maior coisa de todas”. Os dons espirituais são temporários e parciais. O amor é permanente e completo. Um dia, a fé se transformará em visão, e a esperança se transformará em realização, mas o amor nunca será substituído. Pois, o amor dura para sempre.

“Três coisas, na verdade, permanecerão: a fé, a esperança e o amor, e a maior delas é o amor.”

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