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Jesus enfatizou de forma incontestável que as Escrituras do Antigo Testamento testificavam dEle. Ele afirmou diretamente aos judeus que, se eles realmente cressem em Moisés, eles creriam Nele, pois Moisés escreveu sobre Ele. Em outra ocasião, ao discutirem sobre sua linhagem, Jesus declarou que Abraão, o pai deles, exultou por ver o seu dia, e o viu e se alegrou. Isso demonstra que Jesus via sua existência e propósito já prenunciados nas figuras centrais da fé de Israel.

Após a sua ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos, que estavam desmoralizados, e lembrou-os da necessidade de que o Cristo sofresse. Então, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. As palavras finais de Jesus, ao explicar as Escrituras do Antigo Testamento, foram: “Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”. Isso deixa claro que Jesus considerava o Antigo Testamento fundamental para entender o evangelho de Cristo.

Durante seu ministério terreno, Jesus não apenas se referiu ao Antigo Testamento como um corpo de escrituras que falava sobre Ele, mas também demonstrou isso através de suas ações e ensinamentos. Em um dia de sábado, em Nazaré, onde fora criado, Jesus entrou na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías, e, abrindo-o, achou o lugar onde estava escrito sobre o Espírito do Senhor estar sobre Ele para evangelizar os pobres, curar os quebrantados de coração, apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos, anunciando o ano aceitável do Senhor. Após ler a passagem, Jesus fechou o livro, entregou-o ao ministro e disse: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”. Esta declaração direta de cumprimento profético enfatiza como Jesus via sua própria vida e ministério intrinsecamente ligados às promessas do Antigo Testamento.

Além de identificar passagens específicas como cumpridas Nele, Jesus também utilizou os mandamentos do Antigo Testamento para ensinar sobre o amor a Deus e ao próximo. Ele citou Deuteronômio 6:5 como o primeiro e maior mandamento: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”. E de Levítico 19:18, Ele trouxe o segundo mandamento, semelhante ao primeiro: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Jesus usou este mandamento para explicar outras ordens da lei em seu Sermão do Monte. Em sua conversa com o jovem rico, Ele também citou este mandamento para resumir as outras exigências da lei. A parábola do bom samaritano foi usada por Jesus para ilustrar o significado deste mandamento. Tiago chamou este mandamento de “lei real”, e Paulo afirmou que ele resume toda a lei. Isso demonstra que Jesus não via o Antigo Testamento como algo obsoleto, mas como a própria Palavra de Deus que estabelecia princípios eternos para a vida de fé.

Jesus também fez alusão a eventos do Antigo Testamento para explicar sua própria morte e ressurreição. O evangelista João, ao descrever a morte de Jesus na cruz, fez uma conexão direta com as instruções para a Páscoa em Êxodo 12, onde se dizia que nenhum osso do cordeiro pascal deveria ser quebrado. João observou que os soldados não quebraram as pernas de Jesus, pois já estava morto, para que se cumprisse a Escritura: “Nenhum dos seus ossos será quebrado”. Ao fazer essa ligação, Jesus implicitamente se apresentou como o verdadeiro Cordeiro Pascal, cujo sacrifício traria a verdadeira libertação.

Em suma, a ênfase de Jesus no Antigo Testamento era multifacetada. Ele o apresentava como uma profecia detalhada sobre sua pessoa, obra, sofrimento, morte e ressurreição. Ele o utilizava como base para seus ensinamentos morais e éticos, revelando a profundidade do amor de Deus e a essência da verdadeira religião. Através de suas palavras e ações, Jesus demonstrou que o Antigo Testamento não era apenas um registro histórico de um povo antigo, mas a Palavra viva de Deus que culminava Nele e encontrava seu pleno significado em sua vinda. Ele próprio era a chave para entender a história divina revelada no Antigo Testamento.

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