A lição da abóbora e do carvalho: como cultivar uma fé que persevera
💡Alguns anos atrás minha sogra comprou uma chácara em Pinhalzinho – SP e plantou uma série de sementes, inclusive Abóboras. A história a seguir é inspirada neste fato real.
Você já se sentiu frustrado por não ver resultados imediatos na sua vida espiritual? Você já se comparou com outras pessoas que parecem ter uma fé mais forte e mais frutífera do que a sua? Você já se perguntou se há algo de errado com você ou com Deus?
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Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, talvez você precise aprender a lição da abóbora e do carvalho. Essa é uma história que ilustra a diferença entre uma fé superficial e uma fé profunda, entre uma fé que depende das circunstâncias e uma fé que se baseia na Palavra de Deus.
A história da abóbora e do carvalho
A história é a seguinte: uma vez, um agricultor foi à cidade comprar sementes para a sua fazenda. No seu retorno, uma das sementes de abóbora que havia comprado caiu do seu bolso. Por acaso, havia outra semente de uma espécie diferente a alguns metros de distância.
O local onde as duas sementes caíram era bastante fértil e, de modo surpreendente, começaram a germinar. Após uma semana, a semente de abóbora mostrou sinais de crescimento, enquanto a segunda semente não mostrou nenhuma mudança. Duas semanas passaram, e a abóbora começou a brotar folhas, enquanto a segunda semente permaneceu a mesma.
Após sete semanas, a abóbora começou a dar frutos, enquanto a segunda semente continuava sem mudanças. Quatro semanas se passaram, e a planta de abóbora chegou ao fim de sua vida, tendo produzido muitos frutos, enquanto a outra semente finalmente começou a crescer lentamente.
Muitos anos depois, a abóbora foi praticamente esquecida, mas a outra semente, uma bolota, havia se transformado em um robusto carvalho. O carvalho oferecia sombra, abrigo e alimento para muitos animais e pessoas, além de resistir às intempéries e às estações do ano.
A aplicação da história
O que essa história nos ensina sobre a fé? A fé é como uma semente que precisa ser plantada no solo da Palavra de Deus (Lucas 8:11). A fé também precisa ser regada pela oração e pela comunhão com Deus (Colossenses 2:6-7). A fé ainda precisa ser podada pela disciplina e pela correção de Deus (Hebreus 12:5-11).
No entanto, a fé não cresce da mesma forma para todos. Algumas pessoas têm uma fé que se parece com a abóbora: rápida, vistosa e produtiva. Essas pessoas podem ter experiências espirituais intensas, milagres, dons e ministérios. Elas podem parecer muito abençoadas e felizes.
Mas há um problema com a fé tipo abóbora: ela é frágil, passageira e dependente das condições externas. Se o clima muda, se a terra seca, se a praga vem, se a tentação surge, se a perseguição aumenta, se a decepção acontece, a fé tipo abóbora murcha, seca e morre. Ela não tem raízes profundas que a sustentem na adversidade.
Outras pessoas têm uma fé que se parece com o carvalho: lenta, discreta e persistente. Essas pessoas podem não ter muitas experiências espirituais, milagres, dons e ministérios. Elas podem parecer pouco abençoadas e felizes.
Mas há uma vantagem na fé tipo carvalho: ela é forte, duradoura e independente das circunstâncias. Ela tem raízes profundas que a alimentam na escassez. Ela tem um tronco firme que a mantém na tempestade. Ela tem uma copa frondosa que a protege do calor. Ela tem frutos que a multiplicam na abundância.
A conclusão da história
Qual é o tipo de fé que você deseja ter? Uma fé tipo abóbora ou uma fé tipo carvalho? Uma fé que depende do que você vê ou uma fé que confia no que Deus diz? Uma fé que busca resultados imediatos ou uma fé que espera pacientemente pelo tempo de Deus?
A Bíblia nos diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6). Mas também nos diz que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem (Hebreus 11:1). A fé verdadeira não é baseada nas aparências, mas na realidade. A fé verdadeira não é movida pelas emoções, mas pela razão. A fé verdadeira não é ansiosa pelo futuro, mas é contente com o presente.
Se você quer ter uma fé que agrada a Deus, que resiste às provas, que produz frutos, que abençoa outros, que glorifica a Deus, então você precisa cultivar uma fé tipo carvalho. Você precisa plantar a sua fé na Palavra de Deus, regar a sua fé com a oração, podar a sua fé com a disciplina, e esperar a sua fé crescer com a paciência.
Não se deixe enganar pela fé tipo abóbora. Não se desanime pela fé tipo carvalho. Lembre-se da lição da abóbora e do carvalho: a fé que cresce rápido, morre rápido; a fé que cresce devagar, vive para sempre.
Eu sou o Diego Gonçalves, teólogo e evangelista, e este é o meu blog www.diegon.org – “O Diário de um Jondô”. Aqui, reflexões teológicas diárias te esperam!
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