Hand drawn doodle illustration with medi dbyjdjkaqtqc8vwv4mqinq a0qfiocfsxa tgk7tyz00a

A relação entre Israel e a igreja é um tema central na teologia bíblica, especialmente no entendimento da continuidade e descontinuidade entre os dois povos de Deus. Na teologia arminiana, essa relação é interpretada à luz da graça divina e do plano redentor que abrange tanto judeus quanto gentios. Israel é visto como o povo escolhido de Deus no Antigo Testamento, enquanto a igreja é entendida como o novo povo de Deus, formado por todos os que creem em Cristo. Analisaremos aqui os fundamentos bíblicos, as implicações práticas e o significado teológico dessa doutrina.


1. A Base Bíblica de Israel como Povo Escolhido

Israel foi escolhido por Deus para ser o instrumento de Sua revelação e plano redentor. Em Deuteronômio 7:6, lemos: “Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu para seres o seu povo peculiar.” Este texto sublinha que Israel tinha uma vocação única.

Essa verdade é ampliada em Romanos 9:4-5: “A quem pertencem a adoção, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas.” A base bíblica nos ensina que Israel foi separado por Deus para cumprir propósitos específicos.


2. A Continuidade entre Israel e a Igreja

Embora a igreja seja um novo povo de Deus, há continuidade com Israel, pois ambos participam do mesmo plano redentor. Em Gálatas 3:29, lemos: “E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, herdeiros conforme a promessa.” Este texto sublinha que a igreja é espiritualmente enxertada nas promessas feitas a Israel.

Essa dinâmica é ampliada em Efésios 2:11-13: “Lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne… agora, porém, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já fostes chegados pelo sangue de Cristo.” A continuidade entre Israel e a igreja nos ensina que ambas compartilham da mesma herança espiritual.


3. A Descontinuidade entre Israel e a Igreja

Há também descontinuidade, pois a igreja não substitui Israel, mas expande sua missão para incluir os gentios. Em Hebreus 8:13, a nova aliança em Cristo é apresentada como superior à antiga aliança dada a Israel. Este texto sublinha que o sistema mosaico foi cumprido e superado em Cristo.

Essa aplicação é ampliada em Romanos 11:20: “Não te iludas, ó Israel; pela sua incredulidade foram quebrados.” A descontinuidade entre Israel e a igreja nos ensina que a rejeição de Cristo por muitos judeus abriu espaço para a inclusão dos gentios.


4. O Futuro de Israel no Plano de Deus

As Escrituras indicam que há um futuro para Israel dentro do plano redentor de Deus. Em Romanos 11:26, lemos: “E assim todo o Israel será salvo.” Este texto sublinha que Deus ainda tem propósitos para o povo judeu.

Essa perspectiva é ampliada em Zacarias 12:10: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém o Espírito de graça e de súplicas.” O futuro de Israel nos ensina que Deus é fiel às Suas promessas.


5. A Unidade na Diversidade

A igreja é composta por judeus e gentios unidos em Cristo, sem distinção. Em Efésios 3:6, lemos: “Os gentios são coerdeiros e membros do mesmo corpo, e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus.” Este texto sublinha que a igreja reflete a unidade no evangelho.

Essa dinâmica é ampliada em Gálatas 3:28: “Nisto não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” A unidade na diversidade nos ensina que a igreja transcende barreiras étnicas e culturais.


6. As Implicações Práticas

A relação entre Israel e a igreja tem implicações práticas para a vida cristã. Devemos reconhecer a importância de Israel no plano divino, evitar o anti-semitismo e buscar a unidade entre judeus e gentios em Cristo. Em João 4:22, lemos: “Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos.”

Essa verdade é ampliada em Atos 15:14: “Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar dentre eles um povo para o seu nome.” As implicações práticas nos ensinam que devemos proclamar o evangelho a todas as nações, respeitando as raízes judaicas da fé cristã.


Conclusão

A relação entre Israel e a igreja revela a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e expandir Seu plano redentor aos gentios. Esta doutrina sublinha que, embora haja continuidade e descontinuidade, ambos os povos estão integrados no propósito eterno de Deus. Ao entender essa verdade, somos capacitados para viver com respeito pelas raízes judaicas da fé cristã e com compromisso em proclamar o evangelho a todas as nações.

Que possamos aprender com essa verdade a valorizar profundamente o plano redentor de Deus, a buscar a unidade na diversidade e a testemunhar Sua graça ao mundo. Ao fazer isso, somos capacitados para glorificar a Deus e participar de Seu propósito eterno.

Gosta deste blog? Por favor, espalhe a palavra :)

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *