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Quando Acaz, rei de Judá, se viu ameaçado pela aliança entre a Síria, liderada por Rezim, e Israel, sob o comando de Peca, ele buscou apoio de uma potência estrangeira para se proteger. Em vez de confiar em Deus para a libertação, como aconselhado pelo profeta Isaías, Acaz tomou uma decisão com consequências de longo alcance para o reino de Judá.

Diante da pressão sírio-israelita que visava forçar Judá a se juntar a uma coalizão contra a Assíria, Acaz resistiu firmemente a essa aliança. Em vez disso, ele iniciou relações amistosas com Tiglate-Pileser III (também conhecido como Pul), o rei da Assíria. Essa aproximação com a Assíria foi uma resposta direta à ameaça imediata representada por seus vizinhos do norte.

A situação chegou a um ponto crítico quando Rezim da Síria e Peca de Israel lançaram um ultimato a Acaz para que se unisse a eles em sua oposição à Assíria. A guerra Sírio-Efraimita (2 Rs 16.5-9; 2 Cr 28.5-15; Is 7.1-8.8) eclodiu, e os exércitos sírios marcharam contra Elate para tentar recuperar esse porto marítimo de Judá, entregando-o aos edomitas, que apoiavam a coalizão antiassíria. Jerusalém foi sitiada e cativos foram levados de Judá para Samaria e Damasco.

Nesse momento de grande perigo, Isaías foi enviado para aconselhar o rei Acaz a confiar em Deus para a libertação e a não tomar nenhuma ação baseada no medo dos reis da Síria e de Israel, que eram comparados a dois tições fumegantes. O profeta advertiu que a verdadeira ameaça para Judá vinha da Assíria. No entanto, Acaz ignorou a advertência profética e fez um apelo desesperado por ajuda a Tiglate-Pileser III.

O pedido de Acaz a Tiglate-Pileser teve resultados imediatos. O rei assírio, que já tinha planos de subjugar as terras do oeste, foi estimulado a agir rapidamente. Em duas campanhas sucessivas, em 733 e 732 a.C., os assírios subjugaram a Síria e Israel. Damasco se tornou o ponto focal do ataque, culminando com sua capitulação em 732 a.C., pondo fim ao influente reino arameu da Síria. Em Samaria, Peca foi assassinado e substituído por Oseias, que assegurou a lealdade e o tributo de Israel ao rei da Assíria.

Acaz, por sua vez, encontrou-se com Tiglate-Pileser em Damasco e ofereceu garantias da vassalagem de Judá. Impressionado com o poder assírio, Acaz chegou ao ponto de ordenar ao sacerdote Urias que duplicasse o altar de Damasco no templo de Jerusalém, introduzindo o culto de adoração assírio em Judá. Essa ação selou a submissão de Judá à Assíria e atraiu condenação sobre o próprio Acaz.

Embora Acaz tenha sobrevivido à ameaça imediata da Síria e de Israel graças à intervenção assíria, sua decisão de buscar apoio em uma aliança política com uma nação estrangeira, em vez de confiar em Deus, teve consequências espirituais negativas para Judá, marcando um período de crescente influência pagã no reino. A “aliança com a morte”, como Isaías pode ter chamado essa dependência de potências estrangeiras, trouxe um alívio temporário, mas comprometeu a integridade religiosa de Judá.

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