20250320 a renaissance style painting of jesus teaching in u0

1. Ideia central: Jesus Cristo, ao ensinar publicamente no templo durante a Festa dos Tabernáculos, revela a origem divina de sua doutrina, desafia a hipocrisia daqueles que o acusavam de quebrar a lei enquanto buscavam matá-lo, e exorta o povo a julgar com justiça, discernindo a verdade além das aparências.

2. Principais temas:

  • Jesus começando a ensinar nos pátios do templo no meio da Festa dos Tabernáculos.
  • O espanto dos judeus com o ensino de Jesus, apesar de sua falta de educação formal.
  • A alegação de Jesus de que seu ensino não é seu, mas daquele que o enviou.
  • A condição para saber se o ensino de Jesus é de Deus: escolher fazer a vontade de Deus.
  • A acusação de Jesus de que os judeus não guardam a Lei de Moisés e estão procurando matá-lo.
  • O questionamento do povo sobre essa acusação.
  • A referência de Jesus à cura que ele realizou no sábado, que levou à ira deles.
  • O argumento de que, se a circuncisão é realizada no sábado para obedecer à Lei, curar um homem inteiro não deveria ser considerado uma violação do sábado.
  • O chamado para julgar com reto juízo, não pelas aparências.

3. Perguntas de fixação/reflexão:

  1. Em que momento da Festa dos Tabernáculos Jesus começou a ensinar no templo? O que isso sugere sobre sua intenção?
  2. Qual foi a reação dos judeus ao ensino de Jesus? O que os surpreendeu?
  3. Qual foi a pergunta que os judeus fizeram sobre a capacidade de Jesus de ensinar? O que eles esperavam em termos de educação religiosa?
  4. Como Jesus respondeu à pergunta deles sobre a origem de seu ensino? De onde ele afirmou que vinha?
  5. Qual foi a condição que Jesus apresentou para que alguém pudesse saber se seu ensino era de Deus ou se ele falava por si mesmo? O que isso implica sobre a natureza da verdade divina?
  6. Qual foi a acusação que Jesus fez contra aqueles que o questionavam sobre seu ensino? Ele os acusou de guardar a Lei de Moisés?
  7. O que Jesus disse que seus acusadores estavam tentando fazer com ele? Essa acusação surpreendeu o povo?
  8. Qual foi a reação do povo à acusação de Jesus de que estavam tentando matá-lo? O que isso sugere sobre o conhecimento deles da situação?
  9. Que exemplo Jesus usou para ilustrar a hipocrisia de seus acusadores em relação à guarda do sábado? Que cura ele havia realizado?
  10. Qual era a lei a respeito da circuncisão que Jesus mencionou? Em que dia ela era realizada?
  11. Qual foi o argumento de Jesus ao comparar a circuncisão com a cura que ele realizou? Qual era o ponto principal de sua comparação?
  12. Como Jesus concluiu seu argumento sobre a guarda do sábado e a cura que ele realizou? Que tipo de julgamento ele os exortou a fazer?
  13. O que significa julgar segundo a aparência? Por que Jesus os advertiu contra isso?
  14. O que significa julgar com reto juízo? Como isso difere de julgar pela aparência?
  15. Reflita sobre a afirmação de Jesus de que seu ensino vem daquele que o enviou. O que isso nos ensina sobre a autoridade de suas palavras?
  16. Como a condição de “fazer a vontade de Deus” nos ajuda a discernir a verdade? Qual o papel da obediência na compreensão espiritual?
  17. De que maneira a acusação de Jesus de que seus oponentes queriam matá-lo revela a profundidade da oposição que ele enfrentava?
  18. Como o exemplo da circuncisão no sábado expõe a hipocrisia de se preocupar com detalhes da lei enquanto se negligencia o seu espírito e propósito?
  19. O que a exortação de Jesus para julgar com reto juízo nos ensina sobre a importância do discernimento e da justiça em nossas avaliações?
  20. De que maneira a falta de educação formal de Jesus contrastava com a profundidade e a autoridade de seu ensino? O que isso sugere sobre a verdadeira fonte de sua sabedoria?
  21. Como podemos aplicar o princípio de julgar com reto juízo em nossas interações e avaliações hoje? Quais são as “aparências” que podem nos enganar?
  22. O que essa passagem nos ensina sobre a relação entre a lei e a graça, e sobre a verdadeira intenção por trás dos mandamentos de Deus?

4. Para entender o texto:

a. Texto em contexto:

Esta passagem ocorre no meio da Festa dos Tabernáculos, um momento em que Jesus já havia subido a Jerusalém em segredo (7:10). Sua decisão de começar a ensinar publicamente no templo marca uma nova fase de seu ministério durante a festa, atraindo a atenção e a controvérsia. O espanto dos judeus com seu ensino prepara o cenário para a defesa de sua autoridade e a exposição da hipocrisia de seus oponentes. Esta unidade se encaixa no desenvolvimento do Evangelho de João ao mostrar a crescente tensão entre Jesus e as autoridades judaicas, e ao apresentar mais evidências da origem divina de sua missão. A estratégia retórica aqui é confrontar as objeções e acusações contra Jesus, usando exemplos da própria lei judaica para revelar a inconsistência e a injustiça de seus julgamentos. Esta unidade contribui para o propósito do livro ao fortalecer a identidade de Jesus como o Messias enviado por Deus, cuja autoridade e ensino superam as tradições e interpretações humanas da lei.

b. Esboço/estrutura:

  • Versículo 14: Jesus começa a ensinar no templo no meio da festa.
  • Versículos 15-16: A reação dos judeus ao seu ensino e a resposta de Jesus sobre a origem de sua doutrina.
  • Versículo 17: A condição para discernir a origem do ensino de Jesus: a disposição de fazer a vontade de Deus.
  • Versículos 18-20: Jesus acusa os judeus de não guardarem a lei e de procurarem matá-lo.
  • Versículos 21-24: Jesus usa o exemplo da cura no sábado e da circuncisão para mostrar a hipocrisia deles e os exorta a julgar com reto juízo.

c. Antecedentes históricos e culturais:

A Festa dos Tabernáculos era um momento de grande ensino e discussão religiosa em Jerusalém. O templo era o centro da vida religiosa judaica, e era comum que mestres e rabinos ensinassem ali durante as festas. A falta de educação formal de Jesus nas escolas rabínicas era notória e, portanto, a profundidade e a autoridade de seu ensino eram surpreendentes para muitos. A Lei de Moisés, incluindo as leis sobre o sábado e a circuncisão, era fundamental para a identidade judaica, e havia interpretações e debates complexos sobre sua aplicação.

d. Considerações interpretativas:

A afirmação de Jesus de que seu ensino não é seu, mas daquele que o enviou, é uma reivindicação implícita de sua divindade e de sua missão como o enviado de Deus. A condição de “fazer a vontade de Deus” como chave para discernir a verdade sugere que a compreensão espiritual está ligada à obediência e a um coração disposto a seguir a Deus. A acusação de que os judeus não guardavam a lei, apesar de sua aparente preocupação com o sábado, revela sua hipocrisia e sua motivação por trás da oposição a Jesus. O argumento de Jesus sobre a circuncisão no sábado é um exemplo clássico de argumentação rabínica, usando uma prática aceita para desafiar uma objeção injusta. A exortação a julgar com reto juízo implica a necessidade de olhar além das aparências e de considerar os princípios mais profundos da justiça e da misericórdia.

e. Considerações teológicas:

Esta passagem aborda a doutrina da autoridade das Escrituras e a interpretação da lei. Jesus não está rejeitando a Lei de Moisés, mas corrigindo sua interpretação hipócrita e mostrando sua verdadeira intenção. Ele também está afirmando sua própria autoridade como aquele que foi enviado por Deus e cujas palavras são a própria verdade divina. A passagem destaca a importância da obediência como um caminho para o conhecimento espiritual e a necessidade de um coração reto para discernir a vontade de Deus.

5. Para ensinar o texto:

A mensagem central desta passagem é que a verdadeira compreensão e aceitação dos ensinamentos de Jesus requer um coração disposto a fazer a vontade de Deus e um julgamento justo que vá além das aparências. A hipocrisia e a resistência à verdade podem cegar as pessoas para a obra de Deus. Ao ensinar este texto, podemos enfatizar os seguintes pontos:

  • A origem divina do ensino de Jesus: Mostrar que as palavras de Jesus têm autoridade porque vêm de Deus.
  • A conexão entre obediência e compreensão espiritual: Ensinar que a disposição de fazer a vontade de Deus é essencial para entender a verdade.
  • A hipocrisia de se preocupar com detalhes da lei enquanto se negligencia o seu espírito: Alertar contra a tendência de focar em regras externas sem um coração transformado.
  • A importância de julgar com justiça e discernimento: Exortar os ouvintes a avaliarem as situações e as pessoas com base na verdade e na justiça, e não apenas em aparências superficiais.

As aplicações práticas para a vida dos ouvintes podem incluir:

  • Buscar conhecer e fazer a vontade de Deus em todas as áreas de nossas vidas, confiando que isso nos levará a uma compreensão mais profunda da verdade.
  • Examinar nossos próprios corações para identificar qualquer hipocrisia em nossa observância da fé.
  • Esforçar-nos para julgar as pessoas e as situações com justiça e discernimento, buscando a verdade e a retidão em vez de nos basearmos em preconceitos ou aparências.
  • Reconhecer a autoridade divina do ensino de Jesus e nos submetermos às suas palavras como a verdade final.

6. Para ilustrar o texto:

Imagine um aluno que se orgulha de conhecer todas as regras gramaticais, mas se recusa a escrever com clareza e a expressar ideias significativas. Sua preocupação com os detalhes técnicos não se traduz em uma verdadeira compreensão e comunicação eficaz. Da mesma forma, os líderes judeus estavam preocupados com a observância estrita do sábado, mas perderam o espírito da lei e se opuseram à obra de cura e restauração de Jesus.

Pense em um juiz que se deixa influenciar pela aparência de uma pessoa ou por boatos em vez de examinar as evidências com imparcialidade. Seu julgamento será injusto e não refletirá a verdade. Jesus nos chama a ser juízes retos, buscando a verdade e a justiça em todas as nossas avaliações.

Considere um mapa que é preciso e detalhado, mas que é mantido enrolado e nunca é consultado. Seu valor potencial nunca é realizado. A Lei de Moisés era um guia dado por Deus, mas os líderes judeus a mantinham presa a suas próprias interpretações e tradições, em vez de permitirem que ela os levasse a reconhecer e seguir Jesus, o cumprimento da lei.

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