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Is 59:1-2 – A Disciplina da Oração


Escrito por Diego Gonçalves e pregado no MEP da Igreja DaeHan em 08/08/2021.

Palavra:

Isaias 59.1-2 (ARA)

Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.

Introdução:

Antes de fazermos uma abordagem expositiva do texto, permita-me dizer que As palavras que acabamos de ler, trazem um grande conforto a todos aqueles que estão buscando ao Senhor.

É como se Deus estivesse olhando para o seu povo e dizendo: “Vejam, as minhas mãos estão estendidas pra você!” Se acheguem a mim…” É o convite do Senhor! Em toda a Bíblia, podemos encontrar esse tipo de convite. Deus – que está acima de toda ciência e razão, está acima do tempo e do espaço e está acima do início e do fim de todas as coisas – Olha para sua criação e diz: Busquem-me e me acharão, quando vocês me buscarem de todo o coração! Que Deus gracioso nós temos! Como poderíamos descreve-lo?

Nesta manhã, gostaria de começar com essa adoração: Deus é Perfeição! Na minha opinião, “perfeição” é uma ótima palavra para descreve-Lo. Ela nos ajuda a distinguir Deus dos homens! Afinal, quem de nós conhece a verdadeira essência do significado dessa palavra? Mas sabemos que Deus é sempre perfeito! Nele não há uma sombra de variação!

A teologia sistemática afirma que no âmago de Deus, na essência da Divindade, habitam o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Um só Deus, em três pessoas distintas, Co-eternas e co-iguais, desfrutam da unidade perfeita da Trindade. A Trindade é perfeita, porque Deus-Pai o é, Deus-Filho o é, Deus-Espírito o é! E isso é uma maravilha!

Se eu pudesse usar uma outra palavra para descreve-Lo, eu diria: Deus é eterno! Mas novamente, eis aqui a questão? Quem poderá expressar a verdadeira realidade do significado dessa palavra? Ainda que você tenha muito dinheiro e contrate uma viagem particular em direção a eternidade, em direção ao infinito – a não ser que você morra no meio do caminho e apresse o trabalho, você nunca vai conseguir chegar no destino final, ainda que você gaste a vida inteira viajando pelo universo!

Nós, como seres finitos, podemos dar nomes a algumas galáxias, mas quem poderia contá-las? Podemos até nomear as estrelas, mas quem, de fato, poderia contá-las? A Eternidade e a perfeição é uma coisa que, nesta vida terrena, nunca poderemos tê-las!

Embora essas características comunicáveis sobre Deus não nos sejam palpáveis, ainda sim, elas são os termos mais próximos pelo qual, nos torna possível expressar o tamanho da grandeza do Deus que servimos. O Deus tão grandioso, sabe de cada detalhe da sua criação. Ele Conhece o número exato de cabelos que há em nossa cabeça e não cai um pardal do céu, e nem uma folha da arvore sem que Ele não saiba. Isso inclui que Deus também conhece todas as suas ansiedades, preocupações, alegrias e medos. Pois Ele sabe tudo sobre a sua criação.

Portanto, nunca se esqueça que, quando você estiver na Escola da Oração, com a porta do seu quarto fechada, orando em secreto, você estará diante de um Deus que é Grande, Poderoso, Excelso e Glorioso. Mas que ao mesmo tempo, é Pai de amor, cheio de ternura e bondade, cheio de graça e misericórdia. Diante de um Deus acessível, que pode ser encontrado quando estivermos lendo e meditando nas Suas Palavras Eternas e/ou quando estivermos orando, de joelhos ou de pé em Sua presença. Pois, parte dele o desejo se relacionar com você!

Desenvolvimento:

O profeta Isaías diz: “As mãos do Senhor não estão encolhidas para que não possam salvar, nem os seus ouvidos surdos para não poder ouvir… Mas…. mas…. Mas… as vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus”. O Deus que diz: Se acheguem a mim e eu me achegarei a vós é o mesmo Deus que diz:
Limpai as mãos, pecadores! Purificai os corações (Tiago 4.8)

Deus deu a Isaías a incumbência de contar ao povo de Israel sobre seus pecados. E vemos Isaías fazendo isso em vários lugares do seu livro. Uma das que me chamam a atenção é encontrada em Isaías 58 e versículo 1 e 2 (ARA)

“1. Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. 2. Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus” (Is 58:1-2, ARA)

Mas isso é Isaías 58. O nosso texto está no próximo capítulo, Isaías. 59. E uma das primeiras coisas que Isaías nos ensina neste capítulo 59 é que em Deus não há culpa, fraqueza ou deficiência. O problema está na trágica fraqueza do homem, devido à sua escolha de pecar. Isto é, o problema não é que Deus esteja surdo. O problema é que a humanidade não para de caminhar para o pecado.

A distância de Deus foi criada pelo homem – pelo pecado do homem. Veja essa ilustração: Se você se afastar de mim e tentar falar comigo – em determinado momento, não poderei mais ouvi-lo. Não porque eu tenha um problema auditivo, mas porque você se afastou de mim; você criou a distância.

Assim, Isaías no seu capítulo 1:15 – diz: – “Mesmo que você faça muitas orações, eu não ouvirei” (1:15). Então, aqui percebemos que o problema é o pecado, que separa o homem de Deus.

A partir do versículo 3 do capítulo 1, lemos que Isaías identifica cada um dos pecados de Israel: Violência e mentira; falta de integridade; falta de vergonha; assassinato de inocentes; injustiças; pois eles (Israel) “fizeram CAMINHOS TORTOS para si, e não encontravam mais a paz!” (1:8)

Consegue ver onde está o problema? Perceba que não há nenhuma fraqueza em Deus. Na verdade, Deus está pronto para perdoar; o problema é que os pecadores não estão querendo ser perdoados. Pois, foi criado um muro de separação entre o homem e Deus, e este muro se chama iniqüidade, e seu reboco se chama: o pecado do homem.

Não obstante, lemos nos versículo 9 até 11, uma série de confissões. Até mesmo Isaias participa delas: Vamos ler:

Por isso a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança. Procuramos, mas tudo é trevas; buscamos claridade, mas andamos em sombras densas. 10. Como o cego caminhamos apalpando o muro, tateamos como quem não tem olhos. Ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite; entre os fortes somos como os mortos. 11. Todos nós urramos como ursos; gememos como pombas. Procuramos justiça, e nada! Buscamos livramento, mas está longe!

Esta é a triste condição das pessoas que se encontram nos caminhos tortos do pecado, conforme descrito aqui em Isaías 59. Continue lendo o que o profeta diz versículo 12:

“Porquanto são muitas as nossas transgressões diante de ti, e os nossos pecados testemunham contra nós. As nossas transgressões estão sempre conosco, e reconhecemos as nossas iniquidades”. (Is 59:12)

Perceba que, conforme vamos lendo o texto, vemos o profeta fornecendo respostas ao problema inicial: Deus não é o problema, mas o pecado do homem é. Interessante, porém, é que no versículo 16 encontramos o profeta narrar que Deus viu que não havia nenhum intercessor pelo povo. Sabemos que no início da história de Israel houveram intercessores: Moisés, Josué, Samuel, Davi. Mas para aquela aquela geração, Isaías descreveu: Não há “nenhum intercessor”. Vendo Deus que, dentre aquela geração pecaminosa, não havia nenhum intercessor, decidiu livra-los de forma especial!

Diz o versículo 16 que: “o seu braço lhe trouxe livramento e a sua justiça deu-lhe apoio”. Isto pode ser expresso da seguinte forma: Se não há mais juízes, ou reis, ou intercessores piedosos, então o próprio Deus,
levanta-se do seu trono e veste a Sua armadura para a batalha:

A justiça é a sua couraça, a Salvação é o seu capacete, a verdade está em seu cinto, a fé está em seu escudo, o Espírito está em sua espada e o Evangelho da paz está em seus sapatos. E agora, vem o Senhor, equipado com o seu poder. Vestido para defender o seu povo. Guerreando pelos seus filhos e filhas. Enfrentando seus maiores adversários. Derrubando seus maiores inimigos. Vem o Senhor, marchando em glória e em poder, em força e majestade. E um a um, todos os inimigos de Deus, caem por terra. Um a um, veja todos eles ao chão!

Isso parece uma história lúdica mas foi essa a resposta de Deus ao pecado do homem, que Isaías vinha descrevendo. Em outras palavras, foi uma resposta de justiça e vingança. Foi – diz o versículo 18 – “de acordo com suas ações, Deus retribuiu aos Seus inimigos”.

Eu não sei exatamente como Deus fez isso, ou exatamente quando Deus fez isso. Mas este capítulo foi escrito em um tempo em que não havia Intercessor, e Deus teve que tomar as rédeas diretamente na mão. Entretanto, algum tempo depois, houve um outro momento – o momento em que Deus enviou um Redentor ao seu povo na terra. Isaías clamou: “O Redentor virá a Sião.” (Is 59:20). Minha gente, este Redentor é Jesus Cristo, o Messias.

Perceba que tudo que é descrito em Isaías 59 nos versículos 1-19 demonstra a necessidade de um redentor. E Deus não viu um Intercessor. Então, Ele mesmo tomou medidas contra os transgressores e depois disse: “O Redentor virá a Sião” (Is 59:20). E Ele veio!

Jesus veio para Sião; nasceu e veio para a nação judaica. O evangelho foi pregado aos judeus e depois aos gregos em cumprimento às instruções de Jesus: “Ide por todo o mundo… fazei discípulos de todas as nações”. É esta mensagem que Isaías se comprometeu a pregar; E assim, ele o fez. Pregou a aliança feita por Deus!

Vamos ler:

“O Redentor virá a Sião, aos que em Jacó arrependerem-se dos seus pecados”, declara o Senhor. 21. “Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles”, diz o Senhor. “O meu Espírito que está em você e as minhas palavras que pus em sua boca não se afastarão dela, nem da boca dos seus filhos e dos descendentes deles, desde agora e para sempre”, diz o Senhor. (Is 59:20-21)

Em suma, isto é Isaías 59. Simples e direto. Agora, eu quero deixar dois pontos para nossa aplicação:

1 – O pecado tem o mesmo efeito hoje: ele nos separa de Deus.

João Apóstolo foi muito claro ao escrever: 1 João 1: 5.10 (NVI)

“Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma. 6. Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7. Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8. Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 9. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 10. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”

O povo sobre o qual Isaías escreveu e profetizou estava andando em trevas, não tinha comunhão com Deus e, portanto, SEUS PECADOS OS SEPARARAM DE DEUS. O pecado tem o mesmo efeito hoje.

2 – Só há apenas uma solução para o problema do pecado, JESUS CRISTO, o Redentor!

Se você estiver em vivendo em pecado, longe de Deus, você não pode, por si só, se livrar desse poço! Você não pode, por si só, esconder, cobrir ou eliminar seu pecado. Mas Jesus pode. Ele é a única resposta, a única solução e o único Salvador. O mep da nossa igreja, por si só, não pode te salvar. Nem qualquer outra igreja poderá te salvar. Nenhum pastor, nenhum líder religioso ou nenhum outro especialista poderá te salvar.

O muro do pecado que criamos entre nós e Deus não pode ser destruído por ninguém, exceto por aquele de quem João Batista testificou: “Eis aí o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo: JESUS DE NAZARÉ!

Conclusão:

O profeta Isaías foi fiel para cumprir sua missão – contar e declarar os pecados do povo e, anunciar o Redentor que viria. Neste sermão, aprendemos sobre Deus, sobre o pecado, sobre o efeito do pecado e os vãos esforços do homem para cobri-lo. Sobretudo, vimos que a resposta de Deus a todo o problema humano foi através do Redentor que veio. Que tenhamos a certeza de que não nos separamos de Deus – mas se nos separarmos – façamos a única coisa que pode ser feita, entregar-nos ao Redentor e servi-Lo de todo o coração.

Escrito por Diego Gonçalves.


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© Diego Jondô

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