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A declaração de Jesus em Mateus 19:14, “Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino dos céus,” revela um princípio profundo sobre o caráter do evangelho e a natureza do Reino de Deus. Ao acolher as crianças, Jesus sublinha que o acesso ao Reino não depende de méritos humanos, mas da humildade, simplicidade e confiança características das crianças. Analisaremos aqui o significado dessa declaração, explorando seu fundamento bíblico, sua aplicação prática e suas implicações teológicas.


1. O Contexto da Declaração

Os discípulos tentaram impedir que as crianças se aproximassem de Jesus, provavelmente por acharem que Ele estava ocupado com questões mais importantes. Em resposta, Jesus repreendeu seus discípulos, enfatizando que as crianças têm um lugar especial no Reino de Deus. Esta atitude revela que o evangelho é acessível a todos, independentemente de idade ou status.

Essa verdade é ampliada em Marcos 10:16, onde Jesus abraça e abençoa as crianças. A acolhida às crianças nos ensina que o Reino de Deus valoriza aqueles que são frequentemente negligenciados ou considerados insignificantes pelo mundo.


2. A Humildade como Característica do Reino

Jesus usa as crianças como exemplo de como devemos nos aproximar dEle. Em Mateus 18:3-4, Ele afirma: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” As crianças exemplificam humildade, dependência e confiança—qualidades essenciais para receber o evangelho.

Essa dinâmica é ampliada em Tiago 4:6: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” A acolhida às crianças nos ensina que o orgulho humano é uma barreira ao Reino, enquanto a humildade abre caminho para a graça divina.


3. O Valor Inerente das Crianças

Ao acolher as crianças, Jesus demonstra que elas têm valor intrínseco diante de Deus. Em Salmos 127:3, lemos que “os filhos são herança do Senhor.” As crianças não são meramente receptores passivos do evangelho, mas participantes do Reino desde cedo.

Essa perspectiva é ampliada em João 3:5: “Necessário vos é nascer de novo.” A acolhida às crianças nos ensina que o Reino de Deus não exclui ninguém, nem mesmo os pequenos, pois todos são chamados à nova vida em Cristo.


4. A Responsabilidade da Comunidade Cristã

A instrução de Jesus para “deixar vir” as crianças também implica uma responsabilidade da igreja em cuidar delas espiritualmente. Em Deuteronômio 6:6-7, os pais são orientados a ensinar os mandamentos de Deus aos seus filhos. A igreja deve ser um ambiente onde as crianças são formadas na fé.

Essa verdade é ampliada em Efésios 6:4: “Pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” A acolhida às crianças nos ensina que a formação espiritual começa na infância e é uma prioridade comunitária.


5. A Simplicidade da Fé Infantil

As crianças representam a simplicidade da fé necessária para entrar no Reino. Em Lucas 18:17, Jesus diz: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança de modo algum entrará nele.” A fé infantil é caracterizada pela confiança absoluta e pela ausência de ceticismo ou autossuficiência.

Essa dinâmica é ampliada em Hebreus 11:6: “Sem fé é impossível agradar a Deus.” A acolhida às crianças nos ensina que a fé genuína é simples e dependente, confiando plenamente na promessa de Deus.


6. Uma Crítica à Sociedade Adultocêntrica

A atitude de Jesus também critica as estruturas sociais que marginalizam os vulneráveis, incluindo as crianças. Em Isaías 11:4, lemos que o Messias “julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade para os mansos da terra.” Ao dar prioridade às crianças, Jesus desafia os valores de poder e prestígio que predominam no mundo.

Essa verdade é ampliada em Tiago 1:27: “A religião pura e imaculada… é visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações.” A acolhida às crianças nos ensina que o evangelho tem um coração compassivo pelos marginalizados.


Conclusão

A declaração de Jesus, “Deixai vir a mim os pequeninos,” revela que o Reino de Deus pertence àqueles que possuem humildade, simplicidade e confiança. Este princípio desafia tanto indivíduos quanto comunidades a valorizar as crianças e a refletir as qualidades infantis em sua própria fé. Além disso, sublinha a responsabilidade da igreja em cuidar e formar as novas gerações no conhecimento de Deus.

Que possamos aprender com essa verdade a acolher as crianças como Jesus as acolheu, a cultivar a humildade e a simplicidade em nossa caminhada espiritual e a investir na formação espiritual das futuras gerações. Ao fazer isso, experimentamos a plenitude do Reino e somos fiéis ao chamado de expandir o evangelho.

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