1co 13 4–7 O Desafio Do Amor 2a. Parte
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1Co 13:4–7 – O Desafio do Amor – 2a. parte

Por favor, abra a sua Bíblia em 1 Coríntios 13 — que é chamado de o capítulo do amor na Bíblia. Na semana passada, meditamos sobre os versículos 1, 2 e 3 em que Paulo fala sobre a medida do amor. Hoje, veremos os versículos 4–7 em que Paulo descreve o caráter do amor. E na próxima semana veremos os versículos 8–13 em que Paulo proclama a supremacia/superioridade do amor.

Oração:

Senhor, que esta parte da Tua Palavra nos ajude a nos tornarmos um povo mais amoroso. Que as nossas vidas possam ser canais do amor de Deus — canais que fluem e que se espalham para outras pessoas todos os dias, durante toda a nossa vida. E assim como Deus é amor. Que nós, possamos amar uns aos outros como Cristo nos amou. Amém!

INTRODUÇÃO

Na semana passada, analisando os versículos 1–3 deste capítulo, aprendemos que o amor é a verdadeira medida de tudo o que você faz. Nada do que dizemos, nada do que temos e nada do que fazemos tem qualquer valor além do amor. Pois o amor é a verdadeira medida de todas as coisas.

Agora, nos versículos 4–7, Paulo continua descrevendo o verdadeiro caráter do amor. E o que ele diz nesses próximos versículos, fará todo sentido. Pois, afinal, se nada importa além do amor, então é melhor deixarmos bem claro o que Paulo está querendo dizer quando usa a palavra AMOR.

Antes de prosseguir, porém, é bom lembrarmos que usamos a palavra “amor” de muitas maneiras diferentes em nossa cultura. Dizemos: Eu amo Jesus; e amo esta igreja. Amo minha esposa; amo meus filhos. Amo minha mãe e meu pai, meus irmãos e minhas irmãs. Amo meus pets e amo ler e ouvir música. Amo sair para comer. Amo comida japonesa. Amo assistir filmes e amo dar risada.

Agora, obviamente que na época de Paulo a palavra “amor” não significava exatamente a mesma coisa em todas essas frases. Então, as primeiras perguntas que precisamos fazer hoje é: O que é amor? É algo que você sente ou algo que você faz?

Bem… Os coríntios entendiam que o amor tem significados diferentes em contextos diferentes. Em determinados contextos eles até usavam palavras diferentes para capturar alguns desses significados. Por exemplo: Para falar sobre o amor de família (entre pais e filhos, irmãos e irmãs) eles usavam a palavra grega “storge”. Para falar sobre o amor de amigos, eles usavam a palavra “filos”. E ao usar esta palavra, a pessoa do outro lado, sabia que ela tinha apreço, amizade, respeito, carinho e afeto da pessoa que usava esse termo. Para descrever o amor de romance, com toda a sua paixão e desejo os coríntios e todo povo grego usavam a palavra “eros”.

Mas, além dessas três palavras havia uma outra palavra grega que poderia ser usada para expressar um outro tipo amor. No entanto, essa palavra era pouco usada. Trata-se da palavra “ágape”. Esta foi a palavra que a Septuaginta mais usava para falar do amor de Deus — se vc ainda não sabe, Septuaginta foi a primeira tradução do Antigo Testamento para o grego — Assim, se “storge” representa o amor de família, “filos” o amor dos amigos, “eros” o amor do casal e “ágape” o amor assumido livremente pela escolha e compromisso de amar outra pessoa. Os escritores do Novo Testamento, conhecendo essa palavra “ágape” a usaram de modo exaustivo para descrever o amor altruísta de Deus pela humanidade demonstrado no envio de seu bendito Filho Jesus Cristo.

Foi assim que o ágape passou a representar o amor incondicional que alguém pode ter ao decidir amar outra pessoa, independentemente dos seus sentimentos. Isso significa que você não pode ter o amor filos ou o amor eros pelo seu inimigo, mas você pode ter o amor “ágape”. Você pode escolher amar seu inimigo incondicionalmente, independentemente de como ele tem te tratado. Ágape é a palavra que Paulo utiliza para se referir ao amor aqui em 1 Coríntios 13.

Agora, uma outra pergunta que você deve estar fazendo é como você sabe que possui o amor ágape? Pois bem, como dissemos na semana passada, o amor não se trata de falar palavras de bonitas. Antes de continuar respondendo essa pergunta, me permita apresentar uma ilustração.

Dias atrás estava lendo um livro sobre 1Co13. O autor se chama Henry Drummond. Seu livro é entitulado “Amor, a melhor coisa do Mundo” — um clássico da teologia. Henry Drummond compara os versículos 4–7 a uma experiência científica de Isaac Newton. E que experiência foi essa? É aquela em que se coloca um prisma de cristal em contato com a luz, que ao receber o feixe a claridão sobre si, decompõe e separa a luz em suas várias camadas de cores.

o experimento da luz no prisma de cristal

Henry Drummond enxerga o texto de 1Co 13 dessa maneira… A aplicação que ele faz desse texto é que o amor ao transpassar pelo espectro da alma forma um arco-íris de ações que podemos chamar de virtudes, que juntas, trabalham para produzir o verdadeiro amor ágape.

Assim, conforme vamos estudando 1Co 13, vai ficando mais evidente e claro que Paulo não tá falando sobre um sentimento quentinho, mas tá falando de uma decisão consciente de amar outras pessoas, não importa o que aconteça. Vamos perceber que Paulo descreve o amor “ágape” nos versículos 4–7 usando uma série de 15 adjetivos, que no grego, estas 15 palavras são todas verbos. Eu acredito que saber essa informação é significativo, pois, o amor de que Paulo está falando aqui não é, principalmente, algo que você sente, mas algo que você faz.

Você sabe tanto quanto eu que nem sempre somos capazes de controlar nossos sentimentos, entretanto, podemos controlar nossas ações e até mesmo, ou até certo ponto, nossas motivações. Então, o que eu quero dizer é que o amor “ágape” é sobre aquilo que você escolhe fazer ou não fazer. E Deus mede toda a sua vida pela sua escolha.

Para descomplicar um pouco, vamos ler nosso texto de 1 Coríntios 13:4–7

Leitura de 1 Coríntios 13.4–7

4. O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, 5. nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. 6. Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. 7. O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme. — (1 Coríntios 13:4–7, NVT)

Enquanto estivermos olhando para essas várias qualidades do amor, eu encorajaria você a pegar uma caneta e papel e fazer uma tabela com duas colunas. Na primeira coluna escreva o título: “Meus Pontos Fortes do Amor” e na segunda coluna: “Meus Pontos Fracos do Amor”.

Então, o que eu proponho é o seguinte: enquanto analisamos esses versículos juntos, pense em cada uma das características do amor que Paulo descreve aqui, e a escreva-a na coluna que mais se adequa ao seu estado atual. Por enquanto, faça apenas isso. No final da mensagem, vamos falar mais especificamente sobre esse teste.

Então, em primeiro lugar, no versículo 4, Paulo começa com dois adjetivos que descrevem positivamente o que é amor. Mas em segundo lugar, Paulo lista uma sequência de sete adjetivos que descrevem negativamente o que o amor não é. Em terceiro lugar, ele faz uma declaração contrastante para descrever o amor — ele diz mais ou menos assim: o amor não faz isso, mas sim aquilo — E então, em quarto e último lugar, Paulo descreve quatro coisas que o amor sempre faz.

Portanto, a partir de agora vamos trabalhar 4 pontos: o que é amor, o que o amor não é, o que o amor faz em contraste com outra coisa e, finalmente, o que o amor sempre faz.

I. O que é o amor. (versículo 4)

Em primeiro lugar, Paulo começa com dois verbos que descrevem positivamente o que é amor:

1. “O amor é paciente e bondoso.” — 1 Coríntios 13:4a, NVT

Como no idioma original esses adjetivos são verbos, a intenção do autor não é descrever o que é o amor, mas como o amor age. Então, basicamente, no pensamento original podemos ler essa parte do versículo assim: o amor age pacientemente; o amor age bondosamente.

Lembra o que dissemos na semana passada? Se você fala nas línguas de homens e anjos, se você tem os dons espirituais mais incríveis e faz o mais nobre dos sacrifícios, mas não pratica a paciência e a bondade para com os outros, então você não é nada e não ganha nada.

A. O amor é paciente!

Você não acha interessante que a primeira palavra que Paulo escolhe para descrever o amor seja paciência? Isso significa “ter paciência com as falhas, erros e ofensas de outras pessoas”. Repare bem que essa é a primeira característica do amor ágape, porque ser paciente é sobre ser totalmente incondicional. Ou seja, é escolher amar o outro não por causa de quem eles são, mas apesar de quem eles são e apesar do que eles fazem com você ou fizeram com você.

Esse é o amor que age pacientemente. É um amor que entende as fragilidades da natureza humana e se recusa a se ofender. Esse amor que age pacientemente é também um amor que vê o futuro potencial nas pessoas e não exige maturidade ou crescimento instantâneos. O amor que age pacientemente é um amor que continua a desejar o melhor para os outros, mesmo quando você é caluniado ou aborrecido. Neste sentido, o amor que age pacientemente é um amor notavelmente como o amor de Deus.

Pense nisso! Deus não é incrivelmente paciente com a gente?

Salmo 103.13–14 nos diz que:

“O Senhor é como um pai para seus filhos, bondoso e compassivo para os que o temem. 14. Pois ele sabe como somos fracos; lembra que não passamos de pó.” — Salmos 103.13–14, NVT

Em 2 Pedro 3.9 também encontramos palavras confortantes:

“Na verdade, o Senhor não demora em cumprir sua promessa, como pensam alguns. Pelo contrário, ele é paciente por causa de vocês. Não deseja que ninguém seja destruído, mas que todos se arrependam.” — 2 Pedro 3.9, NVT

Neste mesmo sentido, Paulo escreveu a Timóteo dizendo:

“Eu sou o pior de todos (os pecadores). Mas foi por isso que eu, o pior dos pecadores, recebi misericórdia, para que assim Cristo Jesus mostrasse quanto é paciente. Desse modo, sirvo de exemplo a todos que vierem a crer nele para a vida eterna. — 1 Timóteo 1:15b-16, NVT

Deus é amor! Portanto, Deus é paciente conosco.

B. O amor é bondoso.

Em segundo lugar, o amor é bondoso. Uma vez ouvi alguém dizer:

“A melhor coisa que um homem pode fazer por seu Pai Celestial é ser bondoso com alguns de seus outros filhos”.

Todos sabemos que não é difícil ser bondoso, nem é preciso muito esforço. Mas requer intenção! E é disso que Paulo está falando aqui — se importar o suficiente para ser bondoso.

Às vezes, apenas uma palavra é suficiente.

Provérbios 12.25 diz:

“A preocupação deprime a pessoa, mas uma palavra de incentivo a anima.” — Provérbios 12.25, NVT

Isso é um ato de bondade! E o amor pratica atos de bondade uns para com os outros atos simples e amorosos de bondade. Sabemos, minha gente, que nosso mundo, na maioria das vezes, não é um lugar gentil. As pessoas dizem e fazem muitas coisas dolorosas. Por isso, nós precisamos de mais bondade em nosso mundo. Na verdade, precisamos fazer questão de sermos gentis com as pessoas em nossa volta. E que isso seja espontâneo, sem hesitação. Que as nossas ações sejam naturalmente bondosas!

Nós deveríamos saber que a bondade é um remédio poderoso para um mundo ferido. É certo que muitas pessoas se lembrarão de um ato de bondade para sempre.

Há um poema antigo, atribuído a William Penn que nos diz algo nesse sentido:

“Espero passar pela vida apenas uma vez. Se, portanto, houver alguma bondade que eu possa mostrar, ou qualquer coisa boa que eu possa fazer a qualquer outro ser, deixe-me fazê-lo agora, e não adie ou negligencie, pois não passarei por este caminho novamente” — William Penn

O amor é paciente e bondoso. Essas duas palavras descrevem nossas respostas passivas e ativas em relação aos outros. Veja: Deus é descrito como sendo paciente e gentil. Do mesmo modo, Deus retém sua ira e derrama suas misericórdias. Em Romanos 2:4 Paulo fala que as manifestações de “bondade, tolerância e paciência de Deus nos leva ao arrependimento”. Então, em primeiro lugar, agradeça a Deus porque ele é paciente com você — e depois disso, seja paciente com os outros também. Em segundo lugar, agradeça a Deus porque ele é bondoso com você e depois disso, seja bondoso com os outros também. Comece em sua família, depois passe para seus amigos, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de estudo até que você faça assim com estranhos também.

Agora, olhe para a sua lista! A paciência é uma força ou uma fraqueza para você? E a bondade? Faça suas anotações e vamos seguir em frente.

II. O que o amor não é! (versículo 4b-5)

Paulo acabou de nos mostrar duas características positivas do amor. A próxima seção é a mais longa. Aqui, Paulo usa sete verbos para descrever o que o amor não faz.

“4b. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, 5. nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso.” — 1 Coríntios 13:4b-5, NVT

A. O amor não é ciumento, nem presunçoso, nem orgulhoso.

Vamos analisar as três primeiras descrições do que o amor não é:

“O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso!”

Primeiro, “O amor não é ciumento.”

Se você está usando as versões NVI ou Almeida vai perceber que elas utilizam a palavra inveja para ciúmes. Note que o sentido de ciúmes aqui é mais ou menos aquele alguém que tem ciúmes da posição, do lugar, do salário, dos bens, das posses, da aparência e até dos dons espirituais de uma outra pessoa. Esse tipo de ciúmes também é traduzido como inveja! Mas Paulo diz que no amor não há inveja, porque o amor fica feliz pelo que a outra pessoa tem. Em outras palavras, não há rivalidade ou competição no amor. Ou seja, você não pode amar alguém e invejá-lo ao mesmo tempo. Porque a inveja nos faz tratar os outros de maneiras injustas. Os irmãos de José o venderam como escravo porque tinham ciúmes dele. Eles o invejavam. Os escritores do evangelho nos dizem que foi por inveja que os principais sacerdotes entregaram Jesus para ser crucificado. A inveja é um veneno que consome a pessoa que escolhe abriga-la em sua vida.

Provérbios 14.30 diz:

“O contentamento dá saúde ao corpo; a inveja é como câncer nos ossos.” — Provérbios 14.30, NVT

Então, novamente, o amor não é ciumento.

Segundo, “O amor não se vangloria.”

Se por um lado, o ciúme invejoso deseja o que outra pessoa tem, a presunção vem do desejo de que outros vejam o que você tem. Às vezes, uma pessoa se orgulha exageradamente de si mesma. Se gaba de si mesma. Então, esta pessoa cheia de presunção, age e fala de tal maneira que chama toda a atenção para si mesmo.

Conheço algumas pessoas sentem a necessidade de estar sempre no centro do palco. Eles querem que os outros os percebam, os admirem. Eles procuram o que podem obter dos outros, em vez do que podem dar aos outros. Mas você não pode se gabar de si e amar aos outros ao mesmo tempo, porque quando você se gaba você está preocupado com você, enquanto o amor está preocupado com os outros.

Intimamente relacionado à presunção está a questão do orgulho.

Terceiro, “O amor não é orgulhoso.”

No grego, novamente, isso é um verbo em vez de um adjetivo. Na verdade, a palavra significa inflar. E tal como o presunçoso, o orgulhoso sempre age para dentro, enchendo-se de si próprio, em relação a si mesmo. Inflando e inchando em seus próprios olhos até que essa pessoa se sinta tão superior aos outros que não possa mais amá-los.

O problema disso, é que esse tipo de orgulho gera um espírito crítico e julgador incapaz de ter paciência com os outros e impossibilitado de sentir qualquer desejo para agir com bondade.

Portanto, “o amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso!”

B. O amor não é grosseiro, nem egoísta!

O próximo par de verbos nos diz que o amor não é grosseiro e nem exige que as coisas sejam à sua maneira. Quando Paulo escreve que “o amor não é grosseiro”, ele usa um verbo que significa a mesma coisa que agir de forma vergonhosa ou desonrosa. Ou seja, tem a ver com violar os padrões de comportamento aceitos de tal forma que faça com que os outros se sintam desconfortáveis com você. Ao meu ver, Paulo está falando sobre falta de cortesia. E isso fala sobre uma condição do nosso amor em relação à sociedade.

Você e eu sabemos que somos seres sociais que vivem em comunidade. E como tais, temos certos costumes e expectativas sociais. No entanto, algumas vezes usamos linguagem ofensiva e desrespeitosa com as outras pessoas no transito, na escola, no trabalho, em casa e até na igreja — mas isso, são exemplos de uma grosseria que é incompatível com o amor ágape.

Enquanto preparava esse sermão, eu senti que eu devo passar um tempinho com a minha família — talvez algumas semanas — estudando e meditando apenas esta parte do versículo 5: “O amor não é grosseiro!” Sabe… Depois de quase 20 anos vivendo e convivendo juntos, é fácil ficar rude! É fácil ficar grosseiro! Mas sinto que podemos mudar isso! Devemos e precisamos melhorar nessa questão.

Talvez, encorajados pelo meu exemplo, pudéssemos todos juntos aproveitar a oportunidade em que estamos estudando sobre 1 Co 13 pra conversar com nossos pais, com nossos filhos, com nossos irmãos e nossas irmãs sobre o que é cortesia e como isso é importante para a fundamentação do amar uns aos outros. Então, quem sabe assim, nosso amor comece a passar por uma nova transformação.

Neste sentido, sinto que de vez em quando também precisamos repassar algumas maneiras de falar. Maneiras do tipo: por favor, com licença, obrigado e desculpa! Mas não apenas isso. Sinto que, volta e meia, devemos repassar algumas maneiras de se portar. Maneiras como: pontualidade, consideração pelos outros, boas maneiras na mesa, como escrever comentários na internet e até mesmo, como se portar na igreja.

Talvez, debruçados sobre 1 Co 13, tenhamos estímulos suficientes para, todos nós, repassarmos essas características que a nossa cultura chama isso de cortesia; entretanto, vale lembrar que Paulo as chama de amor. E Paulo diz que o amor não é grosseiro!

Como anda o seu amor? Olhe para a sua lista e faça a sua anotação.

Bem, a próxima palavra fala sobre egoísmo! A versão NVT traduz assim: “O amor… não exige que as coisas sejam à sua maneira!” Em outras palavras, o amor não busca sua própria vantagem!

Paulo escreve em Filipenses 2:3–4

“3. Não sejam egoístas, nem tentem impressionar ninguém. Sejam humildes e considerem os outros mais importantes que vocês. 4. Não pro­curem apenas os próprios interesses, mas preocupem-se também com os interesses alheios.” — Filipenses 2.3–4, NVT

Repare que não devemos negligenciar a nós mesmos, mas também, não devemos buscar nossa própria vantagem em detrimento dos outros. Você já deve ter ouvido esse ditado: “Algumas pessoas amam as pessoas e usam as coisas; outras amam as coisas e usam as pessoas”. Assim, pois, o amor não usa as pessoas para ganhar vantagem. Precisamos ter a mesma atitude de Jesus, que veio “não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos”. (Marcos 10:45)

Portanto, o amor não é grosseiro. Nem exige que as coisas sejam à sua maneira!

C. Não é irritável, nem rancoroso.

Agora chegamos ao último par desta seção do versículo 5. “O amor não é irritável, nem rancoroso.”

“não é irritável” tem a ver com o curto prazo, enquanto que o “não rancoroso” tem mais a ver com o longo prazo. Ser irritável, significa ser facilmente provocado ou ceder à provocação.

Eu sei que ninguém é de ferro! Paulo também sabe! Até o luva de pedreiro sabe: Ele diz:”Graças a Deus, Pai! Descansar que ninguém é de ferro!”

Mas convenhamos que todos nós temos certos botões que, quando pressionados, explodem em reações sem amor. Eu também tenho os meus! Mas algumas pessoas são piores que teclado velho! São cheias de botões que travam. E ai de nós, se apertarmos um desses botões no dia errado! Mas Paulo diz que isso não é amor. Pois, o amor tem a ver com a paciência.

Provérbios 19.11 diz:

“O sensato não perde a calma, mas conquista respeito ao ignorar as ofensas.” — Provérbios 19.11, NVT

Um temperamento ruim revela um espírito sem amor. E esse é o curto prazo, que explode quando alguém pressiona seus botões. Mas existem outras pessoas que lutam mais com o outro lado disso: são as pessoas do lado do longo prazo:

vs 5. parte D: “o amor não é rancoroso”.

A pessoa irritável reage rápido, o que resulta em palavras ofensivas e ações prejudiciais. Mas a pessoa rancorosa mantém um registro de amargura e ressentimento, e por natureza, ela opta por não perdoar. E a diferença entre a irritação e o rancor é que o primeiro queima rápido e o segundo queima lento.

A palavra que Paulo usa aqui significa, literalmente, “contar o mal, como se pudesse creditá-lo na conta de alguém”.

Você já colocou alguém na lista de imperdoáveis no seu coração? Você está esperando uma oportunidade para fazer um acerto de contas? Você tem o hábito de trazer à tona o passado? Então, você não está praticando o amor. Porque o amor não armazena ressentimento e não carrega malícia. Pois, o amor perdoa todas as ofensas e não mantém registros.

É assim que Deus nos ama quando Deus perdoa nossos pecados em Cristo.

Lemos no Salmo 130:3–4

“Senhor, se mantivesses um registro de nossos pecados, quem, ó Senhor, sobreviveria? 4. Tu, porém, ofereces perdão, para que aprendamos a te temer.” — Salmos 130.3–4, NVT

Paulo diz nos versículos finais de 2 Coríntios 5 que “Deus… nos reconciliou consigo mesmo através de Cristo… sem levar em conta os pecados das pessoas contra eles… Deus fez com que aquele que não tinha pecado fosse pecado por nós, para que nele pudéssemos nos tornar a justiça de Deus.”

E o próprio Deus diz em Jeremias 31:34:

“Perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei mais dos seus pecados.” — Jeremias 31.34, NVT

Lembre-se destas palavras:

“O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, 5. nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso.” — 1 Coríntios 13.4–5, NVT

Como está indo a sua lista? Você deve ter alguns pontos fortes e alguns pontos fracos listados até agora. Se você tem apenas pontos fortes listados, ou você é muito amoroso ou não está sendo honesto consigo mesmo.

Se você tem apenas fraquezas listadas, ou você é muito humilde ou não está se dando crédito suficiente.

Tente manter um equilíbrio realista entre suas áreas de força e fraqueza.

III. Amor descrito como uma declaração contrastante. (versículo 6)

Vimos que Paulo descreveu o amor em termos positivos — o que é amor; e em termos negativos — o que o amor não é.

Agora, ele continua descrevendo o amor com uma declaração contrastante no versículo 6:

“Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade” — 1 Coríntios 13.6, NVT

A. Não se alegra com a injustiça.

Quando Paulo diz que o amor não se alegra com a injustiça, ele quer dizer que o amor não tem prazer em qualquer maldade. O amor nunca se alegra quando as pessoas são maltratadas, quando o mal vence, quando Deus é desonrado ou quando a lei de Deus é desobedecida. Em vez de se alegrar com o mal, o amor clama com o salmista no Salmo 119.136:

“Rios de lágrimas brotam de meus olhos, porque as pessoas não cumprem tua lei.” — Salmo 119:136, NVT

O amor não se deleita quando acontece o mal com outra pessoa. O amor nunca se alegra com o infortúnio de outra pessoa, nunca fofoca sobre os problemas de outra pessoa. Pois, o amor não se alegra com a injustiça.

B. O amor se alegra com a verdade.

Esse é o contraste. O amor não se alegra com a injustiça mas, o amor, se alegra quando a verdade vence, e não o mal.

Como cristãos, devemos amar a verdade a todo custo. Devemos falar a verdade com amor. As Escrituras não deixam espaço para um amor cristão diluído que aceita e acredita em qualquer coisa sem levar em conta a verdade bíblica. O amor verdadeiro não se divorcia de escolhas morais difíceis. Devemos amar as pessoas, e devemos amar a verdade a todo custo. Equilibrar verdade e amor nunca é fácil. Muitas vezes envolve confronto, e a maioria de nós não gosta disso. Mas, realmente, às vezes, amar alguém requer confronto amoroso.

Então, o amor não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade.

Onde essa característica do amor se encaixa na sua lista de pontos fortes e fracos?

III. Amor descrito como uma declaração contrastante. (versículo 6)

Paulo descreveu o amor em termos positivos — o que é amor. Ele descreveu o amor em termos negativos — o que o amor não é. Ele também descreveu o amor com uma declaração contrastante. E agora, finalmente, ele nos diz quatro coisas que o amor sempre faz.

Vamos ler o versículo 7:

“O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.” — 1 Coríntios 13.7, NVT

Vamos olhar para cada um deles brevemente.

A. O amor nunca desiste.

Primeiro, o amor nunca desiste. A NVI traduziu como: O amor tudo sofre! Interessante que a palavra que Paulo usa aqui está relacionada à palavra grega para “telhado”. Ou seja, nunca desistir ou tudo sofrer tem a ver como um telhado que fornece proteção e cobertura a outros elementos da casa — enquanto a chuva forte atemoriza… o amor está ali para fornecer uma cobertura protetora!

Isso faz sentido, porque todos nós sabemos que a proteção é um subproduto natural do amor. Sabemos que o bom pastor protege as ovelhas. E o pastor protege a igreja que ama. Um pai naturalmente protege seus filhos — e alguns filhos reclamam que seus pais são super-protetores. Paulo chama isso de amor.

B. O amor nunca perde a fé.

Em segundo lugar, o amor nunca perde a fé. A NVI traduz como: O amor tudo crê! A palavra aqui significa confiar ou acreditar, se comprometer com alguém ou algo. Entretanto, o amor não é estúpido ou ingênuo. Acho que não vi essas palavras em nenhum lugar da lista de Paulo. Ele não tá falando sobre acreditar em uma mentira óbvia ou sobre você depositar cegamente sua confiança em pessoas não confiáveis.

O sentido mais correto aqui, é que o amor escolhe acreditar no melhor das pessoas até que se prove o contrário. E o amor certamente confia em Deus, que é sempre completamente confiável.

C. O amor sempre tem esperança.

Em terceiro lugar, “o amor sempre tem esperança”. Ou como na NVI: “O amor tudo espera.”

Eu fico boquiaberto quando percebo o quanto o amor é descaradamente otimista. Você já se deu conta de que o verdadeiro amor não se concentra nos problemas do passado, mas sempre olha para o futuro com confiança e graça.

C. O amor sempre se mantém firme.

E, agora, finalmente: “o amor se mantem firme!”

Sempre persevera. Tudo suporta! Nunca para de amar. Continua sempre amando mesmo diante da rejeição, mesmo diante da oposição. O verdadeiro amor suporta insultos e ferimentos.

O verdadeiro amor sempre persevera, sempre se mantem firme e tudo suporta pelo simples fato de que é, por natureza, incondicional.

Este sim, é o verdadeiro amor, pois escolhe amar as pessoas apesar de si mesmas. Esse amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme! E Paulo que nós precisamos desse tipo de amor! Porque na falta desse tipo de amor, não somos nada!

CONCLUSÃO:

Em conclusão, gostaria de perguntar como ficou a sua lista? Espero que você tenha mantido um equilíbrio de pontos fortes e fracos em sua lista.

Quero que você reserve um momento e circule as três áreas da sua lista de pontos fortes em que você se sente mais forte. Em seguida, circule as três áreas da sua lista de pontos fracos onde você acha que precisa de mais crescimento.

E o que você faz com a sua lista agora? Louve a Deus por suas forças e peça a Ele para ajudá-lo com suas fraquezas. É simples assim. As qualidades que Paulo descreveu aqui são realmente fruto do Espírito Santo em sua vida. Somente quando você se render a Deus e ao seu Santo Espírito pedindo que ele te mude é que ele te transformará em uma pessoa mais amorosa.

Se você quiser tentar, que tal ler os versículos 4–7 substituindo a palavra amor pelo seu próprio nome? Se fizer isso, encontrará uma boa maneira para examinar o caráter do seu amor.

Quer tentar? Experimente!

“Diego (troque Diego pelo seu nome) é paciente e bondoso. Diego não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, 5. nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. 6. Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. 7. Diego nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.” — 1 Coríntios 13.4–7, NVT

Se você é como eu, não vai muito longe antes de ficar desanimado e dizer: “Puxa, que legal! Quem dera esse fosse eu!”

Então, talvez a melhor sugestão é pegarmos o nome de Jesus e conectá-lo onde quer que vejamos a palavra amor.

Vamos tentar juntos?

“Jesus é paciente e bondoso. Jesus não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, 5. nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. 6. Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. 7. Jesus nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.” — 1 Coríntios 13.4–7, NVT

Minha gente, Jesus é o único que realmente cumpre essa preciosa imagem de amor. Ele é o prisma que divide o amor em suas várias camadas constituintes para que possamos vê-lo com mais clareza. Ele é o arco-íris perfeito do amor.

Em vez de desanimar com suas próprias deficiências, lance-se sobre Cristo, que é o amor perfeito. Medite nisso! E deixe que Deus faça sua obra em sua vida, transformando você cada vez mais à semelhança de Cristo pelo poder do seu Espírito.

Esse é o segredo para ter um caráter aperfeiçoado no amor.

Deus te abençoe!

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