1 Coríntios 7:17-40 – Estudo Bíblico Indutivo
Neste estudo bíblico indutivo sobre 1 Coríntios 7:17-40, exploramos as instruções de Paulo sobre contentamento em nossa situação atual, os conselhos sobre permanecer solteiro, e a autoridade do pai sobre o casamento da filha. Paulo oferece sugestões inspiradas, ressaltando que embora o casamento não seja pecado, há vantagens significativas em permanecer solteiro, especialmente em tempos de angústia. O estudo também aborda como aplicar esses princípios em nossas vidas, com foco na obediência a Deus em qualquer circunstância.
Esboço:
- Contente-se com a sua situação atual (17-24)
- Contentem-se em viver como Deus chamou cada um de vocês (17)
- Exemplo específico de circuncisão (18-20)
- Exemplo específico de escravidão (21-24)
- Conselhos para permanecer solteiro (25-35)
- É uma “sugestão” e não um “comando” (25)
- Deve-se permanecer solteiro por causa da “angústia atual” (26)
- Melhor permanecer em sua condição atual (27)
- O casamento não é pecado (28)
- A atitude que devemos ter, casados ou não (29-31)
- As vantagens do celibato (32-34)
- Esta sugestão é para o nosso bem. (35)
- Autoridade do pai sobre o casamento da filha (36-38)
- Um pai tem autoridade sobre o casamento de sua filha e é sugerido, se ela estiver disposta, a não dá-la em casamento (36-38)
- Liberdade para permanecer solteiro (39-40)
- Se não estiver vinculado, uma pessoa é livre, mas aconselhada a permanecer solteira (40)
Questões para discussão:
- Quais são os pontos principais desta seção das Escrituras?
- É um comando? Uma sugestão?
- Como você deve tratar o que lê aqui? (Entenda que não é um mandamento, mas leve-o totalmente em consideração como “conselho inspirado” e algo que é muito benéfico para você e seu ministério para Deus, se você puder aceitá-lo e tiver o dom.)
- Qual é o ponto dos versículos 18 ao 24?
- Isso significa que se você acredita em Jesus, não pode ser circuncidado depois disso? Não pode mudar de emprego ou qualquer outra coisa?
- Se não, o que isso significa?
- Os versículos 21 a 23 estão endossando a escravidão?
Discussão adicional:
- O versículo 25 em diante é inspirado?
- O que é a “angústia presente” no versículo 26?
- Isso se aplica a nós agora?
- O que ele quer dizer com os casados “terão problemas nesta vida”?
- O versículo 29 apoia o divórcio para os crentes?
- O que significa que uma pessoa casada deve ser como se não fosse?
- Explique o versículo 30.
- Explique o versículo 31.
- Qual é a principal razão para permanecer solteiro? (32-34)
- Quem é o “homem” no versículo 36 e seguintes?
- Quem tem autoridade sobre a filha, se casar ou não?
- Isso é apenas um princípio arcaico?
- Qual é o propósito desse princípio?
- Que aplicações isso tem para nós?
- Explique “não tendo necessidade, mas com poder sobre a sua própria vontade” no versículo 37.
Referências cruzadas:
- Filipenses 4:10-13 – Princípio do Contentamento
- Atos 15:1-11 – Debate sobre a circuncisão
- Colossenses 3:11-12,15 – No corpo de Cristo não há nem circuncidados, nem judeus, nem gregos, nem escravos, nem livres.
- 1 Timóteo 6:1-3 – Sobre a escravidão e como responder.
- Colossenses 3:22-25 – Sobre a escravidão e como responder.
- 1 Pedro 2:18-24 – Sobre a escravidão e como responder.
- 1 Pedro 1:18-19 – Você foi comprado por Cristo.
- 1 Coríntios 7:10 (contraste com 25) – Para a virgem não é um mandamento para ficar solteira, mas para o casado é um mandamento para não se separar.
- Mateus 24:19, Lucas 21:23 – Quão terrível será para as mães grávidas e lactantes.
- Lucas 6:21-22 (30) – Bem-aventurados os que têm fome e choram.
- Lucas 8:14, 10:40-42 – Sobre estar distraído de servir/seguir a Deus.
Comentário versículo por versículo:
vs. 17-24
Devemos estar contentes com a situação em que Deus nos chamou. Alguns dos coríntios queriam se divorciar depois de serem salvos, o que discutimos anteriormente como algo incorreto. Outros sentiam a necessidade de serem circuncidados ou até mesmo de reverter a circuncisão. Isso mostra a confusão entre gentios e judeus quanto às expectativas culturais e religiosas. Nenhuma dessas mudanças era necessária.
Os escravos também questionavam a legitimidade da escravidão para os cristãos. Paulo não discute o certo ou errado da escravidão, mas orienta os crentes a buscarem a liberdade legal, se possível, e a servirem a Deus de coração na situação em que se encontram. Esses versículos não significam que nunca podemos mudar culturalmente, socialmente ou economicamente, mas que devemos nos contentar em seguir a orientação de Deus, independentemente de nossa posição na vida.
O ponto chave está no versículo 19: o que importa é guardar os mandamentos de Deus. Não é sobre onde vivemos, quais costumes seguimos ou nossa posição social; é sobre nossa obediência a Deus. Algumas pessoas vivem insatisfeitas, sempre esperando que uma mudança externa as leve a servir a Deus melhor. Isso é ilusório. Se não servimos a Deus em nossa situação atual, é improvável que o façamos em outra.
vs. 25-31
Embora tudo seja inspirado, os conselhos aqui não são comandos, mas sugestões divinas. Muitos ignoram este trecho, afirmando que casar-se não é pecado. Embora isso seja verdade, Paulo argumenta que permanecer solteiro, em certos contextos, pode ser mais vantajoso. A “angústia presente” no versículo 26 provavelmente se refere a perseguições ou problemas específicos daquela época, o que tornava o casamento mais difícil. Em tempos de tribulação, o casamento pode adicionar um fardo, especialmente quando a responsabilidade de um cônjuge e filhos entra em jogo.
Os versículos 27-28 afirmam que o casamento não é pecado, mas questionam se é o mais benéfico. O versículo 29 lembra-nos da brevidade da vida e da urgência de servir a Deus. O casamento não deve ser um impedimento para isso.
Nos versículos 30-31, Paulo aconselha a não se deixar consumir pelas preocupações da vida, sejam elas tristeza, alegria ou negócios. Nossa prioridade deve ser sempre Deus.
vs. 32-35
Paulo explica que o celibato permite uma dedicação mais sincera ao Senhor, sem as preocupações de um casamento. Isso não significa que as preocupações matrimoniais sejam erradas, mas que a vida de solteiro pode facilitar um foco total no serviço a Deus.
vs. 36-38
Esses versículos tratam da autoridade do pai sobre o casamento de sua filha. A “ação imprópria” refere-se a impedir que a filha se case se ela desejar. Um pai tem o direito de proteger os interesses da filha, garantindo que o pretendente seja adequado. No entanto, deve considerar os desejos dela. Embora seja bom dar a filha em casamento, Paulo sugere que é ainda melhor se ela permanecer solteira, pois pode servir ao Senhor com mais sinceridade.
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