Durante a Idade Média, o estudo bíblico foi completamente subordinado ao dogma eclesiástico. A teologia da Bíblia era utilizada apenas para reforçar os ensinamentos dogmáticos da Igreja. Esses ensinamentos eram considerados fundamentados tanto na Bíblia quanto na tradição da Igreja.
Nesse período, não apenas a Bíblia, vista sob uma perspectiva histórica, mas a Bíblia como interpretada pela tradição da Igreja foi considerada como a fonte da teologia dogmática. Isso significa que a interpretação da Bíblia era filtrada e moldada pelos ensinamentos e tradições estabelecidas pela Igreja, e não era primariamente buscada através de uma análise histórica ou contextual independente.
Em contraste com a ênfase dos reformadores posteriores na sola scriptura (somente a Escritura) como a única fonte de autoridade teológica [10, e nossa conversa], a Idade Média via a Bíblia em conjunto com a tradição da Igreja como as bases da doutrina. Consequentemente, o estudo bíblico servia principalmente para sustentar e validar os dogmas já existentes da Igreja, em vez de ser uma investigação livre e independente do significado dos textos bíblicos em seus próprios termos históricos e literários. A fonte deixa claro que a Bíblia era usada para reforçar os ensinamentos dogmáticos, indicando uma função secundária e de suporte em relação ao dogma estabelecido.
