A História do Presbiterianismo
A história da Igreja Presbiteriana remonta a João Calvino, um reformador francês do século XVI, e a John Knox (1514-1572), líder da reforma protestante na Escócia. Através do esforço incansável de Knox, a Escócia se tornou o país mais calvinista do mundo e o berço do presbiterianismo moderno.
Nos Estados Unidos, a Igreja Presbiteriana tem suas origens principalmente nos presbiterianos da Escócia e da Irlanda, com influências dos huguenotes franceses e dos emigrantes reformados holandeses e alemães. Os cristãos presbiterianos não estão unidos em uma única grande denominação, mas sim em uma associação de igrejas independentes.
História da Igreja Presbiteriana
Também conhecida como: Igreja Presbiteriana (EUA), Igreja Presbiteriana na América, Igreja Presbiteriana na Escócia, Igreja Presbiteriana Unida, entre outras denominações. A Igreja Presbiteriana é parte da tradição protestante reformada, conhecida pelo seu sistema de governo presbiteriano, que é composto por assembleias representativas de anciãos, chamadas presbitérios. Os fundadores da Igreja Presbiteriana foram João Calvino e John Knox. A origem do presbiterianismo remonta a João Calvino, um teólogo e ministro francês do século XVI, que liderou a Reforma Protestante em Genebra, na Suíça, a partir de 1536.
João Calvino: Gigante da Reforma
João Calvino, inicialmente treinado para o sacerdócio católico, mais tarde se converteu ao Movimento da Reforma, tornando-se um teólogo e ministro que revolucionou a igreja cristã na Europa, América e, finalmente, no restante do mundo.
Calvino dedicou um grande esforço para questões práticas, como o ministério, a igreja, a educação religiosa e a vida cristã. Ele foi mais ou menos coagido a liderar a Reforma em Genebra, na Suíça. Em 1541, o conselho da cidade de Genebra promulgou as Ordenações Eclesiásticas de Calvino, que estabeleceram regulamentos sobre questões relacionadas à ordem da igreja, treinamento religioso e até mesmo juramentos. Medidas disciplinares rigorosas da igreja foram implantadas para lidar com aqueles que violaram essas ordenações.
A teologia de Calvino era muito semelhante à de Martinho Lutero. Ele concordou com Lutero nas doutrinas do pecado original, justificação somente pela fé, sacerdócio de todos os crentes e a única autoridade das Escrituras. Ele se distinguiu teologicamente de Lutero principalmente com as doutrinas da predestinação e segurança eterna.
O conceito presbiteriano de presbíteros (ou anciãos) da igreja é baseado na identificação de Calvino do cargo de presbítero como um dos quatro ministérios da igreja, juntamente com pastores, professores e diáconos. Os presbíteros participam na pregação, no ensino e na administração dos sacramentos.
Assim como em Genebra no século XVI, a governança e disciplina da igreja hoje incluem elementos das Ordenações Eclesiásticas de Calvino, mas estas não têm mais poder além da vontade dos membros de serem por elas regidos.
A Influência de John Knox no Presbiterianismo
John Knox tem um papel de destaque na história do presbiterianismo, sendo o segundo mais importante, logo depois de João Calvino. Knox viveu na Escócia em meados do século XVI e liderou a Reforma no país, seguindo os princípios calvinistas. Ele protestou contra Mary, Rainha dos Escoceses, e contra as práticas católicas. Suas ideias estabeleceram o tom moral para a Igreja da Escócia e também moldaram sua forma democrática de governo.
A forma presbiteriana de governo da igreja e a teologia reformada foram formalmente adotadas como a Igreja oficial da Escócia em 1690. A Igreja da Escócia continua sendo presbiteriana até os dias atuais.
O Presbiterianismo na América
Desde o período colonial, o presbiterianismo tem uma presença forte nos Estados Unidos da América. As igrejas reformadas foram estabelecidas inicialmente no início dos anos 1600, com os presbiterianos moldando a vida religiosa e política da nação recém-formada. O único ministro cristão a assinar a Declaração de Independência foi o Reverendo John Witherspoon, um presbiteriano.
De muitas maneiras, os Estados Unidos foram fundados sob uma perspectiva calvinista, com ênfase no trabalho árduo, disciplina, salvação das almas e na construção de um mundo melhor. Os presbiterianos tiveram um papel crucial nos movimentos pelos direitos das mulheres, abolição da escravidão e temperança.
A Igreja Presbiteriana atual (EUA) tem suas raízes na formação da Assembleia Geral Presbiteriana em 1788. Desde então, tem-se mantido como o principal corpo judicativo da igreja.
Durante a Guerra Civil, os presbiterianos americanos se dividiram em ramos do sul e do norte. Essas duas igrejas se reuniram em junho de 1983 para formar a Igreja Presbiteriana (EUA), a maior denominação presbiteriana/reformada nos Estados Unidos.
O Presbiterianismo no Brasil
A Igreja Presbiteriana no Brasil tem suas raízes no século XIX, especificamente no ano de 1859, quando o missionário Ashbel Green Simonton, enviado pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, chegou ao Rio de Janeiro. Simonton trabalhou incansavelmente para estabelecer a igreja, realizando o primeiro culto presbiteriano no Brasil em 1863 e organizando a primeira igreja presbiteriana brasileira em 1865.
A expansão da igreja foi auxiliada por outros missionários norte-americanos e pelo estabelecimento de instituições educacionais, que não apenas serviram como centros de formação teológica, mas também ajudaram a disseminar os princípios e doutrinas presbiterianas entre uma população mais ampla.
No século XX, a Igreja Presbiteriana do Brasil tornou-se autônoma da igreja mãe norte-americana e continua a crescer e a evoluir. Hoje, a igreja é uma das maiores denominações protestantes no Brasil e tem um impacto significativo na vida religiosa e social do país.
Fontes
- O Dicionário Oxford da Igreja Cristã
- Site dos Movimentos Religiosos da Universidade da Virgínia
- Igrejas Presbiterianas. Enciclopédia de Literatura Bíblica, Teológica e Eclesiástica (Vol. 8, p. 533).
- Dicionário do Cristianismo na América.