O Significado Do Casamento
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Guia de Estudo: O Significado do Casamento. Tim & Kathy Keller

Quero compartilhar com vocês um Guia de Estudo que preparei e apliquei aos jovens de nossa Igreja DaeHan durante os meses de agosto de 2022 à março de 2023 sobre o livro “O Significado do Casamento”, escrito por Tim & Kathy Keller, uma excelente obra em ensinamentos e reflexões sobre essa importante instituição.

Durante esse período, fiz muitas anotações detalhadas e formulei várias perguntas reflexivas baseadas no livro. Agora, estou animado para compartilhar isso com todos vocês.

O objetivo do Guia de Estudo deste livro é maximizar o aprendizado e a compreensão, com o objetivo de construir relacionamentos afetivos saudáveis e significativos, baseados nos princípios e valores cristãos. Afinal, o casamento é um compromisso que requer cuidado, respeito e muito amor.

Espero que essas simples anotações sejam enriquecedoras para cada um de vocês e que possam ser uma fonte de inspiração para viver o casamento com sabedoria e plenitude.

Saliento que o meu guia de estudo não substitui a leitura completo da obra. Para adquiri-la, clique aqui.

Então, vamos começar esse aprendizado juntos e descobrir o que Deus tem a nos ensinar sobre o casamento. Vamos lá!


O Segredo do Casamento

Neste primeiro capítulo, intitulado “O Segredo do Casamento”, somos apresentados a algumas questões importantes sobre o casamento e suas transformações ao longo do tempo.

Baseado na leitura, elaborei 10 perguntas e as respondi para fomentar a discussão entre os participantes deste estudo:

Como você definiria o casamento?

O casamento pode ser definido como uma instituição sagrada e abençoada por Deus, onde um homem e uma mulher se unem em amor e compromisso para formar uma parceria de vida, compartilhando experiências, alegrias e desafios.

“… assim como o processo de conhecer a Deus, conhecer e amar o cônjuge é algo difícil e penoso, porém gratificante e maravilhoso…” Você concorda com essa afirmação do Tim Keller? Explique!

Sim. Conhecer e amar o cônjuge, assim como Deus, são experiências desafiadoras, mas muito compensadoras. Ambas precisam de dedicação, comprometimento e aprendizado contínuo. No casamento, aprendemos sobre o outro, superamos diferenças e criamos um “nós”. Na relação com Deus, lidamos com o infinito e o mistério, interpretamos textos sagrados e fortalecemos nossa crença. Em ambos, o esforço é recompensado com paz, pertença, realização e a vivência de um amor que vai além do comum.

O que você pensa sobre as estatísticas sobre o casamento fornecidas nas páginas 26-32?

As estatísticas apresentadas por Keller são preocupantes e indicam mudanças significativas na instituição do casamento. O aumento das taxas de divórcio e o declínio nos casamentos podem ser reflexos de uma sociedade que prioriza o individualismo e a busca por satisfação pessoal em detrimento do compromisso matrimonial.

Como o iluminismo mudou a visão do casamento? (p. 35)

O iluminismo trouxe uma perspectiva secularizada e individualista para o casamento. Antes, o casamento era visto como uma instituição para o bem comum da sociedade, mas com o advento do iluminismo, ele passou a ser considerado um arranjo privado destinado à satisfação pessoal dos indivíduos.

Você acredita que essa visão de casamento tem impactado nossa cultura de alguma forma?

Sim, essa visão de casamento tem impactado profundamente nossa cultura. A ideia de que o casamento é principalmente sobre a busca da felicidade pessoal pode levar a um enfraquecimento dos laços conjugais e familiares, além de enfatizar a busca por interesses individuais em detrimento do bem-estar do casal e dos filhos.

Na sua opinião, quais são os 3 sintomas mais comuns de um casamento voltado para o “eu” / “mim”?

Os sintomas mais comuns de um casamento voltado para o “eu” / “mim” são:

a) Crítica destrutiva / ofensa: quando os cônjuges atacam pessoalmente um ao outro em vez de abordar os problemas com amor e respeito.

b) Desprezo: quando um dos cônjuges ignora, envergonha ou controla o outro, demonstrando falta de respeito e consideração.

c) Falta de diálogo: quando os cônjuges se recusam a dialogar ou resolver os problemas, criando uma lacuna na comunicação e na compreensão mútua.

Quais são algumas das boas qualidades do casamento? (Use um exemplo da sua própria vida, do seu casamento, ou do casamento de seus pais)

Uma das boas qualidades do casamento é o apoio mútuo em momentos difíceis. Por exemplo, quando eu enfrentei uma situação desafiadora em minha vida, meu cônjuge esteve presente ao meu lado, oferecendo amor, encorajamento e suporte emocional. Esse apoio mútuo fortaleceu ainda mais nosso vínculo e compromisso um com o outro.

Você acha que é necessário que alguém abra mão de seus interesses pessoais ou hobbies por causa de seu casamento ou família? (p. 41)

O casamento envolve equilíbrio e compromisso. Embora seja importante manter interesses individuais, também é essencial estar disposto a ceder em certas situações para fortalecer o relacionamento conjugal e familiar. Abrir mão de interesses pessoais ocasionalmente em prol do bem-estar do casal e da família pode ser benéfico e demonstrar amor e dedicação mútuos.

Timothy Keller conclui que uma alma gêmea, alguém “perfeitamente compatível” não existe. Como você se sente com essa afirmação? (p. 48)

Concordo com a afirmação de Timothy Keller. A ideia de uma alma gêmea perfeitamente compatível é romântica, mas irrealista. No casamento, encontramos um parceiro com quem compartilhamos afinidades, mas também diferenças. A verdadeira compatibilidade é construída ao longo do tempo, através do compromisso, respeito e amor mútuo.

Do que você precisa, então, para fazer o casamento dar certo? (p. 60)

Para fazer o casamento dar certo, é necessário:

  • Comprometimento mútuo e incondicional.
  • Comunicação aberta e honesta.
  • Respeito e valorização do cônjuge como pessoa única e valiosa.
  • Disposição para perdoar e buscar a reconciliação.
  • Colocar os interesses do casamento e do cônjuge acima dos interesses pessoais.

Memorização

Memorize esta frase!

“Esta é a mensagem do evangelho: somos mais pecadores e falhos do que jamais ousamos imaginar e, no entanto, também somos mais amados e aceitos em Jesus Cristo do que jamais ousamos almejar.”

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Outras perguntas para reflexão

  1. Sou capaz de pensar antes nos interesses do meu casamento e do meu cônjuge antes de meus próprios interesses?
  2. Quão profundo é o meu comprometimento com meu cônjuge, além de qualquer outro interesse?
  3. Meu cônjuge é meu melhor amigo?
  4. Respeito sua dignidade como pessoa importante e valiosa?
  5. Brigamos sobre dinheiro? Como podemos superar as questões financeiras e trabalhar juntos para fortalecer nosso casamento?
  6. Existe um elo espiritualmente santificador entre nós? Como podemos crescer espiritualmente juntos como casal?

Considerações parciais

O casamento é um empreendimento emocionante e desafiador, mas com o compromisso e o amor mútuo, podemos enfrentar os desafios e desfrutar das alegrias que essa parceria nos proporciona. Ao priorizar o bem-estar do casamento e do cônjuge, em vez de buscar apenas a satisfação pessoal, podemos construir uma base sólida para um relacionamento duradouro e significativo. Que possamos aprender com a sabedoria compartilhada por Tim e Kathy Keller e buscar fortalecer nossos casamentos diariamente.


O Poder do Casamento

O capítulo 2 é precedido por Efésios 5:21 que diz: “Sujeitando uns aos outros no temor de Cristo”. Por meio da explicação desse texto, Keller apresenta a tese de Paulo de que todas as pessoas precisam ser preenchidas pelo Espírito Santo, pois, somente ao aprender a servir os outros pelo poder do Espírito Santo é que você terá poder para encarar os desafios do casamento (p.64). Portanto, “todos os cônjuges precisam da obra do Espírito Santo em suas vidas”. Por quê? Porque é somente através da obra do Espírito que podemos lutar contra o principal inimigo do casamento: o egocentrismo!

Para o autor, o egocentrismo está presente na concepção moderna do casamento – em que a união de duas pessoas podem ser tão livres quanto solteiras – no entanto, manter uma união conjugal nesse novo formato de casamento, diz ele, é simplesmente impraticável!

Quando você decide sobre uma carreira – seja uma carreira na medicina, no direito ou nas artes – o que todo mundo pede para você fazer, para que você tenha sucesso, é se render (ou seja, se jogar de cabeça nos estudos). Da mesma forma que você não se torna um escritor sem fazer alguns sacrifícios e dedicar seu tempo livre à escrita, não é? Bem, então, por que no casamento deveria ser diferente?

“Quer sejamos marido ou mulher”, escreve Keller, “não devemos viver para nós mesmos, mas para o outro. Esse é o propósito mais difícil e, no entanto, mais importante de cada um dos cônjuges.” (p. 67)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

O autor também diz que em uma união – em qualquer tipo de união – você tem três possibilidades (e apenas três possibilidades):

primeira, “você pode se oferecer para servir ao outro com alegria”; segunda, “pode fazer essa mesma oferta com frieza ou ressentimento”; ou terceira, “pode insistir de modo egoísta em fazer sua própria vontade.” (p.69)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Apenas uma dessas escolhas, porém, pode te levar à felicidade e à realização no casamento, e não precisamos dizer qual.

Assim, respaldado pela tese de Paulo, para o pensamento de Keller, o casamento só pode prosperar quando cada um dos cônjuges tenta dar 100% de si ao outro. Desse modo, ele convida os casais a submeterem-se um ao outro – colocando as necessidades do outro à frente das suas. E isso é um grande desafio, pois possuímos um longo histórico de maus-tratos que incluí abusos verbais de pais e ex-namorados/as, etc, que por sua vez, nos enchem de dúvidas, insegurança, culpa, ressentimento e desilusão. E estas feridas que experimentamos na vida nos empurram para o egocentrismo. (p. 76-77)

Entretanto, o autor afirma que a abordagem cristã defende que

por mais gravemente ferida que uma pessoa esteja, o egocentrismo resultante em seu coração não é resultado de abuso, mas foi ampliado e moldado por ele. Os maus tratos que essas pessoas sofreram jogaram lenha na fogueira e agora elas estão sendo sufocadas pelas chamas e fumaças, mas seu egocentrismo já existia antes de serem maltratadas”. (p. 79)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Ademais, a ideia de colocar seu cônjuge em primeiro lugar é fácil de entender, mas difícil de viver. Não importa o quanto você tente, você não vai conseguir fazer isso perfeitamente. Na verdade, ninguém consegue. Mesmo nos casamentos mais fortes, isso não acontece em 100 por cento do tempo. Mas o esforço em si – a vontade de identificar seu próprio egocentrismo e a determinação de minimizar sua influência no relacionamento central de sua vida – irá radicalmente melhorar a qualidade do seu casamento. (p.81)

Neste sentido, para o processo de cura basta que um dos cônjuges passe a tirar o foco de si mesmo e entender que, em Cristo, suas necessidades serão supridas, e de fato, estão sendo supridas de modo que você não precisa esperar que seu cônjuge seja seu salvador. (p. 82)

Keller afirma que

“as pessoas com um profundo entendimento do evangelho são capazes de olhar para si mesmas e reconhecer que seu egoísmo é o problema, e elas decidem que vão trabalhar para mudar isso” p.83

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Ele continua dizendo:

“Quem para de se concentrar no quanto é infeliz descobre que a sua felicidade está aumentando. É preciso perder a si mesmo para encontrar a si mesmo!” — Timothy Keller

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

A partir desta compreensão, o autor nos encoraja a responder as seguintes perguntas colocadas na p. 84 – “O que motiva e impele você mais do que qualquer outra coisa? O desejo de sucesso? A busca por algum tipo de realização? A necessidade de ser respeitado por seus iguais? Você é motivado em grande parte pela raiva que sente de uma ou mais pessoas que a prejudicaram?”

Logo em seguida, ele aponta que

Paulo diz que, se qualquer uma dessas coisas exerce influência mais forte sobre sua vida que o amor de Deus, então você não é capaz de servir a outros de modo abnegado. Somente o temor do Senhor Jesus nos liberta para servirmos uns aos outros. (p.84)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Perceba que, antes de falar do casamento, Paulo insta seus leitores a se sujeitarem uns aos outros “no temor de Cristo”?

Ele nos confronta ao dizer:

“entramos no casamento motivados por medos, desejos e necessidades dos mais diversos tipos. Se eu tiver a expectativa de que meu casamento preencha a o vazio espiritual do tamanho de Deus em meu coração, não serei capaz de servir a meu cônjuge”. Somente Deus pode preencher esse espaço que é do tamanho dele. Enquanto Deus não ocupar o devido lugar em minha vida, estarei sempre me queixando de que meu cônjuge não me ama, não me respeita e não me apoia como deveria (p.88).

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

A pergunta, portanto, é: Como ser verdadeiramente cheios do Espírito (temer ao Senhor)?

A resposta pode ser encontrada em 2 Coríntios 5.15 que diz: “Ele (Jesus) morreu por todos, para que os que recebem sua nova vida não vivam mais para si mesmos, mas para Cristo, que morreu e ressuscitou por eles.”

Vivendo assim, Keller elucida o pensamento:

O que aconteceria (…) se nos aprofundássemos ainda mais nos ensinamentos, na vida e obra de Jesus? E se mergulhássemos em suas promessas e chamados, em seus desígnios e estímulos de tal modo que estes dominassem nossa vida interior, cativando nossa imaginação, e simplesmente brotassem de nós de forma espontânea quando enfrentarmos algum desafio? Como viveríamos se, de forma instintiva e quase inconsciente, conhecêssemos a mente e o coração de Jesus quanto às coisas que cruzam nosso caminho? Quando você recebesse uma critica, jamais ficaria arrasado, pois o amor e a aceitação de Jesus estariam no mais profundo de seu ser. Quando fizessem uma crítica, seria bondoso e paciente, pois todo o seu mundo interior estaria saturado pela sensação da paciência e da bondade de Jesus para com você. (p.91)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Perguntas para Reflexão

  1. Ao ler o 2º capítulo, o que mais se destacou?
  2. Keller encerra a primeira seção deste capítulo com esta observação: “Se eu tiver a expectativa de que meu casamento preencha o vazio espiritual do tamanho de Deus em meu coração, não serei capaz de servir a meu cônjuge”. Até que ponto você vê o cônjuge como sua fonte de alegria? Em que áreas do seu foco precisa mudar?
  3. Leia Filipenses 2:3–4. Qual é o desafio de priorizar o cônjuge em relação a felicidade dele/a, à frente da sua, em resposta ao que Jesus fez por você? O que isso exigiria de você?
  4. Reconheça o que Jesus fez por você. Leia 2 Coríntios 5:15 para se lembrar.

Perguntas específicas para aqueles que são casados

  1. De que maneira você viu seu cônjuge colocar sua felicidade à frente da dele?
  2. Fale sobre um momento em que você encontrou a felicidade priorizando a felicidade de seu cônjuge acima da sua prioridade.
  3. O que posso fazer esta semana para priorizar a felicidade do meu cônjuge
  4. Pense em como seu cônjuge respondeu à pergunta: “O que posso fazer essa semana para priorizar sua felicidade?”
  5. Anote o que você sente (bom ou ruim) quando pensa em seguir o que seu cônjuge comunicou.
  6. Antes da próxima reunião de grupo, responda a estas perguntas com seu cônjuge: Quão difícil foi priorizar a felicidade um do outro? Que emoções provocou? Como você se sentiu quando seu cônjuge priorizou sua felicidade?

MEMORIZAÇÃO

Escreva a seguinte passagem e coloque-a em um lugar onde você a veja e leia diariamente. Faça o seu melhor para memorizá-lo ao longo da semana.

“Na Bíblia, temer significa ser sobrepujado, dominado por algo. Temer ao Senhor é ser tomado de espanto diante da grandeza de Deus e de seu amor!” (O significado do casamento, p.84) — Timothy Keller

Considerações Parciais

Lendo este livro e meditando na palavra sagrada de Deus, mais especificamente na carta de Paulo aos Efésios, capítulo 5, te encorajo a refletir se o casamento deve ser um idealismo egoísta ou se deve ser um amor abnegado? E qual destes caminhos você pretende seguir?

Que você possa seguir a escolha de amar o cônjuge, tal como Cristo amou a Igreja. Lembre-se de que, se existe um segredo, o segredo é: Cristo se revelou a nós, amando cada um de nós, tal como nós somos: imperfeitos e falhos!

Que Deus abençoe seu casamento!

E se você está solteiro/a Que Deus abençoe sua vida, te fortaleça e te ajude a amar e ser amado/a.

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A Essência do Casamento

No terceiro capítulo de “O Significado do Casamento” (que abre com Efésios 5.31), Tim Keller coloca seus leitores “no coração do que é o próprio casamento — ou seja, o amor”. A pergunta que ele responde aqui é uma das mais antigas da humanidade: “o que é, em nome de Deus, o amor, na verdade”?

Quando você se apaixona pela primeira vez – nos lembra Keller – você acha que ama a pessoa, mas na verdade ainda não ama. Isso porque você não pode conhecer totalmente a outra pessoa de forma imediata. Isso leva anos. O máximo que você consegue fazer é amar uma ideia de quem é a pessoa— ela é bonita, atraente, inteligente, rica etc — E amar a ideia de quem a pessoa é acontece sempre no início da relação, e costuma ser unidimensional e muito pouco preciso. Entretanto, o verdadeiro amor vem depois disso, depois de quando você realmente conhece a pessoa por quem você se apaixonou.

Então, para Keller o amor quase nunca é o que acontece no início: mas o amor, se torna a força que dá validade às promessas para o futuro. Ele escreve:

Ser amado, mas não ser conhecido, é reconfortante, porém superficial. Ser conhecido e não ser amado é o nosso maior medo. Mas ser totalmente conhecido e verdadeiramente amado é muito parecido com ser amado por Deus.

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

E é disso que mais precisamos na vida! Por quê? Porque nos liberta da falsa pretensão e da falsa expectativa, além de nos humilhar com relação à nossa justiça própria (e, segundo a Bíblia, a nossa justiça própria é mais suja do que um trapo de imundície, mais suja do que um pano podre em uma ferida necrosada).

Então, a primeira pergunta que surge é: por que precisamos ser completamente conhecidos e completamente amados no casamento? Porque isso é muito parecido com ser amado por Deus e amar como Deus ama. Portanto, essa é a força que nos fortalecerá para enfrentar qualquer dificuldade que a vida possa lançar em nosso presente ou futuro casamento.

Agora, para que isso possa acontecer, vale lembrar que o amor verdadeiro não é apenas horizontal – o amor verdadeiro é também vertical. Quando uma aliança é feita diante de Deus, Deus também faz parte do casamento. E quando Ele está lá, toda promessa quebrada é paga duplamente. Porque você comete infidelidade contra o cônjuge e contra Deus.

Nesse sentido, uma das principais questões levantadas no capítulo 3 é a diferença entre ver o casamento como uma aliança/compromisso e vê-lo como uma relação contratual de consumo.

A diferença gritante entre essas duas situações é que o casamento baseado na aliança coloca o bem comum do casal em primazia ou em precedência sobre as necessidades individuais de cada um dos cônjuges. Por outro lado, o casamento que é dirigido nos moldes de uma relação de consumo coloca os desejos e as necessidades individuais dos cônjuges em primazia sobre o bem comum do relacionamento.

Para aprofundar a ideia, leia algumas páginas do livro, começando pela primeira parte do primeiro parágrafo da página 96 que diz: “Quando a Bíblia fala de amor …” (leia em seu livro – versão impressa)

Nesta parte, Tim Keller comenta que as pessoas muitas vezes questionam o valor do casamento quando dizem: “Eu não preciso de um pedaço de papel (de um contrato) para amar você”.

Agora, vamos continuar lendo a segunda parte do primeiro parágrafo da página 96: “Em muitos casos, quando um diz para o outro …” (leia em seu livro – versão impressa)

A ideia por trás desses conceitos é que a cultura moderna defende que o amor é um sentimento. A cultura do mundo diz que o casamento é uma oportunidade de buscar continuamente esse sentimento por meio do sexo e da intimidade — para encontrar satisfação por meio de outra pessoa. O problema dessa afirmação é que nossos sentimentos tendem a aumentar e diminuir, a ter altos e baixos. Agora, imagine quão complexa se torna essa variação dentro do casamento!

Vocês acham que, se a intensidade e a eletricidade dos nossos desejos selvagens por nossos cônjuges diminuírem, isso significa que estamos perdendo o amor por eles? Afinal, pode ocorrer de chegar o dia em que seu cônjuge fique doente, desempregado/a, desarrumado/a, descabelado/a, barrigudo/a, flácido/a, chato/a, ansioso/a, birrento/a, depressivo/a… Se isso acontecer, o que você fará?

A mentalidade cultural acredita que o amor, e principalmente o amor apaixonado, será diminuído e talvez até extinto por qualquer pensamento de obrigação ou compromisso com os cônjuges que sofrem de quaisquer dessas características citadas anteriormente (84-85).

Vamos continuar lendo o último parágrafo da página 97 que começa assim: “Um dos motivos pelos quais…” (leia em seu livro – versão impressa)

Olha só que pensamento radical nós podemos colocar aqui: E se a cultura estiver errada sobre o amor? E se o amor for uma ação muito mais robusta, volúvel, grandiosa e resoluta do que meros desejos e emoções passageiras? Para responder essa questão, vamos ler a última linha do parágrafo da página 99 que começa assim: “Numa aliança, o bem do relacionamento…” e continuar lendo no parágrafo da página 100 que começa assim: “Os sociólogos argumentam que,…”

Em outras palavras, a cultura indica que o amor é um sentimento que surge espontaneamente. No entanto, em oposição a essa mentalidade cultural moderna, Timothy Keller traz a seguinte ideia nas páginas 101 a 105:

“se sua definição de ‘amor’ enfatiza seus sentimentos carinhosos mais do que suas ações altruístas, então você estará prejudicando sua capacidade de manter e desenvolver um relacionamento amoroso e forte”.

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Talvez, o melhor remédio para esse problema é perseguir a promessa da aliança do casamento que tem o poder de definir quem somos e nos que leva à liberdade de amar verdadeiramente.

Vamos ler mais um trecho. Agora, no segundo parágrafo da página 103, que começa com: “A perspectiva Bíblica, porém…”, e em seguida, vamos ler o terceiro, que começa: “Podemos começar observando que…”. Depois, vamos ler o primeiro parágrafo da página 105: “Quando dois indivíduos…” (leia em seu livro – versão impressa).

Enquanto isso, o casamento faz uma enorme diferença em um relacionamento e cria um ambiente para o amor crescer e amadurecer de uma maneira que a coabitação ou o morar juntos nunca poderão fornecer. Alguns exemplos encontrados no próprio capítulo serão citados:

  • Todo casal pode ou vai enfrentar momentos na vida em que se torna difícil amar um ao outro.
  • Isso pode durar um curto período de tempo ou uma temporada inteira.
  • Pode ser causado por forças externas, conflitos dentro do relacionamento ou pela sensação misteriosa de que o amor simplesmente desapareceu – “puf” – sumiu sem deixar aviso.

No entanto, é durante esses momentos que o amor – e não o contrato – pode e deve encorajar você a decidir amar o outro com respeito, ternura, amabilidade e misericórdia, mesmo quando você não quiser. Na maioria das vezes, para que isso aconteça, você precisará superar seu orgulho. Se fizer isso, o resultado a longo prazo será um casamento mais forte, mais rico e mais unido, graças à sua escolha de manter sua promessa.

Qual promessa? A promessa que todo noivo e noiva faz. Por exemplo:

Eu, HOMEM, diante de Deus e destas testemunhas, tomo você, MULHER, para ser minha legítima esposa. Prometo amá-la incondicional e sacrificialmente, tal como Cristo amou a igreja e se entregou por ela.

Eu, MULHER, perante Deus e estas testemunhas, tomo você, HOMEM, como meu legítimo esposo. Prometo ser sua esposa amorosa e fiel, reconhecendo a posição que Deus lhe deu como minha cabeça. Prometo me submeter alegremente a você e ao Senhor, respeitá-lo, admirá-lo e estar sujeita à sua liderança. Prometo ficar ao seu lado e apoiá-lo lealmente na doença e na saúde, na tristeza e na felicidade, na adversidade e na prosperidade, até que a morte nos separe ou até que o Senhor Jesus Cristo volte para nós. Percebendo minha inadequação, aceito com gratidão a promessa da graça de Deus para cumprir esses votos. Prometo fazer essas coisas porque Deus me manda, porque você é meu melhor amigo e porque eu te amo. (PS: escrevi uma promessa bem maior para brincar com minha esposa na frente do pessoal durante este estudo. rsrs…)

Tim Keller irá abordar mais alguns pontos, e eu colocarei em forma de perguntas para que você possa imergir neste excelente capítulo!

Perguntas

  1. Como você define amor? Ele é uma emoção ou uma ação? Como a nossa definição de amor faz diferença a longo prazo no casamento?
  2. O casamento, por sua vez, faz uma enorme diferença em um relacionamento e cria um ambiente propício para o amor crescer e amadurecer de uma maneira que a coabitação nunca poderá. Com base nessa premissa, podemos fazer a seguinte pergunta:
  3. Quais aspectos diferenciam um casamento em que o casal vê seu relacionamento como uma aliança daquele em que o marido e a esposa veem seu casamento como um relacionamento de consumo?
  4. Como um relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher pode ser aprimorado pelos aspectos legais do casamento (p. 84-86)? E pela promessa de amor futuro dada no casamento (p. 86-89)? E pelo voto de compromisso dado no casamento (p. 89-92)? E pelo santuário de confiança criado pelo casamento (p. 92-94)?
  5. Qual é a essência do casamento?
  6. Que ações de seu cônjuge o ajudam a saber que você é amado?
  7. No capítulo, Keller argumenta que o ato de prometer leva à liberdade. Você concorda? Por que ou porque não?
  8. A descrição de Keller das relações de aliança “Vertical e Horizontal” seção deste capítulo mudou sua compreensão do casamento? Em caso afirmativo, como?
  9. Quando você está no meio de uma decisão que afeta seu casamento, como você equilibra o que é bom para o relacionamento contra suas necessidades imediatas?
  10. No capítulo, Keller argumenta: “É um erro pensar que você deve sentir amor para dar amor”. O que Existem algumas ações práticas que você pode tomar para amar seu cônjuge, mesmo quando não sente afeição por ele ou ela?

Questões de Discussão

Keller cita o autor e teólogo Lewis B. Smedes quando escreveu:

Quando você faz uma promessa a alguém, você criou um pequeno santuário de confiança dentro da selva da imprevisibilidade.

Lewis B. Smedes citado por Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Baseado em nosso estudo referente ao terceiro capítulo do livro “O Significado do Casamento”, responda estas próximas perguntas com suas próprias palavras:

  1. O casamento costuma ser chamado de aliança. Qual você acha que é a diferença entre um contrato e uma aliança?
  2. Sem considerar recursos adicionais, como você definiria “amor”?
  3. Pesquise algumas definições da palavra “amor”. Como sua definição foi semelhante? Como foi diferente?
  4. Timothy Keller escreve: “Em muitos casos, quando uma pessoa diz a outra: “Eu te amo, mas não vamos estragar isso casando… Não preciso de um pedaço de papel para amar você”. Se você ouvisse alguém dizer isso hoje, como você responderia a essa pessoa?
  5. Vimos que este capítulo se concentra principalmente no casamento como compromisso. Por que você acha que Timothy Keller escreve tanto sobre sexo neste capítulo?
  6. Você acha que o sexo antes do casamento ajuda ou atrapalha o compromisso geral de um relacionamento? Por favor explique.
  7. De que maneira o compromisso do casamento o torna o relacionamento mais profundo possível que você pode ter com outra pessoa? Anote os 4 primeiros que vierem à sua mente.
  8. Na sua opinião, quais são os motivos aceitáveis para um casal se divorciar?
  9. Leia Mateus 19:4-9 – A resposta de Jesus difere da sua de alguma forma? Em caso afirmativo, como?
  10. Como você responderia a um amigo ou familiar que estivesse pensando em se divorciar?
  11. Qual é a diferença entre gostar de seu cônjuge e amar seu cônjuge? Como amar seu cônjuge faz você gostar mais dele?
  12. De que maneiras os cônjuges hoje “negociam” um com o outro? Por exemplo, “Se você me der ___________, eu ______________.” Liste o máximo que puder.
  13. Que tipo de impacto você acha que a barganha tem no relacionamento conjugal? Seja específico.

Para responder no caminho de volta para casa

  1. O que você mais lembra sobre a troca de votos na cerimônia de casamento? O que vocês pensaram e sentiram quando se ouviram recitando-os?

Acredito que essas perguntas podem ser úteis para revisar os conceitos e as ideias abordadas no capítulo, reforçando o entendimento do tema central do livro. Espero que este guia de estudo te ajude no processo de fixação do conteúdo do livro.

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A Missão do Casamento

O casamento é um tema bastante discutido, quer estejamos em um relacionamento ou esperando um parceiro para a vida. Uma maneira interessante de refletir sobre isso é completando a frase: “Uma característica que aprecio em meu cônjuge é…” ou, para solteiros, “Uma característica que muito apreciarei em meu futuro cônjuge é…”. Tais declarações abrem caminho para o entendimento mais profundo do significado e do propósito do casamento.

Em seu livro, “O Significado do Casamento”, Timothy Keller aborda essas questões. No quarto capítulo, ele começa a explorar o propósito do casamento, sugerindo que a resposta da Bíblia a esta pergunta começa com o conceito de amizade (p. 133).

Amizade no Casamento

A amizade tem o poder de mudar vidas. Os verdadeiros amigos oferecem estabilidade e previsibilidade nos momentos de tempestade, amando-nos apesar das nossas falhas, e incentivando-nos a sermos melhores. Eles nos proporcionam a rara e preciosa oportunidade de conhecer e ser conhecidos.

No contexto do casamento, nossa cultura muitas vezes reduz o propósito da união a um mero compromisso sexual. No entanto, embora o sexo seja uma faceta vital, não é toda a história. O casamento é, acima de tudo, uma amizade íntima e profunda (p. 136).

Constância, Transparência e Visão Comum

Keller destaca a constância e a transparência como características fundamentais da verdadeira amizade (p. 136). Ele acrescenta que a amizade é possível apenas quando existe uma visão e paixão comuns (p. 137). Em um casamento cristão, esse objetivo comum é a nova criação que Deus está formando em cada um dos parceiros.

A visão comum no casamento deve ser a santidade, a nova criação gloriosa que Deus, em seu tempo, nos transformará. Assim, o propósito do casamento é ajudar um ao outro a alcançar essa identidade gloriosa (p. 146).

O Poder Transformador do Casamento

O casamento tem o poder de definir o curso da nossa vida. Seja por sua força ou fraqueza, ele afeta nossa maneira de navegar pelo mundo. Como parceiros, devemos nos questionar: “Quão bom amigo eu tenho sido para você?”. E mais importante ainda, “Como posso ser um amigo melhor?”.

Como amigos no casamento, nosso desejo é que nosso cônjuge nos ajude a nos tornar pessoas mais piedosas, e o inverso também deve ser verdadeiro. Nossa oração deve ser pela santidade de nosso cônjuge e como podemos auxiliá-lo a se tornar uma pessoa mais piedosa do que já é.

Considerações parciais

Em suma, o casamento é uma amizade única cujo propósito é que cada cônjuge ajude o outro a se aproximar cada vez mais de Deus ao longo do tempo. É o contexto principal para a prática da abnegação e da transparência total que Jesus nos chama a viver. Nossos cônjuges estão em uma posição única para nos amar apesar de nossas falhas e para nos ajudar a alcançar todo o nosso potencial como pessoas e como filhos de Deus.

Ao buscar a sabedoria para compreender e viver a verdadeira missão do casamento, podemos nos inspirar nas palavras do apóstolo Paulo em Efésios 5:25-27, que nos encoraja a amar nossos cônjuges como Cristo amou a igreja.

Questões de Discussão

  1. Segundo Timothy Keller, qual é a resposta da Bíblia para a pergunta “Qual é o propósito do casamento?”
  2. Como a amizade é definida dentro do contexto do casamento?
  3. Segundo o texto, qual é a visão comum que casais que seguem a Jesus compartilham?
  4. Quais são as características de uma verdadeira amizade, conforme descrito por Timothy Keller no capítulo 4?
  5. Como um marido e uma esposa podem ajudar um ao outro a alcançar “sua identidade gloriosa”, de acordo com Timothy Keller?
  6. Como a cultura moderna tende a reduzir o propósito do casamento? Como isso contrasta com o conceito bíblico do casamento?
  7. Segundo Timothy Keller, qual é a finalidade última do casamento?
  8. Quais são os possíveis impactos de um pseudo-cônjuge em um casamento, de acordo com o texto?
  9. O que significa dizer que “o casamento tem o poder de definir o curso de sua vida como um todo”?
  10. De acordo com o texto, como o foco na santidade pode melhorar a amizade dentro do casamento?
  11. No contexto do casamento, como a amizade e a santidade podem trabalhar juntas para aperfeiçoar o cônjuge?
  12. Para os solteiros, como você gostaria que fosse seu casamento quando você tiver sessenta anos?
  13. Com base nas respostas dadas à questão 12, como isso pode influenciar a busca pelo cônjuge e a formação do casamento?
  14. Se o casamento é uma amizade única, como essa amizade deve ser expressa para ajudar cada cônjuge a se aproximar de Deus ao longo do tempo?

Para o próximo encontro

Em nossa próxima sessão, vamos mergulhar no capítulo 5 de “O Significado do Casamento”, intitulado “Amando o Desconhecido”. Durante a semana, encorajo cada um a orar pela santidade de seu cônjuge e pela maneira como podem contribuir para sua piedade. Para aqueles que ainda estão na jornada para o casamento, encorajamos a visualização de como você gostaria que seu casamento fosse quando tiver sessenta anos. Deus nos abençoe a todos em nossa jornada de amor, amizade e santidade.

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Amando o Desconhecido

Inicie o estudo com um quebra-gelo: Convide cada pessoa a compartilhar sua principal linguagem do amor.

Introdução: Acreditamos que o amor é a força motriz que impulsiona as pessoas a unirem-se em matrimônio. Todavia, o casamento possui uma característica única: ele revela a verdadeira face do outro.

Inevitavelmente, surgem momentos em que um cônjuge percebe as falhas e fracassos do outro, gerando a questionamento: “Será que me casei com um completo desconhecido?” Esta percepção é algo que raramente surge antes dos votos matrimoniais. A sensação de estranhamento pode surgir, incitando um desafio em amar uma pessoa que parece, de certa forma, desconhecida (Keller, 163).

Entretanto, embora o casamento possa trazer à tona dúvidas ou suspeitas sobre o parceiro, ele também representa uma oportunidade divina para os cônjuges incentivarem o crescimento mútuo. Segundo Keller, uma das principais reflexões deste capítulo é que ao exercer o poder da verdade, amor e graça, e ao perdoar as falhas do cônjuge, abrimos caminho para um casamento mais significativo. Assim, devemos encarar o casamento como um grande investimento de tempo, dedicando tempo para seu desenvolvimento.

O Poder da Verdade

A verdade sobre os pecados que cometemos pode ser devastadora. A consciência de nossa imperfeição pode impactar profundamente. O casamento nos oferece a oportunidade de enfrentar o nosso verdadeiro eu e iniciar uma jornada de transformação. Como Keller ressalta, “no casamento, você não pode se esconder. Você está exposto.” (Keller 165). Ele continua dizendo:

“O casamento faz aflorar o que você tem de pior. Isso não cria suas fraquezas – isso as revela.” (p. 167).

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Infelizmente, algumas pessoas fogem da verdade sobre os seus pecados, apenas para se casarem novamente e serem confrontadas com o mesmo problema. Outros podem se sentir frustrados ao descobrir as falhas do parceiro, e passam o resto da vida sonhando com uma pessoa melhor. Keller oferece uma perspectiva interessante, sugerindo que “a pessoa melhor” é o seu cônjuge atual, desde que o vejamos em seu potencial futuro (p.170).

O poder da verdade no casamento reside em sua capacidade de revelar quem realmente somos, e quem o nosso cônjuge é. Para beneficiar-se desse poder, devemos estar dispostos a responsabilizar e ser responsabilizados pelo outro na luta contra o pecado, caminhando rumo à renovação. Como consta em Hebreus 3:13 (p. 174),

Exortai uns aos outros todos os dias, para que nenhum de vós fiquem endurecidos pelo engano do pecado.

Hebreus 3:13

O Poder do Amor

O amor no casamento pode ser afirmativo e curativo, redimindo a autoimagem que construímos com base na aprovação ou desaprovação de outros. No entanto, a falta de amor no casamento pode ser devastadora. Keller diz:

O poder de cura do amor no casamento é uma versão em miniatura do mesmo poder de Jesus sobre nós. (Keller, 177).

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Amar é uma escolha e implica em mudança – tornar-se a pessoa que Deus deseja que sejamos. No entanto, quando somos machucados por nosso cônjuge, podemos “usar o poder da verdade sem amor” (Keller), um comportamento que pode causar grande sofrimento.

O Poder da Graça

A graça é a solução para a tensão entre a verdade e o amor. Sem a graça, a verdade e o amor entram em conflito, mas com a graça, eles podem ser harmonizados. A experiência da graça de Deus e o reconhecimento de que Jesus morreu por nossos pecados nos capacita a exercer a graça no casamento. Assim, seremos capazes de perdoar e nos arrepender, duas chaves para um casamento saudável. A humildade e a graça de Deus nos permitem perdoar nossos cônjuges quando pecam contra nós.

O casamento é poderoso. Ele tem a capacidade de revelar a verdade, expressar amor e demonstrar a graça. No entanto, aproveitar todo esse poder requer esforço e dedicação. Aprender a amar o estranho que encontramos em nosso cônjuge é um dos desafios que o casamento nos apresenta.

Questões de Discussão

  1. Ao ler o capítulo, o que mais lhe chamou a atenção?
  2. Este capítulo discute como o casamento nos transforma. Como o casamento mudou você para melhor?
  3. Keller escreve: “O casamento não o coloca tanto em confronto com seu cônjuge quanto consigo mesmo.” Há algo que seu casamento está ensinando sobre você mesmo neste momento?
  4. Leia Efésios 4:15. Como seu cônjuge fala a verdade para você com amor?
  5. À medida que suas falhas são expostas no casamento, como você tem lidado com isso? Como seu cônjuge tem lidado com isso?

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Abraçando o outro

Em “Abraçando o Outro”, o sexto capítulo do livro escrito por Kathy Keller, esposa de Timothy, o tema de papéis de gênero no casamento é abordado de maneira poética e delicada. A temática, não raro envolta em controvérsias, encontra na perspectiva de Kathy um manancial de reflexões inspiradoras.

No início do capítulo, Kathy declara:

“…as diferenças entre homens e mulheres se tornarão um problema inevitável em todo casamento” (p. 202).

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Trata-se de um reconhecimento de que cada indivíduo, seja marido ou esposa, carrega concepções distintas sobre os papéis a serem desempenhados no casamento. Essas ideias são frutos de múltiplas influências: a criação, a cultura vigente, os amigos, os programas de televisão e até as preferências pessoais.

A autora reafirma uma verdade fundamental na criação humana: somos feitos à imagem e semelhança de Deus, cada qual com a sua masculinidade ou feminilidade, que constituem a essência da nossa humanidade, não sendo aspectos secundários desta. Isso pode ser encontrado nas palavras de Gênesis: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27, p. 204).

Segundo Kathy, o design divino para homens e mulheres é igualitário em dignidade e valor, mas propõe uma complementariedade entre os sexos. Para exemplificar, ela recorre novamente ao Gênesis, onde é mencionado que devemos ser fecundos e nos multiplicar – uma tarefa impossível de ser realizada por um único sexo, demandando a união complementar entre eles.

A discussão prossegue com Kathy alertando que nossas diferenças não devem ser vistas em termos de superioridade ou inferioridade, nem como prescrições de “deveres” específicos impostos pela cultura atual. Nosso objetivo deve ser refletir os papéis exemplificados por Cristo. O principal deles é, sem dúvida, o da submissão, o qual muitas vezes causa desconforto e até conflito quando mencionado.

A submissão de Cristo, entretanto, conforme pontua Kathy, foi um ato voluntário, um presente que Ele ofertou ao Pai:

“Descobri aqui que minha submissão no casamento é um presente que ofereço, e não um dever que me é imposto” (p. 209).

Kathy Keller em “O Significado do Casamento”

Ela propõe uma perspectiva que transforma a submissão em algo belo, ao invés de uma bomba-relógio pronta a explodir.

A autora incentiva os leitores a acolherem as diferenças existentes entre si no casamento:

“Homens e mulheres não são seres unissex intercambiáveis. Ao contrário, possuem pontos fortes distintos que os levam a resolver problemas, construir consenso e desempenhar funções de liderança de maneiras distintas” (p. 214).

Kathy Keller em “O Significado do Casamento”

Isso implica em aceitar as diferenças, valorizando as forças de cada um e incentivando o crescimento nas áreas de fraqueza.

Kathy conclui com um alerta sobre a importância de acolher as diferenças entre os cônjuges. Ignorar ou desprezar essas diferenças pode causar conflitos no casamento:

“Os cônjuges se distanciam um do outro porque se deixam levar pela repetição diária de pensamentos de desdém pelas diferenças do cônjuge associadas ao sexo de cada um” (p. 219).

Kathy Keller em “O Significado do Casamento”

O capítulo é encerrado com um conselho prático e poderoso para aqueles casais que se sentem em descompasso com seus parceiros:

Uma das colunas que sustentam o aconselhamento sábio é: ‘A única pessoa sobre a qual você tem controle é você mesmo.’ Você só é capaz de mudar os seus próprios comportamentos, nunca os dos outros (p. 229).

Kathy Keller em “O Significado do Casamento”

Diante do exposto, algumas perguntas se fazem necessárias para aprofundar a reflexão sobre o tema:

Questões de Discussão

  1. Como as diferenças de gênero influenciam a dinâmica de seu casamento?
  2. Como você vive a submissão em seu casamento? Ela é vista como um fardo ou como um presente que você oferece?
  3. Como você acolhe e valoriza as diferenças de gênero em seu parceiro(a)? Há espaço para crescimento e mudança?
  4. Como você pode se esforçar para evitar pensamentos de desdém em relação às diferenças do seu cônjuge?
  5. Que exemplos de Cristo você pode incorporar em seu casamento para fortalecê-lo?

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Solteirice e Matrimônio

No sétimo capítulo do livro de Timothy Keller, o autor nos convida a refletir sobre um tema crucial e paradoxal: “Solteirice e Matrimônio”.

De forma intrigante, Keller decide abordar a solteirice em um livro destinado ao casamento. Ele justifica esta escolha declarando:

Foi o fato de que pessoas solteiras não têm como viver bem nessa condição sem uma visão equilibrada e definida do casamento. Se não tiverem essa visão, poderão ficar desesperados para casar, ou descartar o casamento de vez, e ambos os extremos causarão distorções em sua vida (p.231).

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Concordo plenamente com Keller, afirmando que, independente do estado civil, é essencial compreendermos a perspectiva divina para o casamento.

Neste capítulo, Keller mergulha em um breve histórico da família e das expectativas culturais de casamento. Ele explora como o Cristianismo revolucionou a perspectiva da solteirice e do casamento, sublinhando que, para os cristãos, tanto a Igreja como Deus são nossas verdadeiras famílias. Com isso, a pressão para casar, antes tão prevalente, foi aliviada. Contudo, Keller aponta que ainda existem alguns remanescentes dessas antigas perspectivas culturais que se infiltram em nosso entendimento sobre casamento e solteirice, causando distorções.

O autor destaca uma citação do artigo “Singled Out By God For Good”, de Paige Brown, que ilustra uma perspectiva distorcida sobre a solteirice:

“‘Como solteiro, você pode se dedicar inteiramente à obra do Senhor.’ – como se Deus exigisse mártires emocionais para realizar Sua obra, na qual o casamento não tem lugar.” (p.238).

Paige Brown citado por Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Tal perspectiva pode levar a um entendimento equivocado de que casamento e serviço a Deus são mutualmente exclusivos, o que não corresponde à verdade bíblica. É importante lembrarmos que Deus é capaz de utilizar cada um de nós, solteiros ou casados, de acordo com a Sua vontade.

Desenvolvendo a temática, Keller apresenta o casamento como um reflexo de nosso relacionamento com Deus, no qual Cristo, o Noivo, une-se à Sua Noiva, a Igreja.

“Ele [o casamento] nos aponta para o Verdadeiro Casamento do qual a nossa alma necessita, e para a Verdadeira Família para a qual o nosso coração foi criado.” (p.239).

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Este é um lembrete crucial de que o relacionamento mais fundamental e satisfatório que podemos ter é com Deus.

Ao avaliar a solteirice, Keller fornece uma análise perspicaz do processo de namoro e suas evoluções ao longo das décadas. Ele ressalta como o namoro, outrora uma forma de avaliação de caráter e compatibilidade dentro do contexto familiar, se transformou em um exercício individualizado e superficial, focado mais em prazeres imediatos do que no estabelecimento de uma parceria duradoura (p.249). Keller apela para um retorno a um namoro que valorize a amizade, o caráter e a compatibilidade, no lugar do mero prazer momentâneo.

Para finalizar o capítulo, o autor oferece oito conselhos prudentes para aqueles solteiros em busca de um relacionamento conjugal. Essas orientações cobrem temas desde o reconhecimento de períodos na vida onde a busca por um cônjuge pode não ser adequada, até a necessidade de envolvimento da comunidade e de receber conselhos no processo (p.251-263). São pontos essenciais a considerar na jornada rumo ao matrimônio, fornecendo uma abordagem sábia e equilibrada para navegar neste importante aspecto da vida.

1. Reconheça que há épocas em que é melhor não procurar um cônjuge (251) – Existem momentos na vida que são emocionalmente desgastantes, como a morte de um ente querido ou uma agenda lotada que pode afetar a perspectiva do casamento. Nestas ocasiões, muitas vezes o que realmente se precisa é de uma profunda amizade cristã, em vez da pressão de datas ou ideias de casamento.

2. Entenda o “dom” de permanecer solteiro (252) – Ser solteiro permite a liberdade de servir a Deus de maneiras que uma pessoa casada pode não ser capaz de fazer com sua concentração focada em sua família. Além disso, ser solteiro pode ser apenas por um período de tempo e deve ser abraçado em vez de ser uma luta para se apressar no casamento.

3. Leve mais a sério a busca por um cônjuge à medida que ficar mais velho (253) – Durante a adolescência, namorar pode ser divertido para compartilhar experiências. No entanto, à medida que envelhecemos, namorar deve ser mais direcionado se procuramos um parceiro para a vida.

4. Não se permita criar um envolvimento emocional profundo com uma pessoa não cristã (254) – É impossível conhecer completamente a pessoa com quem você está se casando, mas você pode conhecê-la melhor se ela tiver as mesmas crenças fundamentais que você.

5. Sinta “atração” no sentido mais amplo possível (256) – Embora a atração física seja importante, o casamento não deve ser baseado apenas na aparência. “Atração ampla” é ser atraído pelo caráter, fruto espiritual e interesses de uma pessoa. Os casais precisam compartilhar uma atração mútua um pelo outro como um todo para que o casamento prospere.

6. Não deixe as coisas se tornarem intensas demais muito cedo (258) – No começo de um relacionamento, as emoções podem ser muito fortes. Muitas pessoas confundem paixão com amor profundo e acabam ignorando os defeitos do parceiro e se desiludindo depois. É importante ter paciência para construir uma atração verdadeira, como mencionado antes. Assim, o amor será mais forte e duradouro ao longo dos anos de casamento.

7. Não se torne uma “imitação de cônjuge” para alguém que não deseja assumir um compromisso com você (261) – Algumas pessoas atingem um ponto em seu relacionamento no qual se sentem confortáveis e não sentem a necessidade de se casar, o que pode durar anos. Enquanto isso, a outra pessoa deseja se casar. É importante ter cuidado para não se envolver em um relacionamento assim, no qual a outra pessoa não parece estar comprometida.

8. Receba e sujeite-se a opiniões da comunidade (263) – Muitas pessoas têm experiência com casamento. Peça conselhos sábios e converse com amigos abertos e honestos sobre o assunto. Permita que outras pessoas o ajudem em seu relacionamento.

Em suma, o capítulo 7 de Timothy Keller oferece uma avaliação detalhada e profunda da solteirice e do casamento. Ele destaca a importância de termos uma visão equilibrada do casamento, seja como solteiros ou casados, e lembra-nos de que nossa mais profunda necessidade e realização encontram-se em nosso relacionamento com Deus. A análise de Keller nos convoca a reavaliar nossas perspectivas de namoro e casamento à luz das verdades bíblicas, proporcionando assim, um valioso recurso para quem busca a sabedoria divina no contexto dessas questões vitais.

Questões de Discussão

  1. Qual é a razão apresentada por Timothy Keller para se dirigir aos solteiros em um livro de casamento e como isso impacta a percepção dos solteiros sobre casamento?
  2. De que forma a visão do cristianismo sobre casamento e solteirice diferiu das expectativas das culturas antigas?
  3. Quais são alguns exemplos de equívocos sobre a solteirice e o casamento que ainda persistem na comunidade cristã?
  4. Como o autor usa o exemplo do “Verdadeiro Casamento” para sublinhar a importância do nosso relacionamento com Deus, independentemente do estado civil?
  5. Como a evolução do namoro ao longo das décadas influenciou a maneira como percebemos e entramos em relacionamentos de acordo com Keller?
  6. Quais são os oito conselhos sábios de Keller para solteiros que buscam um relacionamento conjugal e por que eles são importantes?
  7. Como a cultura atual poderia beneficiar-se ao valorizar mais o relacionamento matrimonial, começando pelo processo de namoro?
  8. Como a perspectiva de Keller sobre ser solteiro como um “dom” pode alterar a maneira como a solteirice é percebida na comunidade cristã?
  9. Como o conselho de Keller de “sentir atração no sentido mais amplo possível” pode ajudar a moldar relacionamentos saudáveis e duradouros?
  10. Por que é importante para um cristão evitar criar um envolvimento emocional profundo com uma pessoa não cristã, de acordo com a perspectiva de Keller?
  11. Como a ideia de não se tornar uma “imitação de cônjuge” para alguém que não deseja assumir um compromisso pode proteger um indivíduo de um relacionamento insatisfatório?
  12. Qual é a importância de receber e submeter-se a opiniões da comunidade ao buscar um relacionamento, de acordo com Keller?

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Sexo e Casamento

No capítulo 8 do seu livro, intitulado “Sexo e Casamento”, Timothy Keller mergulha fundo na discussão acerca do papel e do significado do sexo dentro do casamento, do ponto de vista bíblico. Ele inicia seu estudo com o versículo de Efésios 5:31, que diz: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne.”

Keller afirma que esse versículo é a base de como Deus projetou o relacionamento sexual – entre um marido e uma esposa, onde o ato íntimo os une como uma só carne. Ele ressalta como isso representa uma bela simbolização da independência em relação a outros vínculos familiares e a interdependência entre o casal.

Historicamente, a sociedade e a cultura têm oscilado entre diversas perspectivas sobre o sexo – desde encará-lo como um apetite natural até defini-lo como um ato maligno necessário para perpetuação da raça humana. Keller expõe que, embora o sexo seja um apetite natural, ele não é da mesma categoria que a necessidade de comida ou sono. Ele ainda argumenta que a nossa visão do sexo pode ser distorcida devido à nossa natureza pecaminosa, especialmente quando o desejo sexual é motivado por razões egoístas.

Diz Keller:

“O sexo afeta o coração, o ser interior, e não apenas nosso corpo. O pecado — que é acima de tudo uma enfermidade do coração — exerce, portanto, forte impacto sobre o sexo.” (p. 267)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Aqui surge uma pergunta fundamental: como orientar nosso apetite natural por sexo de maneira apropriada?

A resposta de Keller está nas regras bíblicas que cercam o sexo, como aquela encontrada em Hebreus 13:4:

“Honrem o casamento e mantenham pura a união conjugal, pois Deus certamente julgará os impuros e os adúlteros.”

Hebreus 13:4

Ele menciona que a visão bíblica do sexo tem sido muitas vezes distorcida, transformando-o num mal necessário, o que é lamentável.

Uma visão negativa do sexo, de fato, limita nossa capacidade de apreciar a beleza da intimidade que Deus projetou para um casal. A Bíblia apresenta diversos versículos que revelam o grande propósito de Deus para que o sexo seja desfrutado e não percebido como algo sujo. Versículos esses, encontrados em 1 Coríntios 7:3-5, Provérbios 5:19 e no livro dos Cantares de Salomão.

Segundo Keller, o sexo é uma maneira única de reacender o compromisso feito com o cônjuge ao longo do tempo. Ele afirma que

O sexo é, talvez, o meio mais poderoso que Deus criou para ajudar você a se entregar inteiramente a outro ser humano. É o modo designado por Deus para que duas pessoas digam uma à outra: ‘Pertenço completa, inteira e exclusivamente a você’. O sexo não deve ser usado para dizer nada menos que isso. (p. 271)

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Essa visão do sexo como uma declaração de pertencimento e entrega mútua provoca reflexões profundas sobre o papel do sexo no casamento. Uma leitura cuidadosa desse capítulo desafia o leitor a ser um cônjuge que não usa o sexo para expressar nada menos que um compromisso total e exclusivo.

O autor enfatiza, a partir da página 280, a importância de uma boa relação sexual no casamento. Ele cita o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7:3-5, onde é mencionado que marido e mulher devem se relacionar sexualmente, que seus corpos pertencem um ao outro e que devem evitar negar-se mutuamente, a menos que concordem.

Paulo defende a importância da satisfação sexual para maridos e esposas, pois é vital para uma vida compartilhada feliz. Keller amplia essa perspectiva, argumentando que marido e esposa devem preocupar-se não em receber prazer sexual do parceiro, mas em oferecê-lo. O sexo, neste contexto, deve ser entendido como um presente a ser dado.

Por outro lado, Keller também discute a complexidade do sexo, considerando-o como um teste no casamento. Dado que o sexo é um selo de unidade no casamento, não é surpreendente que problemas possam surgir na intimidade do quarto.

Ele afirma que

“Se o sexo não está funcionando em seu casamento, olhe abaixo da superfície, pode ser um resultado de questões mais profundas que precisam ser abordadas e resolvidas antes que a intimidade sexual melhore.”

Timothy Keller em “O Significado do Casamento”

Além disso, enfatiza a necessidade de se adaptar às mudanças ao longo do tempo, como a segurança no emprego, filhos e idade, pois, caso contrário, “elas trarão desgastes à sua vida sexual.” (p. 285)

Keller não apenas explora o tema do sexo e casamento, mas também dedica um tempo para abordar o sexo para solteiros, encorajando-os a entender que, se praticam a castidade, devem primeiro precisar do “amor conjugal” de Jesus em suas vidas.

Afinal, sem uma conexão pessoal com Jesus, a tentação de buscar uma satisfação profunda pode ser difícil de resistir. A fé em Jesus, portanto, é vista como um recurso crucial para manter a pureza até o casamento.

Questões de Discussão

  1. Quando se trata de sexo e casamento, qual deve ser o nosso foco: receber ou dar prazer?
  2. Como as mudanças ao longo da vida, como ter filhos ou envelhecer, podem afetar a vida sexual de um casal?
  3. E para os solteiros, como a fé em Jesus pode ajudar na manutenção da castidade?

CONCLUSÃO

Através deste Guia de Estudo vimos que este livro sobre “O Significado do Casamento” de Timothy & Kathy Keller é um recurso inestimável para todos aqueles que desejam compreender melhor a complexidade do casamento, da solteirice e do sexo à luz do evangelho e da Palavra de Deus. Não apenas lança uma luz sobre essas questões essenciais, como também provoca reflexões profundas que podem ajudar a guiar o leitor em sua própria jornada de fé.

Em suma, as explorações profundas de Keller a respeito do casamento e da solteirice, como demonstrado nestas análises, confirmam o quão significativa e multifacetada é a relação entre a fé e a vida cotidiana. Suas perspectivas reforçam a importância de uma abordagem equilibrada e reflexiva sobre o sexo e o casamento, que leve em conta tanto a natureza humana quanto os preceitos bíblicos. Deste modo, seu livro se mostra uma leitura indispensável para todos que buscam compreender mais profundamente essas questões à luz da fé cristã.

BIBLIOGRAFIA

KELLER, Timothy e Kathy. O significado do casamento. São Paulo: Vida Nova, 2012.

Guia de Estudo elaborado por Diego Gonçalves

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