1. Ideia Central:
Após comissionar Pedro, Jesus responde à sua curiosidade sobre o futuro do discípulo amado, enfatizando a importância de Pedro se concentrar em seu próprio chamado para segui-lo, sem se preocupar com o destino dos outros.
2. Principais Temas:
- A ação de Pedro de virar-se e ver o discípulo a quem Jesus amava seguindo-os.
- A identificação desse discípulo como aquele que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e perguntara quem o trairia.
- A pergunta de Pedro a Jesus sobre o destino desse discípulo: “Senhor, e quanto a ele?”.
- A resposta de Jesus a Pedro: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que isso importa a você? Você, siga-me!”.
- A disseminação de um rumor entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria.
- A correção do rumor pelo autor do Evangelho, esclarecendo que Jesus não disse que ele não morreria, mas sim: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que isso importa a você?”.
3. Perguntas de Fixação/Reflexão:
- Após a conversa sobre o seu futuro, para onde Pedro se virou? Quem ele viu seguindo-os?
- Como o autor identifica esse discípulo que Pedro viu? Qual a importância dessa identificação?
- Qual foi a pergunta específica de Pedro sobre esse discípulo? O que essa pergunta revela sobre a natureza humana e as comparações?
- Como Jesus respondeu à pergunta de Pedro sobre o destino do outro discípulo? Qual a ênfase na resposta de Jesus?
- O que Jesus quis dizer com “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que isso importa a você?”.
- Qual foi o rumor que se espalhou entre os irmãos (os crentes) com base nas palavras de Jesus?
- O que o autor do Evangelho esclarece sobre o que Jesus realmente disse? Qual a diferença entre o rumor e a declaração de Jesus?
- Quem é geralmente identificado como o “discípulo a quem Jesus amava”? Por que essa identificação é relevante para a interpretação da passagem?
- O que a pergunta de Pedro nos ensina sobre a nossa tendência de comparar o nosso chamado e destino com os dos outros?
- Como a resposta de Jesus enfatiza a natureza pessoal do chamado para segui-lo?
- O que a resposta de Jesus nos ensina sobre a soberania de Deus sobre a vida e o destino de cada pessoa?
- Por que o rumor sobre a imortalidade do discípulo amado se espalhou tão facilmente? O que isso nos alerta sobre a interpretação de palavras de Jesus?
- De que maneira a correção feita pelo autor do Evangelho nos lembra da importância de entender precisamente o que Jesus disse?
- O que essa passagem nos ensina sobre o foco que devemos ter em nossa própria jornada de fé e discipulado?
- Como podemos evitar cair na armadilha de nos preocuparmos excessivamente com o que Deus está fazendo na vida de outras pessoas?
- O que a resposta de Jesus implica sobre a diversidade de dons, chamados e destinos entre os seguidores de Cristo?
- De que forma a ordem de Jesus a Pedro, “Você, siga-me!”, ressoa como um chamado para cada um de nós, independentemente do que aconteça com os outros?
- O que essa passagem nos ensina sobre a importância de confiar no plano de Deus para a vida de cada indivíduo?
- Como podemos aplicar a lição desta passagem em nossas comunidades de fé, evitando comparações e invejas?
- O que a longevidade do discípulo amado (João, tradicionalmente) pode ter significado para a igreja primitiva?
- De que maneira a resposta de Jesus desafia a nossa curiosidade sobre o futuro e nos direciona para o presente do nosso relacionamento com ele?
- O que essa passagem nos ensina sobre a natureza da verdadeira comunhão cristã, onde cada um se concentra em seguir a Cristo?
- Como a correção do rumor pelo autor demonstra a importância da precisão na transmissão da Palavra de Deus?
- O que essa passagem nos prepara para entender sobre a conclusão do Evangelho de João e o legado dos discípulos de Jesus?
4. Para Entender o Texto:
a. Texto em Contexto:
Esta passagem segue imediatamente a restauração de Pedro (João 21:15-19), onde Jesus o comissiona a pastorear o seu rebanho e profetiza sobre a sua morte. A pergunta de Pedro sobre o destino do discípulo amado surge naturalmente nesse contexto de conversa sobre o futuro dos líderes da igreja primitiva. A estratégia retórica de João aqui é encerrar o seu Evangelho com uma ênfase na importância do chamado individual para seguir Jesus e na futilidade de se preocupar com o caminho dos outros.
b. Esboço/Estrutura:
- Versículo 20: Pedro vê o discípulo amado seguindo-os e pergunta sobre o seu destino.
- Versículo 21: Jesus responde a Pedro, enfatizando o seu próprio chamado para segui-lo.
- Versículos 22-23: O surgimento e a correção do rumor sobre a imortalidade do discípulo amado.
c. Antecedentes Históricos e Culturais:
O “discípulo a quem Jesus amava” é tradicionalmente identificado como João, o autor deste Evangelho. Sua relação especial com Jesus é mencionada várias vezes ao longo do livro. A expectativa da volta iminente de Jesus era forte na igreja primitiva, o que pode ter contribuído para o surgimento do rumor de que João não morreria antes da Parousia.
d. Considerações Interpretativas:
A pergunta de Pedro reflete uma curiosidade humana comum sobre o futuro e uma possível comparação entre o seu próprio destino (martírio) e o do discípulo amado. A resposta de Jesus é um lembrete de que cada indivíduo tem um relacionamento único e um chamado específico de Deus. A correção do rumor pelo autor é importante para evitar interpretações errôneas das palavras de Jesus e para enfatizar que a vida terrena, mesmo para os mais próximos de Jesus, é finita.
e. Considerações Teológicas:
Esta passagem aborda a doutrina da vocação individual e a importância de se concentrar no próprio relacionamento com Cristo. Ela também toca na soberania de Deus sobre a vida e a morte e nos perigos da especulação sobre o futuro. A ênfase de Jesus em “Siga-me!” é um chamado fundamental para todos os crentes, independentemente das circunstâncias ou do destino dos outros.
5. Para Ensinar o Texto:
A ideia central desta passagem é que cada seguidor de Jesus tem um chamado pessoal para segui-lo, e devemos nos concentrar em nossa própria obediência, em vez de nos preocuparmos com o destino dos outros. Podemos ensinar que:
- O chamado para seguir Jesus é pessoal e individual.
- Não devemos comparar o nosso caminho com o dos outros.
- Deus tem um plano específico para cada um de nós.
- Nosso foco deve estar em obedecer ao chamado de Jesus em nossa própria vida.
- Devemos ter cuidado com rumores e interpretações errôneas das palavras de Jesus.
Aplicações:
- Concentre-se em seu próprio relacionamento com Jesus e em seu chamado pessoal.
- Evite comparações com outros crentes e confie no plano de Deus para a sua vida.
- Busque discernimento e sabedoria para entender corretamente as Escrituras.
- Obedeça ao mandamento de Jesus para segui-lo fielmente, independentemente do que aconteça ao seu redor.
- Confie na soberania de Deus sobre a vida e o destino de todos.
6. Para Ilustrar o Texto:
- Imagine dois corredores em uma maratona. Um começa a se preocupar com o ritmo e a estratégia do outro, em vez de se concentrar em sua própria corrida. Ele perde o foco e acaba se cansando. A lição é que cada um deve correr a sua própria corrida, seguindo o seu próprio ritmo. Da mesma forma, cada crente deve seguir Jesus em seu próprio caminho.
- Pense em um jardim com muitas flores diferentes. Cada flor é única e tem sua própria beleza e propósito. Não faz sentido para uma rosa se preocupar por não ser um lírio. Da mesma forma, cada crente é único no corpo de Cristo e deve florescer no chamado que Deus lhe deu.
- Considere um grupo de estudantes fazendo um exame. Cada um deve se concentrar em suas próprias respostas, em vez de se preocupar com o que os outros estão escrevendo. O foco deve estar em fazer o melhor possível em sua própria tarefa. Da mesma forma, cada crente deve se concentrar em sua própria obediência a Jesus.