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Roma cobrava diversos tipos de impostos na Palestina durante o século I d.C.. Os territórios sob administração direta romana estavam sujeitos a:

  • Tributum soli: Um imposto que obrigava todas as propriedades provinciais, a menos que se beneficiassem do ius italicum (que as equiparava às propriedades italianas). Este era um imposto sobre a terra.
  • Tributum capitis: Um imposto cobrado sobre todas as rendas mobiliárias.

Além desses impostos sobre a propriedade e a renda, havia um imposto direto sobre os indivíduos:

  • Tributo: Cobrado dos peregrini (estrangeiros ou não cidadãos romanos). A questão sobre a licitude de pagar este tributo a César é mencionada em Mateus 22,17.
  • Vigesésimo sobre as heranças: Um imposto de 5% sobre as heranças, aplicado aos cidadãos romanos.

Os impostos indiretos são menos conhecidos em detalhes, mas existiam:

  • Taxas sobre as vendas.
  • Taxas sobre as alforrias (libertação de escravos).
  • Direitos alfandegários (portoria). O exemplo mais bem documentado desses direitos é o quadragesimum Galliarum, cobrado nas fronteiras da Gália.

É importante notar que, nas províncias imperiais como a Judeia após a deposição de Arquelau, era o imperador quem se beneficiava da arrecadação dos impostos, e as operações eram supervisionadas pelos procuradores. Com o tempo, o imperador passou a controlar diretamente todo o fisco. Na época de Jesus, parte dos impostos diretos ainda era recolhida por meio dos publicanos. Estes eram financistas que se organizavam em associações e assumiam a responsabilidade pela cobrança de taxas ou pela execução de trabalhos, contratando empregados locais para a coleta.

Além desses impostos gerais, após a grande revolta de 66-70 d.C., a didracma (um imposto anual de duas dracmas pago pelos judeus da Diáspora para a manutenção do Templo) passou a ser destinada a uma caixa imperial especial, o fiscus judaicus.

Júlio César também promulgou disposições fiscais específicas para a Palestina, regulamentando a coleta de impostos e determinando a cessação da cobrança durante o ano sabático e sua diminuição no ano seguinte.

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