Embora a construção de Nínive não possa ser atribuída a um único rei, as fontes indicam que vários monarcas assírios tiveram um papel significativo no seu desenvolvimento e na sua ascensão como uma importante cidade.
Desde cerca de 1100 a.C., Nínive era utilizada como uma das residências reais da Assíria. Após 722 a.C., Sargão II tornou Nínive a sua capital, e ela permaneceu a principal cidade da Assíria até à sua queda em 612 a.C.. Isto sugere que antes do reinado de Sargão II, Nínive já existia e tinha alguma importância, sendo utilizada pelos reis assírios.
Contudo, é Senaqueribe (704-681 a.C.) quem é particularmente notado por tornar Nínive uma grande capital. Ele construiu uma muralha impressionante, com 12 a 15 metros de altura e quatro quilômetros de extensão, ao longo do rio Tigre, cercando a cidade. Os anais de Senaqueribe também registram a conquista de várias cidades, incluindo Sidom e Jope, bem como o seu ataque a Jerusalém nos dias de Ezequias. A grandiosidade da construção de Senaqueribe demonstra a sua intenção de estabelecer Nínive como um centro de poder e prestígio para o império assírio.
Além de Senaqueribe e Sargão II, o facto de Nínive ser uma residência real desde 1100 a.C. implica que outros reis assírios anteriores também contribuíram para o seu desenvolvimento e importância ao longo do tempo. A cidade, situada ao longo do rio Tigre, eventualmente tornou-se uma grande metrópole, incluindo vários subúrbios para além das suas muralhas. Foi para esta cidade que Jonas foi enviado para pregar.
Em resumo, embora Nínive já fosse uma cidade importante e uma residência real desde pelo menos 1100 a.C., foi durante o reinado de Senaqueribe que ela ascendeu à posição de uma grande capital, marcada pela construção de suas formidáveis muralhas. Sargão II também desempenhou um papel crucial ao fazer de Nínive a capital do império assírio após 722 a.C.. Portanto, a construção e magnificência de Nínive foram o resultado das contribuições de múltiplos reis assírios ao longo de vários séculos.