Nunca foi sobre os burros!
Era uma vez um jovem burrinho chamado Jacó. Jacó vivia na aldeia de Betfagé, perto de Betânia, a leste de Jerusalém. Jacó era pequeno mas muito entusiasmado, um pouco bagunceiro às vezes, mas amava brincar. Ele gostava de correr no pasto, pulando para cima e para baixo, chutando as pernas e dizendo “Hee-huu! Hee-huu!”
“Jacó!”, a mãe dele costumava dizer, “O que eu vou fazer com você?” E ela olhava para o filho com muito amor e sorriso nos olhos.
“Certo dia, Jacó falou: “Mamãe, quando eu crescer, ficarei forte e grande. Então serei capaz de carregar uma pessoa nas minhas costas!”
“”Sua mãe respondeu orgulhosa respondeu: “Sim meu filho, se você quer, você conseguirá”.
Certo dia, muitas pessoas começaram a chegar de toda parte e ocuparam a aldeia. E jacó perguntou: “Mamãe, de onde vêm todas essas pessoas? Por que elas estão passando pela nossa aldeia?”
“Eles vão para Jerusalém para uma grande festa”, disse a mãe.
“Todo ano, nesta época, pessoas de longe vêm para celebrar a Páscoa em Jerusalém. É um momento de muita celebração, quando os homens lembram de como Deus os libertou da escravidão no Egito há muitos anos atrás”.
“Mamãe, mamãe… Posso ir a Jerusalém para ver?”, perguntou Jacó. “Por favor, mãe, por favor, por favor…”
“Jacó, não podemos ir a Jerusalém”, “Mas podemos ir até a fronteira da aldeia para assistir”, respondeu a mãe dele, sorrindo.
Enquanto Jacó via as pessoas passando pela aldeia em direção a Jerusalém. Ele ficava surpreso com as suas roupas brilhantes e coloridas e ficava tentando adivinhar o que havia naqueles muitos pacotes que carregavam.
Jacó ouvia atentamente o som das vozes, das carroças e dos animais. E de longe, ele sentia o cheiro das muitas cabras e cordeiros que estavam sendo conduzidos pela aldeia.
Ele se perguntou por que as pessoas estavam trazendo os animais para a cidade.
Distraído com as novidades ao seu redor, Jacó se afastou de sua mãe e, sem querer, cruzou a fronteira da aldeia.
Um de seus donos o viu e o perseguiu. O dono o trouxe de volta para a aldeia, amarrou Jacó e sua mãe em um poste com uma corda bem forte.
“Que droga!”, pensou Jacó. “Não gosto de ser preso.” Resmungou!
De repente, dois homens desconhecidos se aproximaram dele. E um deles grita com emoção: “Olha, lá está ele!”
“Sim, nós o encontramos”, gritou o outro homem. “É exatamente como o Mestre disse”.
“Estão falando de mim?” Jacó se perguntou.
Parece que sim, pois vieram desamarrá-lo e sua mãe. Jacó não sabia o que estava acontecendo. Mas sentiu algo emocionante no ar e sua curiosidade aumentava ainda mais.
Então, o dono daqueles burrinhos apareceu e perguntou por que os homens estavam desamarrando seus animais.
Os homens responderam que o Senhor precisava dos burros mas que os devolveria em breve..
“Então o proprietário respondeu: “Tudo bem! Vocês podem levá-los”. E assim, os homens desconhecidos começaram a levar Jacó e sua mãe para longe de sua casa.
TR
“Mãe, o que está acontecendo?”, perguntou Jacó.
“Não sei, filho”, respondeu sua mãe, “mas não tenha medo. Estou com você.”
Os homens levaram Jacó e sua mãe para fora da aldeia. Eles colocaram seus casacos sobre as costas de Jacó.
Então, Jacó se perguntava se alguém iria montá-lo. Ele nunca tinha carregado uma pessoa antes e esperava ser forte o bastante.
Jacó prometeu a si mesmo dar o melhor de si.”
Entretanto, Ele também estava um pouco apreensivo com a pessoa que iria montá-lo. Pois Ele já tinha visto alguns homens muito malvados montarem em outros burros antes.
Às vezes, eles gritavam ou até mesmo batiam nos burros com um chicote.
TR: Mas, de repente, todos os seus medos foram embora quando ele conheceu o montador. Os outros homens o chamavam de Jesus.
Jesus sorri gentilmente para Jacó, e com suas mãos puras e limpas toca na cacunda do burrinho e diz: “Olá, amigo”. “Hoje você me levará para Jerusalém.”
Na mesma hora, o coração de Jacó dispara. E o burrinho começa a bradar dentro de si! Jerusalém! Yupi!!! Finalmente vou para Jerusalém, mamãe!”
Então, Jesus montou nas costas de Jacó e eles partiram.
Conforme se aproximavam de Jerusalém, a empolgação no ar aumentava. Jesus cavalgava na cacunda de Jacó, enquanto a mãe do burrinho caminhava ao lado deles.
Muitas pessoas se achegavam ao longo da estrada, e algumas delas jogavam seus mantos no caminho para Jacó passar.
Outros aplaudiam e agitavam ramos de palmeira. Alguns até se curvavam quando ele passava. O canto, o grito e a alegria enchiam o ar.
Jacó não entendia todas as palavras, mas ouvia as pessoas gritando coisas como “Hosana! Hosana nas alturas! Bendito é aquele que vem em nome do Senhor!”!”
“Jacó, ao ouvir essas palavras, pensava: “Puxa vida! Eu devo ser o burro mais importante da cidade e talvez, até do mundo inteiro!”
E o burro mantinha sua cabeça erguida enquanto marchava forte e bravamente para a Cidade Santa, carregando Jesus nas costas.
Sem dúvida, esse foi o momento de maior orgulho na vida de Jacó.
Era tarde quando chegaram a Jerusalém. Jesus desceu das costas de Jacó e foi para o templo.
TR: “Venha”, disse a mãe de Jacó, “precisamos encontrar um lugar para passar a noite”.
Eles acharam um pequeno estábulo onde a mãe de Jacó o colocou na palha e de-lhe um beijou de boa noite. “Você teve um dia emocionante, meu pequeno”, disse ela. “Estou muito orgulhosa de você. Agora vá dormir, você precisa descansar.”
Jacó tentou dormir, mas não conseguia parar de pensar nas coisas incríveis que acabara de acontecer com ele. Ele continuou repassando os eventos do dia em sua mente, lembrando das pessoas que aplaudiram e gritaram por ele.
“Amanhã será ainda melhor!”, pensou animado. “Talvez haja ainda mais pessoas, quem sabe até me tragam presentes!” Jacó finalmente dormiu na palha, sonhando com desfiles, música e aplausos.
Então, Ele acordou bem cedinho no dia seguinte. Sua mãe ainda estava dormindo, mas ele não podia esperar. “Eu tenho que ir a Jerusalém”, pensou. “As pessoas estarão esperando por mim.”
Então, ele foi até o mercado. E muitas pessoas já estavam lá. Jacó ergueu sua cabeça e caminhou pelo meio da rua esperando que alguém o aplaudisse, mas ninguém fez isso. Ninguém nem percebeu que ele estava lá!
TR: “Ei, todo mundo! Sou eu, Jacó!”, gritou ele. Mas as pessoas só ouviam “hey-haw, hee-haw, hee-haw”, e continuaram trabalhando.
Ninguém acenava com ramos de palmeira e ninguém colocava seus casacos no chão para Jacó passar.
Jacó teve uma idéia. Ele foi para a área ao redor do templo. Ele pensou “talvez as pessoas me notem se eu ficar aqui”.
Ele chamou as pessoas novamente, correu e até chutou seus calcanhares, mas ninguém prestou atenção nele. Pareceu que não o reconheceram.
De repente, um velho rabugento joga um pedaço de fruta nele e grita: sai daqui seu burro!
TR: Desapontado, chorando e confuso Jacó corre para sua mãe . Ele a encontrou e se jogou sobre ela, apenas soluçando.
“Eu não entendo, mãe. Ontem todos me trataram como um rei. Mas agora agem como se eu não estivesse lá. Um deles até gritou comigo!
Por que eles estão me tratando tão diferente?””
A mãe de Jacó amorosamente olhou para seu filho triste enquanto ele soluçava. Ela se inclinou para frente e o beijou suavemente na testa. “Bobo”, disse ela
“Jesus é um homem muito importante”, continuou a mãe de Jacó. “Ele é o Filho de Deus e veio para nos salvar. Ele montou em você por causa de seu amor por nós e porque ele precisava de um meio de transporte.
Não é por causa de você, Jacó, mas por causa de Jesus que as pessoas o aplaudiram e jogaram suas roupas no chão. Você é abençoado por ter sido escolhido para transportá-lo”.
Jacó ficou em silêncio enquanto a mãe falava. Ele percebeu que tinha sido tolo em pensar que as pessoas estavam aplaudindo-o. Ele agora entendia que tudo era por causa de Jesus.
E isso o encheu de alegria e gratidão. Ele agradeceu a Deus por ter tido a oportunidade de transportar Jesus naquele dia e prometeu ser um burrinho fiel e obediente pelo resto de sua vida.
E assim, Jacó aprendeu uma lição valiosa sobre humildade e serviço. Ele aprendeu que, mesmo que as pessoas o aplaudam e o elogiem, ele não é nada sem Jesus. E ele prometeu sempre lembrar disso em suas aventuras futuras.
Fonte: Essa história foi inspirada num conto de Wayne Hill