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Não. A Bíblia é inerrante. Isso significa que ela não contém erros em seus manuscritos originais, pois foi inspirada por Deus, que é perfeitamente verdadeiro e fiel. Sendo Deus o seu autor supremo, e sendo Ele incapaz de errar ou mentir, a sua Palavra é totalmente verdadeira e confiável em tudo o que afirma.

1. A doutrina da inerrância

A inerrância bíblica é a crença de que toda a Escritura, nos seus escritos originais, é isenta de qualquer erro ou contradição, seja em doutrina, em moral, em história ou em fatos que afirma. Ela flui naturalmente da inspiração divina.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus […]” (2Tm 3.16)
“A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17)
“É impossível que Deus minta” (Hb 6.18)

Deus não erra. Logo, a sua Palavra, quando revelada e registrada por homens inspirados, também é isenta de erro.

2. Diferença entre inerrância e perfeição absoluta de forma

É importante entender o que inerrância não significa:

  • Não significa que a Bíblia usa linguagem técnica moderna — ela fala segundo padrões da linguagem comum (ex: “o sol parou”, Js 10.13);
  • Não significa ausência de variedade de estilo, forma e perspectiva — cada autor escreve com sua personalidade e propósito;
  • Não significa que não existam dificuldades textuais ou aparentes contradições — mas essas podem ser explicadas com estudo exegético, histórico e linguístico;
  • Não significa que as cópias posteriores ou traduções sejam inerrantes — a inerrância se aplica aos manuscritos originais (autógrafos), e os estudiosos têm grande confiança de que as cópias preservadas refletem fielmente os textos originais.

3. Supostos “erros” e como entendê-los

Os chamados “erros” apontados por críticos geralmente se devem a:

  • Leitura desatenta ou fora de contexto;
  • Desconhecimento do gênero literário (ex: poesia, parábola, hipérbole);
  • Diferenças de ênfase entre os evangelhos (ex: número de cegos curados, localização de falas, etc.);
  • Tradições humanas projetadas no texto, como expectativas científicas modernas.

A teologia reformada e evangélica afirma com confiança: não há erro real na Escritura. Onde há aparente dificuldade, há explicação possível, ainda que nem todas as respostas sejam plenamente conhecidas hoje.

“A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre” (Sl 119.160)

4. A autoridade da Bíblia depende da sua veracidade

Se a Bíblia contivesse erros, ela não poderia ser a norma suprema de fé e prática. Mas como é inerrante, ela é:

  • Autoritativa — fala com a autoridade do próprio Deus;
  • Suficiente — contém tudo o que precisamos crer e viver;
  • Infalível — não falha em cumprir o que promete;
  • Eterna — permanece firme para sempre.

“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35)

5. Testemunho de Jesus e dos apóstolos

Cristo e os apóstolos creram e ensinaram a plena veracidade das Escrituras:

  • Jesus citou o Antigo Testamento como autoridade final (Mt 4.4,7,10);
  • Declarou que “as Escrituras não podem falhar” (Jo 10.35);
  • Paulo ensinou que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16).

Negar a inerrância da Bíblia é, em última instância, negar o caráter do próprio Cristo e do Deus que a revelou.

Conclusão

A Bíblia não tem erros. Ela é:

  • Inspirada por Deus,
  • Inerrante em tudo o que afirma,
  • Infalível como guia da fé,
  • Eterna e digna de toda confiança.

Crer na inerrância bíblica é crer que Deus é verdadeiro, fiel à sua Palavra, e capaz de preservar sua revelação. Por isso, a Bíblia é a nossa regra única, segura e completa de fé e prática.

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